A apresentar mensagens correspondentes à consulta Mugabe ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta Mugabe ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

5/26/07

Cabo Delgado - Nem tudo que brilha é ouro...

Produtos fora do prazo:
Há cerca de três semanas a saúde em Cabo Delgado fez uma incursão pela mais famosa casa de hóspedes da actualidade nacional, o “Beach Hotel” onde foi encontrar esta surpresa: produtos fora do prazo.
Levou amostras de cervejas e água tónica para análises laboratoriais que vieram a provar que, na verdade, não se deveriam consumir no dia em que foram servidos aos clientes do cinco-estrelado hotel.
Uma realidade que não deixa sossegados e que nos aconselha a preferir as nossas barracas, onde os produtos são consumidos no dia que chegam, com pouca probabilidade de ficarem armazenados. Lá o grande problema é a higiene.
Há também quem disse uma vez que Robert Mugabe está fora do prazo por causa da crise do seu país, que na semana passada não conseguiu ver nas proporções em que em Moçambique se fala.
Na companhia de mais três moçambicanos, vimos muitos produtos à venda em toda a nossa trajectória, via terrestre, de Mutare até Harare, passando por regiões do interior, entre montanhas. Ficamos chocados pela diferença entre o que ouvimos e o que vimos no Zimbabwe. Serviços, supermercados, estradas, restaurantes e escolas a funcionarem em pleno.
O povo vai-se “lixando” com o que os políticos acham ser uma crise, vendendo os seus produtos ao longo das estradas e no dia 13 deste mês duas carrinhas de matrículas amarelas, cheias de repolho, transpunham a fronteira de Machipanda, na província central de Manica, para fornecimento às instituições sociais (saúde e educação), no interior do nosso país.
Um homem das Alfândegas disse que se tratava de um contrato de fornecimento firmado com alguns sectores sociais das províncias de Sofala e Manica. É verdade!
Há quanto tempo que a produção escolar desapareceu dos centros internatos do meu país, exemplos de Jécua, Iapala, Boroma, Amatongas, entre outros. No Zimbabwe fomos visitar um colégio missionário no interior de Rusepa e ficamos boquiabertos de tanta produção, sobretudo animal para o consumo e venda para a sustentabilidade do centro educacional.
Ficamos impressionados com a organização e os programas educacionais mais virados para a moralização da sociedade. Mas não gostamos das condições de alojamento que contrastam com a dieta que está reservada aos estudantes.
O outro senão que não escapa a qualquer estrangeiro é, na verdade, a quantidade de dinheiro que é necessário para pagar determinada aquisição, de tal jeito que, para pagar um jantar de quatro pessoas no Restaurante Cascais, na mesma avenida onde se localiza o Portugal Restaurant, foi necessário uma máquina de contar notas. Tantas eram, mas que equivaliam no nosso país, a perto de dois mil meticais, que na actualidade podem ser apenas duas.
Esse aborrecimento pode-se transformar em crise, pois é a verdadeira chatice que provoca um mal-estar em quem não está habituado. Há notas a mais, sendo que, algumas nem os mendigos da rua recebem, por saberem que nada valem.
P.S. Nunca tinha visto um povo tão “louco” pelo futebol como o do Niassa em apoio ao seu Futebol Clube de Lichinga. Grita do princípio até ao fim. Bate-se até que se farta. Polícia ou não, desde que seja para apoiar o clube da casa, as normas e tarefas são esquecidas, nem mesmo para deter quem agride outrém e só se recorda dois dias depois que houve quem foi agredido fisicamente até à exaustão.
Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 26 de Maio de 2007:: Notícias

11/04/08

No reino do Marrocos libertado jovem de 18 anos que comparou o "rei" com o time do Barcelona...

Em certos territórios do absurdo geográfico que ainda nos rodeia e envergonha, continua-se brincado aos reizinhos poderosos, quase divindades, senhores da vida e da morte de seus humildes, esfarrapados súbditos acorrentados a pesadas grilhetas de obediência servil e inquestionável, advindas por herança de dinastias tirânicas, repletas de história de insensibilidade, abuso, violência, enriquecimento ignóbil, complementadas por excessivas doses de ignorância fanático-religiosa que se mantêm até nossos dias, com o complacente alheamento de todos nós que nos dizemos sociedade livre.

E não é só no "reino das Arábias" ou do "Marrocos", como no caso que mostro abaixo. Existem outros reizinhos e outros reinados, com outros nomes e sistemas que enojam, depauperam e martirizam povos e mentes de formas diversas, atuantes por esse mundo afora... É só ficarmos atentos ao que acontece de lamentável no Congo da martirizada mãe África, no Zimbabwe do ditador desavergonhado Mugabe, na Venezuela do tirano e presunçoso Chavez, na China dos propagados jogos olimpicos que acobertaram e ainda por cima exportam como algo justificável ou desculpável, a vergonha da negaçao à liberdade e os excessos de crúeis déspotas, entre outros para ser breve...

Do brasileiro site "Espaço Vital", que leio diáriamente, transcrevo:

Libertado jovem de 18 anos que comparou o rei do Marrocos com o time do Barcelona.

Por Marina Birnfeld, de Sevilla, Espanha - 03/11/2008.
Foi colocado em liberdade provisória, no fim-de-semana, em Marrakech, o jovem Yassin Belassal, 18 de idade, que foi condenado, em setembro, a um ano de prisão por ofender à monarquia do Marrocos.

Em um desenho, pintado em um quadro-negro da escola, ele relacionou o rei Muhammad VI ao time do Barcelona.

Segundo a denúncia que o levou a julgamento, "o réu modificou o lema nacional marroquino e equiparou a figura do rei com a de um time de futebol".

Abalado pelas condições que enfrentou atrás das grades, onde dividiu cela com mais de 80 presos, a primeira coisa que ele fez foi agradecer ao rei Muhammad VI pela libertação.

O jovem reconheceu ter pintado "Deus, a pátria, o rei e o Barça" na sala de aulas, modificando com isso o lema nacional marroquino e equiparando a figura do monarca com a do Futbol Club Barcelona.

"Seu amor pelo Barcelona foi o que o levou à prisão", assegurou seu pai, ao ir buscá-lo na saída da prisão.

Em uma das muitas versões contraditórias que circularam em torno do caso, foi especulado que Belassal teria substituído no lema nacional a palavra "rei" pelo nome de seu clube favorito. No entanto, a denúncia apresentada acusa o jovem de ter escrito em um desenho a frase "Que Deus maldiga a teu pai", em referência ao monarca.

Pela ofensa à monarquia explicita nessa última frase, o jovem poderia ter sido sentenciado a cinco anos de prisão, segundo admitiu Mohammed el-Ghalussi, advogado da Associação Marroquina de Direitos Humanos, que esteve à frente da defesa. Durante a audiência foi solicitado ao promotor e ao juiz que levassem em conta a juventude de Belassal, de 18 anos, assim como o fato de que essa frase não foi lançada por uma verdadeira falta de respeito à coroa, mas como uma provocação sem transcendência dirigida aos seus companheiros. Além disso, os advogados de defesa mostraram a inexistência de maior dano à monarquia, à imagem exterior do país e à democracia, que poderia supor a permanência na prisão de um estudante.

A liberdade provisória não garante a absolvição que será examinada pelo chamado Juízo de Apelações.

- O Marrocos é uma monarquia. O atual rei Mohammed VI, filho do falecido Mohammed V, é casado com uma engenheira de sistemas e tem um filho, o próximo herdeiro do trono.

- Seus gigantescos palácios estão fincados em cada cidade marroquina.

- Em algumas cidades, como Casablanca, ele tem mais de um palácio.
- Tanta riqueza de um lado e tanta pobreza de outro.

- A população sofre com a falta de emprego e salários baixos. Situação não muito diferente de contrastes e exclusões do nosso Brasil. As mulheres - especialmente as brasileiras - que pensam em ir ao Marrocos precisam saber que a sociedade marroquina é muito machista; assim, mulher sozinha é sinônimo de garota de programa. Existem duas soluções para essa situação: viajar em grupo ou contratar um guia. Outra coisa importante, e obvia, nada de usar minissaia, blusa muito justa ou decotada, nem os braços à mostra.

12/03/07

Ronda pela net - O Feriado da Restauração.

Do blogue do pembista Branquinho sobre o feriado da Restauração em Portugal:
.
ONTEM: Escreveu-se e falou-se de futebol, do Benfica-Porto, das melenas do Nuno Gomes, das sapatadas do Bruno Alves, dos palpites do Jesualdo, dos desígnios do Camacho.
Escreveu-se e falou-se da vinda do ditador Mugabe, das indecisões da nossa diplomacia à rabujice teimosa do Primeiro Ministro Inglês.
Escreveu-se e falou-se da Greve Geral de Sexta, dos magros números do Governo, dos números gordos dos sindicatos.
Escreveu-se e falou-se das eleições na Ordem dos Advogados e, também, da Merche, da Maya, do Castelo Branco, da Floribela, dos Morangos... E, até, se escreveu e falou do aniversário do Saramago, o homem da União Ibérica, da presença do Ministro da Cultura de Espanha à ausência da portuguesa.
Pouco ou nada se escreveu ou falou das razões do feriado*, da efeméride que o sustenta no calendário nacional!
Para além de uma centena de rapazes do PNR, que apenas se representam a eles próprios, que outras celebrações nos foram dadas a conhecer?
Portugal perdeu a memória e vai perdendo a identidade.
Embandeira em arco com Tratados Europeus, enquanto a consciência nacional se esboroa em menoridade dependente e estende, para fora, para longe, os braços cansados de corpos à mingua, esquecendo, na atroz voragem duma asfixia global, as próprias raízes que o sustentam enquanto Nação de séculos!
Glosando o poeta:
- Pátria minha, gentil, que te partiste tão cedo desta vida, descontente...
Postado por Zinho às 7:32 de 02/12/07 em "Vouguinha"
.

8/04/08

Ecos da imprensa Moçambicana - O que é afinal a reconciliação?

Os tempos mudam, as consciências também, as "verdades" e valores são outros ou são analisados, justificados consoante o politicamente correto do momento, os interesses económicos. Mas crimes e criminosos aconteceram, martirizaram, causaram e causam sofrimento e estão por aí impunes... Nada justifica o injustificável. Se Moçambique não julgar e punir, a História o fará certamente!
Transcrevo:
.
EDITORIAL DO CANAL DE MOÇAMBIQUE de 04/08/2008.
O que é afinal a reconciliação?
Esperamos que não falte sentido de Estado a quem tem consciência de que o que já foram “ideias contra-revolucionárias” hoje fazem a política de quem aniquilou os “reaccionários e traidores” de ontem.
.
Maputo (Canal de Moçambique) - Escreveu-se mais uma página da História. Jacinto Veloso falou e acabou por deixar claro que o reverendo Uria Simango, Joana Simeão, Lázaro Kavandame, Júlio Razão Nihia, Mateus Gwengere, Paulo Gumane e muitos outros foram assassinados.
Quanto ao documento que serviu para tentar “emprestar um cunho jurídico ao acto de assassinato”, aliás várias vezes referido aqui no «Canal de Moçambique», mas também em outros órgãos de Comunicação Social, Jacinto Veloso, proeminente figura do ex-Bureau Político do Comité Central do Partido Frelimo e exministro da várias pastas de governos de Moçambique, designadamente da Segurança (ex-SNASP), se dúvidas ainda havia, acaba de permitir que tenham deixado de haver, ao afirmar ao jornalista Laurindos Macuacua, d´«O País», o que desde já recordamos: “Penso que não assinei. Alguém o preparou. Tinha, efectivamente naquilo que eu entendo hoje, o objectivo de legalizar o julgamento desse grupo de concidadãos que eram considerados reaccionários ou traidores. Mas não posso comentar muito. O que posso dizer é que tem de distinguir uma situação de guerra de libertação onde a lei é da própria guerra. A justiça faz-se onde a coisa acontece, o que é diferente de um Estado de Direito.”
Já não há maneira de se continuar a escamotear os factos. As pessoas estão mortas. Foram mortas sem direito a defesa. Foram sumariamente executadas. Moçambique já era um Estado independente, já era um País membro da Organização das Nações Unidas. Já tinha Constituição. Já era um Estado de Direito. Não se tratou de situação de guerra nenhuma como alega Jacinto Veloso. Moçambique já era um Estado com governo que deveria ter exercido as suas responsabilidades de proteger por igual todos os cidadãos, mas agiu para lhes tirar a vida.
Passa a ser certamente desconfortável para estados que hoje levam a Haia certas personalidades, continuarem calados perante este reconhecimento tácito de um crime de Estado praticado por pessoas a quem ainda é possível pedirem-se responsabilidades. Afinal trata-se de um genocídio de muito maiores dimensões. O grupo de “concidadãos” que foram vítimas não se limitava aos nomes mais sonantes que hoje servem de referência. São muitos mais. Tantos que há até “correntes de opinião” que amiúde chegam mesmo a falar em “limpeza étnica” quando recordam as proporções da criteriosa operação de eliminação física dos opositores ao regime que com certas práticas acabou por suscitar a violenta Guerra Civil por que Moçambique acabou por ter de passar e viria a terminar com um saldo extremamente negativo.
Os «campos de reeducação» e a «operação produção» são também disso memória e referência que não deixa Robert Mugabe só quando se recorda o genocídio de Matabeleland.
Não se trata de pedir que se reabram feridas. O papel dos familiares serve de referência. Tem sido de tolerância e de perdão, particularmente no caso do Edil da Beira, Deviz Simango, e do seu irmão mais velho, Lutero Simango, ambos filhos do reverendo Urias Simango, ex-Vice-presidente da Frelimo, e de Celina Simango, esta fundadora da LIFEMO, primeiro movimento feminino Moçambicano que antecedeu a OMM no início da Luta Armada de Libertação Nacional e que foi por si presidido até à sua extinção a 4 de Março de 1968.
De tais perdas humanas não há forma de ressarcir as famílias. Por mais que se faça, o mal está feito e é irremediável. Mas há certamente um gesto que se
pode exigir a quem tem andado ultimamente pelo país a recordar nomes que da História não se podem apagar. Devolver os restos mortais aos familiares é o mínimo que se pode pedir e até mesmo exigir. Esperamos que não falte sentido de Estado a quem tem consciência de que o que já foram “ideias contra-revolucionárias” hoje fazem a política de quem aniquilou os “reaccionários e traidores” de ontem.
A razão falou mais alto. As famílias das vítimas aguardam o
momento de poderem ter consigo pelo menos os restos mortais dos seus entes. E o Estado Moçambicano à luz da Nova Constituição deve saber assegurar-lhes esse direito. A Procuradoria Geral da República não tem nada a dizer sobre isto? O que é afinal a reconciliação?
(Z) Maputo, Canal de Moçambique, 04/08/2008.
  • Armindo Milaco, deputado/Renamo pelo circulo eleitoral de Cabo Delgado, disse na Assembleia da República de Moçambique... - Aqui!
  • Moçambique 1980 - Operação Produção - Aqui!
  • Operação Produção era um programa cheio de humanismo... - Aqui!

3/04/09

General Tagmé Na Waie: "Eu morro de manhã e o Nino Vieira morre à noite"... E assim aconteceu!

A repugnante atualidade política de alguns países do continente africano, nada democrática, alagada num mar de corrupção, discriminação de castas, violência e sangue onde se salientam depravados lideres pouco interessados no bem estar social de seus irmãos de nacionalidade tratados com desumanidade e violentados física e diariamente em todos os sentidos está aí, perante a complacente apatia do mundo dito civilizado, democrático e suas organizações de porte em gastos mas ineficientes em resultados e que imensas vezes "sustentam" e abrigam no poder tais criminosos, com sua benévola apatia co-participativa.

O que aconteceu hà poucas horas na Guiné (antiga colónia portuguesa em África) é disso retrato. Mas outros casos há, como por exemplo o Zimbabwe onde o senil, incompetente, violento Robert Mugabe e seus sequazes continuam impondo-se no poder através do terror, do medo, de discursos repletos de embuste e ameaça. Para piorar, seus vizinhos políticos mais próximos até sorriem como amigos, acenando com simpatia para o anômalo mastim de pedigriee obscuro e acariciam seus pêlos impregnados de bestialidade e falsidade.

Para que entendam um pouco do que se diz acima e como é "formada" a mentalidade de tais "lideres"(?), transcrevo do "Diário de Notícias-Lisboa":

""NINO MORREU A GOLPES DE CATANA.
Guiné-Bissau. Está reforçada a explicação de ajuste de contas na Guiné. O general Tagmé Na Waie esperava um atentado e avisou os oficiais balantas: "Eu morro de manhã e o Nino morre à noite".

Vingança teve momentos de grande violência.
O Presidente Nino Vieira foi assassinado com grande brutalidade pelos militares leais ao chefe do Estado-Maior Tagmé Na Waié, que fora por sua vez morto horas antes num atentado à bomba.

Nino foi morto à catanada, sabe o DN. Sofreu golpes violentíssimos que o desfiguraram e já tinha profundas fracturas no crânio quando lhe deram o tiro de misericórdia.

Segundo fontes contactadas pelo DN em Bissau, a morte dos dois homens-fortes da Guiné teve na origem a velha rivalidade entre Tagmé e Nino, um ódio que remontava aos anos 80.

O chefe do Estado-Maior sabia da iminência de um atentado contra a sua vida e deu instruções aos militares balantas que lhe eram fiéis: "Eu morro de manhã e o Nino morre à noite", terá dito o general, segundo garantiu ao DN um antigo ministro guineense. "Tagmé teria conhecimento de que chegara uma bomba", garantiu esta fonte, que sublinhou a sofisticação do atentado contra o general.

O profissionalismo do ataque (que foi inédito na Guiné e transcende as capacidades das forças armadas locais) sugere a ajuda das redes de narcotráfico, que são controladas por sul-americanos.

As fontes guineenses atribuem a Nino Vieira o atentado contra Tagmé Na Waié. A explicação é a seguinte: Nino controlava a presidência e parte do poder civil, mas teve uma importante derrota nas eleições legislativas de Novembro, que o PAIGC liderado por Carlos Gomes Júnior ganhou com maioria absoluta, elegendo 67 dos 100 deputados. O partido apoiado por Nino Vieira, o PRID, que era liderado pelo antigo primeiro-ministro Aristides Pereira, conseguiu apenas 3 eleitos.

O poder militar é aquele que verdadeiramente conta na Guiné-Bissau e o Presidente tinha aí uma séria desvantagem, pois contava apenas com alguns apoios na marinha. Logo após o atentado contra Tagmé, Nino Vieira convocou o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior para uma reunião onde lhe seria imposto um novo chefe de Estado-maior da facção ninista. Mas o presidente terá cometido um erro de precipitação, ao convocar o primeiro-ministro escassos minutos depois do atentado, traindo o seu conhecimento do mesmo: Carlos Gomes recusou-se a comparecer.

Também se afirma que Nino esperava a protecção da marinha e que esta não se concretizou. Neste ponto dos relatos sobre os acontecimentos da madrugada de domingo surge um mistério: por que razão Nino Vieira não tentou fugir mais cedo? O presidente teve muitas horas para escapar, mas não o fez.

O actual poder da Guiné-Bissau está nas mãos dos militares fiéis a Tagmé Na Waié, uma nova geração de oficiais. O novo homem-forte será Zamora Induta, mas o poder militar não está clarificado. De qualquer forma, a situação parece estável.

O poder civil encontra-se nas mãos do PAIGC. O Presidente interino, Raimundo Pereira, exercia o cargo de presidente do Parlamento. De 52 anos, é um jurista formado em Portugal.

A sequência da situação política na Guiné-Bissau tem inúmeras incógnitas. Para alguns "é o fim de uma Era" dominada pelo impiedoso Nino Vieira. Mas no horizonte há problemas. O maior deles parece ser o narcotráfico e a corrupção.

Também não se pode esquecer a questão da balantização das forças armadas, facto que as outras etnias observam com extrema preocupação.

A presidência de Raimundo Pereira também poderá ser breve. A Constituição prevê eleições em dois meses, mas será impossível cumprir o prazo.

Os outros partidos temem a hegemonia do PAIGC e quererão negociar um presidente transitório consensual.
- Luís Naves, Lisboa, 04.03.09, DN OnLine.

11/26/07

Diversificando - A África do Mugabe...

É tudo uma questão de "estilo de vida"...
Aqui ficam as ligações encontradas no "Moçambique para Todos":
.

5/01/09

Samora Machel foi um verdadeiro ditador como Estaline, em maus-tratos à população portuguesa!

Embora essa vergonhosa atitude, própria de extremista complexado e repleto de ódio racial não seja novidade para o mundo, transcrevo porque penalizou injustamente vidas e o futuro de milhares de moçambicanos de todas as cores e origens e um País chamado Moçambique, que ainda hoje se ressentem económica e socialmente dessa verdadeira, insana e irresponsável loucura.

Afinal quem não lembra, naquela época tremenda de 74/75, os aeroportos moçambicanos repletos de famílias luso-moçambicanas que, assustadas e ameaçadas a cada discurso demagogo e populista desse senhor, abandonavam todos os seus bens fruto de muito trabalho e suor e buscavam lugar e abrigo nos aviões de volta a Portugal?

- As revelações são de Piotr Evsiukov, primeiro embaixador soviético em Moçambique, em “Memórias sobre o trabalho em Moçambique”.
Maputo (Canal de Moçambique) - Diplomatas soviéticos que deram início às relações diplomáticas entre URSS e Moçambique criticam a política de Samora Machel face à população portuguesa branca, sublinhando que, nesta área, o Presidente moçambicano se comportou de forma semelhante ao ditador soviético, José Estaline.

“De forma dura, como Estaline, Samora Machel tratou os portugueses que viviam em Moçambique. Muitos deles receberam com entusiasmo os combatentes pela independência quando entraram em Lourenço Marques e estavam prontos a cooperar de todas as formas com a FRELIMO”, escreve Piotr Evsiukov, primeiro embaixador soviético em Moçambique, em “Memórias sobre o trabalho em Moçambique”, a que a LUSA teve acesso. “Não obstante, também aqui se revelou o extremismo de Samora Machel. Ele apresentou condições tais de cidadania e residência aos portugueses em Moçambique que eles foram obrigados, na sua esmagadora maioria, a abandonar o país... Com a fuga dos portugueses, a economia de Moçambique entrou em declínio”.

Piotr Evsiukov recorda que Machel era um convicto admirador de José Estaline. “Samora Machel falou- me várias vezes do seu apego e respeito por José Estaline.

Durante a visita oficial de uma delegação de Moçambique à URSS, Samora Machel terminou a viagem na Geórgia. Depois das conversações com Eduard Chevarnadzé, Sérgio Vieira, membro da direcção da FRELIMO, veio ter comigo e pediu-me, em nome do Presidente, para arranjar um retrato de Estaline. Claro que os camaradas georgianos satisfizeram o pedido com agrado”, escreve Evsiukov.

Arkadi Glukhov, diplomata soviético que chegou antes de Evsiukov para abrir a embaixada da URSS em Lourenço Marques, escreve: “Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Lisboa, tendo perante si os exemplos da queda dos impérios coloniais da Inglaterra e França, enveredou pela via da reforma intensa do seu sistema colonial, nomeadamente no campo das relações entre raças, da política social e cultural. Tudo isso foi levado à de ‘assimilação’, cujos rastos sentimos com evidência quando chegámos a Moçambique”. “Porém”, continua o diplomata soviético, “esses rastos começaram a desaparecer rapidamente, principalmente depois da entrada na cidade (Lourenço Marques) das unidades militares de medidas e de todo o tipo de limitações (frequentemente inventadas) contra a população portuguesa, não obstante, em geral, ela ser leal e estar pronta a cooperar com os novos poderes”.

Segundo Glukhov, “no fim de contas, isso levou à partida em massa dos portugueses do país, o que se reflectiu de forma grave na sua vida económica e aumentou a tensão nas relações entre raças”.

Segundo os diplomatas soviéticos, a política de Samora Machel provocou atritos com Joaquim Chissano, primeiro-ministro moçambicano, que defendia o diálogo com a população branca.

Evsiukov escreve que Machel reconheceu o seu erro e, “ao aconselhar Robert Mugabe, seu amigo e pretendente ao cargo de Presidente do Zimbabué, disse-lhe para não expulsar os rodesianos brancos da antiga Rodésia do Sul”.
- Canal de Moçambique, José Milhazes/In Lusa, 30/04/2009 06:22:00.

10/27/05

This way to paradise


Holiday-makers have always been deterred by Mozambique's troubled image, but a string of glorious coral islands is about to change all that, says Douglas Rogers.(Filed: 26/10/2005).


The new pioneers are wheeling and dealing down at the Dolphin restaurant on Wimbi Beach: swarthy Portuguese returnees, sunburnt white South Africans, earnest Britons and Scandinavians, all talking about opening dive schools, fishing charters and seafront guesthouses in anticipation of a tourist boom.
Overhead, a light plane is ferrying the latest guests to the new luxury resorts out on the islands, while to the west of the bay stands the Moorish-style splendour of the Pemba Beach Hotel, its lawns and palm-lined courtyards reminiscent of a sultan's palace.
The hotel was built by a Saudi tycoon in 2002. You might wonder what an Arab millionaire is doing investing in a remote coastal town in northern Mozambique.
Well, pretty much the same thing we're all doing, I guess. I'm drinking Dos Mahou beers with my father at the Dolphin's bar, waiting for a boat to take us to see a plot of land.
My sister, a developer in London, had bought (over the internet) five acres of beachfront on a peninsula across the Pemba Bay and hopes to open a guesthouse. Now she had asked my father and me to check it out.
For me, it would be an excuse to see a part of Mozambique I barely knew existed. For my father, a white African of many generations, it could be a lifeline.
Two years ago, the game farm he and my mother built from scratch in the hills of eastern Zimbabwe was designated for "resettlement' by the government of Robert Mugabe.
Their tourism business had collapsed, their home was under siege. Strange as it may seem, Mozambique, might prove a safe haven for them.
Neverthless, when I first heard my sister's idea, I thought she was mad. After decades of war Mozambique is finally at peace and opening up to tourism and foreign investment.
The capital, Maputo, 1,400 miles south, is rediscovering the Latin sizzle that made it the Lisbon of Africa in the 1950s and 60s; while the Bazaruto archipelago off the central coast is the talk of the world's fashion set.
Pemba, on the other hand, is so cut off from the rest of Mozambique it might as well be in Burundi. It barely has electricity (the town still runs on a generator) and the roads leading to it are so bad it is almost impossible to reach by car.
"You're making a mistake,'' I told my sister, but she refused to listen. "It's going to be the Maldives of Africa,'' she said. "You'll see.''
I flew into Pemba from Zimbabwe, ready to prove her wrong. A sweltering port with a lively beach-bar scene and a frontier-town energy, it was attractive enough, but it hardly promised paradise.
If northern Mozambique was going to become like the Maldives, I gathered it would be because of a chain of 32 islands that stretch from Pemba up to the waters off Tanzania, 300 miles north: the Quirimbas archipelago.
I'd never heard of them, but then neither have most Mozambicans. Between the 15th and 19th centuries, the Quirimbas islands were thriving outposts, first of an Arab spice route and slave trade, later for the Portuguese colonists who landed there in 1495, traded in cloth, turtle-shell and slaves, and made Ibo Island, in the heart of the archipelago, the capital of the north.
By the 20th century, trade declined and the islands slipped into obscurity. The war years isolated them even further.
Now tourists and high-end hoteliers have rediscovered the lost islands. To get to them I took a light plane from Pemba and soon realised my sister was on to something: 10 minutes after take-off, a glistening ribbon of coral islands rimmed by white sand and swollen with emerald mangroves revealed themselves through low cloud.
Arab dhows plied a tidal waterway along the coast and the ocean was so blue I could see dolphin and sailfish spear through the waves. For a second I thought this really was the Maldives.
My first stop was Quilálea, a chic, nine-suite lodge owned by an Anglo-Kenyan colonial and his glamorous Belgian wife.
The island is barely a mile wide and too small for an airstrip, so the plane decanted me on a grass runway set between coconut palms on the larger island of Quirimba, and a speedboat crewed by three men in sailor suits, former island fishermen now employed at the lodge, picked me up.
My first stop was Quilálea, a chic, nine-suite lodge owned by an Anglo-Kenyan colonial and his glamorous Belgian wife.
The island is barely a mile wide and too small for an airstrip, so the plane decanted me on a grass runway set between coconut palms on the larger island of Quirimba, and a speedboat crewed by three men in sailor suits, former island fishermen now employed at the lodge, picked me up.
The name Quilálea comes from the Swahili word lala, which means sleep, and dates from the days when Arab ships took shelter in the island's protected cove. We soon cruised into it, a row of thatched pavilions gazing down at us from rocks above.
"Put your watch back an hour,'' said the manager, greeting me on the beach. "We're on island time here.''
Quilálea's nine stone villas are furnished with tribal wood carvings and all have private sea views.
From my sprawling bed I could see fish rippling the water and dhows sailing past my door. Teak walkways linked each villa to a terrace bar and salt-water pool deck overlooking the cove, while fresh lobster, crab and tuna were served in a thatched restaurant or at candlelit tables on the beach.
Years of isolation have been kind to the Quirimbas. The marine life is some of the most exotic on earth and turtles, humpback whales and rare dugong - a seal-like mammal from which the myth of the mermaid derives - populate these waters.
Quilálea was declared a marine sanctuary by the World Wildlife Fund in 2002, and I took time to snorkel the reef on its south side, swimming among writhing moray eels and millions of rainbow-coloured fish.
The real highlight for me, though, came at surface level: a sunset cruise on the lodge's own dhow, the Doña Fatima. As its crew hoisted the sails and teased the tide, I sipped white wine from a pillow bed on deck and went to lala.
Mozambique is said to be named for Mussa-Bin-Tiki, a sultan who ruled here in the 16th century.
Today the region has a modern-day sultan of sorts: Adel Aujan, a Saudi soft-drinks tycoon and president of Rani Resorts, which built the lavish Pemba Beach Hotel on the mainland back when the town was a no-name backwater.
My next stop was the first of two resorts he is opening on the islands: Matemo, a 30-minute flight farther north.
Only the larger islands in the archipelago have permanent settlements and Matemo had one too.
After the flight, the 20-minute transfer to the resort took us through a Quimvani fishing village of thatched mud huts.
Black women with white painted faces - paste from the mussiro root to moisturise their skin - stared at us from under swaying palms; bare-chested men armed with bows and arrows speared fish in the shallows.
I've seen dozens of faux tribal village scenes dished up for tourists in Africa, but there was nothing fake about this.
According to Dave Rissik, a conservationist employed by Rani, whom I met later at the resort, the Quimvani islanders still caught marlin with handlines from wooden dugouts, and the arrows they used to spear shrimp and fish were so similar to those of the Kalahari Bushmen that they could be related.
Most astonishing, many of these islanders had never even set foot on the mainland before, though you could easily see it from Matemo.
I half expected Adel Aujan's resort to be kitsch and glitzy. Instead, it was done in elegant Afro-Arab style, with 24 identical wood-built villas set on the beach. Hammocks were slung between palms and an opulent bar area was furnished with oriental lanterns and lavish day beds, overlooking the water.
Sadly, the service did not yet match the style. The porter who walked me to my suite got all the way there before realising he'd forgotten the key. "Shit!'' he said, and ran back to get it.
Ordering a meal could be hard, too, as the waiters spoke no English. Such teething problems were understandable. Those same villagers who'd never set foot on the mainland were now employed as staff and taking my dinner and cocktail orders.
I felt awkward about this at first, but was reassured to learn that the government is working hard to create sustainable tourism - and protect the local way of life.
In 2002 the 11 southern islands in the Quirimbas were designated a national park, and three more in the far north have been earmarked for the largest conservation project of all: Maluane.
Created by the London Zoological Society, with private investors, it will comprise three luxury lodges and a game reserve on the mainland, teeming with lions and elephants.
The project is expected to employ 350 locals, and part of the profits will go to schools and hospitals. Ibo Island, meanwhile, with its ancient fort and crumbling Portuguese mansions a 30-minute boat ride south of Matemo, was already applying for Unesco heritage status.
I flew back to Pemba with no doubt that in a few years the north will be booming. I met my father at the Dolphin and we set off to find my sister's plot on a peninsula called Londo. Its only development was, conveniently for us, next door: Londo Lodge, an almost-finished boutique property owned by a young Dutch couple.
A boat from the lodge came to pick us up, and we soon rounded the peninsula and pulled into a secluded cove.
If Quilálea had been tranquil and Matemo dramatic, Londo Lodge, even in its half-finished state, was the most beautiful property of all: thatched villas stood on high cliffs, a curved stairwell led up to them, and a spectacular teak deck was carved into the cliffs under a tamarind tree.
We left our bags in one of the villas and a guide walked us down a narrow path for about a mile. I was struck by how different the land was to the islands: the earth was redder, the vegetation bush, not mangrove.
Stub-nosed baobab trees more common to the dry African savannah were everywhere.
Suddenly we came to a grass clearing marked with a stone boundary. This was it. It was on lower ground than Londo Lodge, a few yards back from the water, and it had a huge baobab in the middle.
A gorgeous beach stretched in front for 100 yards. My father envisioned a thatched villa on stilts on the beach; the main house behind that; a deck under the shade of the baobab. He had already spoken to builders in Pemba, worked out how to get materials in by dhow; a water supply connected; a generator set up for electricity.
We opened some beers and watched a dhow sail past. I noticed the plot faced west, back into Africa. As we watched the sun go down I realised it was setting over Zimbabwe. Right here, right now, this piece of land felt like home.
Mozambique basics
Getting there a 10-day trip to Tanzania and Mozambique with Sunvil Africa (020 8232 9777; www.sunvil.co.uk/africa), including seven nights at Quilálea, costs £ 2,479 per person, based on two sharing.
The price includes flights from London Heathrow, all flights and transfers within Africa, all meals and non-motorised activities at Quilálea.
Staying therePemba Beach Hotel (00258 72 21770;
has standard doubles from £ 70 per person, based on two sharing.
Matemo Island Resort (book through Rani Resorts in Johannesburg, (0027 11 465 6904; www.matemo.com)
has b&b in a standard room from about £ 170 per person.
Londo Lodge (00258 72 21048;
opens next month; full board in a double costs £185 per person, based on two sharing and excluding drinks.
The first Maluene lodge, on Vamizi, opened last month with others due to open next year on Rongui and Macaloe; further information from The Outposts (01647 231007; www.theoutposts.com).

Via: Travel.Telegrafh
=======================

Use as "Ferramentas de idiomas" do Google para traduzir o texto acima