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5/04/05

Quem é e o que faz Rui Paes de Pemba...


Posted by Hello

Retrato do português que ilustrou Madonna:

A reserva impede-o de revelar o nome da casa e o dos seus proprietários, mas é entre telas de Rubens, Van Dyck e Bruegel que Rui Paes trabalha.

Enviados a Génova:
Isabel Lucas (Texto) Rodrigo Cabrita (fotos)

No Palazzo Reale de Génova, Rui Paes elogia as possibilidades do barroco na pintura
Madonna escolheu um pintor português para ilustrar o seu último livro para crianças. Pipas de Massa conta a história de um velho rico e infeliz que descobre a alegria da partilha.
Um enredo simples a contrastar com o barroco da ilustração assinada por Rui Paes, nome com quem a estrela pop divide o protagonismo desta história traduzida em mais de quarenta línguas, publicada em 110 países e com lançamento mundial agendado para Portugal, no dia 1 de Junho (Dia Mundial da Criança).
Rui Paes estava em Génova quando foi contactado pela Callaway Editions, a editora dos livros infantis de Madonna.
A New York Times Magazine publicara, pouco antes, um artigo sobre uma sala pintada pelo português num castelo da Noruega.
Foi em Fevereiro de 2003.
Esse ambiente palaciano seduziu a autora e quatro meses depois Rui Paes interrompia o trabalho que estava a fazer num palácio daquela cidade italiana para se instalar no seu atelier de Londres a tentar dar forma à narrativa e às personagens criadas por Madonna.
Com um vasto currículo na área do trompe-l'oeil, parte da vida e da obra de Paes decorre em palácios.
Paredes, murais e telas de grandes casas do Egipto, Alemanha, Inglaterra, Líbano, Noruega e, agora, Itália constam de um percurso onde o figurativo vai ganhado cada vez mais força.
É a subir a escadaria do Palazzo Reale, em Génova, que este artista, quase um desconhecido em Portugal, confessa o fascínio pelo barroco - e pelas formas antigas de pintar -, manifestado em traços que parecem fora de época ou, antes, desafiar as tendências do tempo actual.
Vive e trabalha paredes meias com aquele ambiente, num palácio vizinho construído no início de seiscentos e que guarda uma das maiores e mais importantes colecções privadas de pintura, na Europa. "Estar aqui é uma inspiração muito grande.
O barroco é uma das linguagens mais divertidas e cativantes para ser reutilizada.
Na pintura mural, é a técnica mais satisfatória.
Mas tem de ser muito bem compreendido, já que parece ser muito frívolo.
Mas não é.
É muito bem enraizado e dá uma grande liberdade", defende, de olhos postos num fresco que decora a Sala dos Espelhos, do Palazzo Reale.
A reserva impede-o de revelar o nome da casa e o dos seus proprietários, mas é entre telas de Rubens, Van Dyck e Bruegel que Rui Paes pinta, numa sala que dá para a Via Balbi, uma das artérias mais importantes de Génova, projectada no início do século XVII, quando ali começaram a construir grandes palácios, e que hoje já não tem o brilho desses tempos.
Vida palaciana.
É nessa rua, bem junto à Piazza dell'Annunziata, que vive desde 2000, numa estada que interrompe sempre que tem de responder a outras solicitações e que deve terminar dentro de três ou quatro meses. "O Van Dyck pintou os marqueses no século XVII e eu, agora, estou a fazer quadros com os empregados", ironiza, ao ser questionado sobre o trabalho que está a fazer. E percebe-se a reserva no sorriso que quer colocar um ponto final sobre o assunto. A mesma que lhe foi pedida quando lhe falaram da hipótese de ilustrar um livro de Madonna. Ficou surpreso com o trabalho, mas o nome não lhe tirou a fala, garante.
Mandaram-lhe a história e pôs mãos à obra.
Foi cerca de um ano e meio de trabalho feito no campo, perto de Cambridge, e que o ocupou entre dez e doze horas por dia.
Seis meses na concepção e na estruturação, oito meses para a pintura, em aguarela sobre fundo de papel.
Tudo somado, foram 70 aguarelas, numa escala entre vinte e quarenta por cento acima do tamanho em que o livro foi impresso. Em todo o processo, autora e ilustrador falaram duas vezes. "Da primeira vez, ela ligou-me para dizer que estava muito satisfeita com as ilustrações. Mais tarde fui eu que lhe telefonei a pedir desenhos dos filhos para incluir no livro, e ela mandou."
As reacções iam-lhe chegando através da editora.
No fim, pediu-lhe que fizesse "uma ou duas pequenas" alterações.
Do trabalho no castelo norueguês "importou" para o livro a ambiência e os macacos.
Isso mesmo. São esses os elementos decorativos mais marcantes, inspirados no Castelo de Chantilly, em Paris.
"Nesse trabalho usei uma técnica de chinoiserie do século XVIII, a importação europeia dos elementos decorativos chineses nos grandes ambientes palacianos.
Um dos melhores exemplos está em Chantilly.
É um grande hall de entrada num castelo em cima do fiorde de Oslo.
Embora tivesse sido construído nos anos 20, só um quarto é que era de época.
Tudo o resto foi feito com um certo teor revivalista.
Sugeri, então, o esquema da chinoiserie, rococó.
A sala estava toda dividida em painéis.
Fiz 16 painéis com seis metros por um.
Usei uma série de elementos decorativos, utilizando macacos vestidos como em Chantilly".
Foram os macacos que seduziram Madonna.
São os macacos o elemento que percorre todo o livro.
"Diverti-me muito com este trabalho.
Foi difícil, mas tive toda a atenção, tanto da editora como da própria Madonna", diz em jeito de balanço de uma experiência que gostaria de repetir.
Basta que haja convite e empatia com o ambiente da história a ilustrar.
Afirma que o facto de se ter iniciado nestas lides com Madonna não o coloca em bicos de pés, mas reconhece a importância que tem para a divulgação da sua obra o facto de o seu nome surgir ao lado do da autora de Material Girl "Inevitavelmente, vai ter um papel determinante."
O percurso.
A viver em Londres desde 1986, quando, bolseiro da Fundação Gulbenkian, se candidatou ao mestrado de Pintura no Royal College of Art, Rui Paes conta com várias distinções num currículo que oscilou entre o figurativo, o monocromático e de novo o figurativo. Natural de Pemba, Moçambique, onde nasceu em 1957, filho de um arquitecto e de uma escritora, começou a pintar muito antes de conseguir copiar gravuras de Rafael.
Tinha uns sete ou oito anos. "Sempre que me aborrecia com os meus irmãos, refugiava-me com os meus lápis e guaches numa espécie de ilha onde mais ninguém tinha acesso", lembra, sublinhando pormenores da praia de onde saiu com 11 anos para fazer o liceu em Aveiro.
Andou entre os dois continentes até entrar para a Faculdade de Belas Artes do Porto, depois de ter hesitado em ir para um curso ligado ao ambiente.
O chumbo a Química afastou-o. "Ainda bem", reconhece agora.
Terminado o curso de Pintura, em 1981, foi professor no ensino secundário.
Paralelamente, participava em exposições e venceu o prémio revelação na Exposição Nacional de Arte Moderna, Arús.
Entretanto, concorreu a um lugar no Royal College of Art. Foi aceite. "Nunca tinha pintado tantas horas todos os dias.
Deram-me um lugar para pintar e tive de criar a minha própria disciplina."Fazia, então, uma pintura despojada, monocromática.
Grandes telas, todas a vermelho.
Foi uma fase.
O figurativo haveria de voltar em força quando começou a trabalhar com Graham Rust, um dos mestres da ilusão pictórica.
Nunca mais abandonaria o trompe-l'oeil, que foi intercalando com as telas.
Nunca mais abandonaria, também, Londres.
Em Portugal, tem um filho.
E trabalhos em várias colecções privadas.
Para o ano, talvez haja uma exposição.

5/30/07

Rui Paes (de Pemba) expôe no primeiro Simpósio Internacional de Pintura de Matosinhos.

Pintores tentam captar o espírito do Senhor de Matosinhos.
Por Jorge Marmelo - Publico.pt
Trabalho de Alberto Péssimo, João Ribeiro, José Emídio e Rui Paes pode ser apreciado, ao vivo e até quinta-feira, na Galeria Municipal.
Menos de vinte e quatro horas depois do arranque do primeiro Simpósio Internacional de Pintura, que decorre em Matosinhos até ao próximo dia 31, o pintor José Emídio já tinha duas obras de arte em avançado estado de produção. Não espanta. Emídio é um matosinhense e o único dos quatro participantes na iniciativa que já conhecia Matosinhos, cabendo-lhe, por isso, o papel de anfitrião de Alberto Péssimo, João Ribeiro e Rui Paes, o português radicado em Londres que ficou famoso quando fez as ilustrações do livro infantil Pipas de Massa, da cantora Madonna. Também por jogar em casa, José Emídio optou por contornar o tema proposto pela Câmara de Matosinhos para a iniciativa: o Senhor de Matosinhos, a sua lenda, as tradições e as festividades populares que actualmente têm por palco o centro da cidade, com o seu cortejo de barraquinhas de feira e roulottes de farturas. "Já pintei muitas vezes o Senhor de Matosinhos, vou aproveitar para fazer outras coisas", justifica o pintor. Coincidindo com a realização de uma das maiores romarias do país, o Simpósio Internacional de Pintura decorre, desde a passada quarta-feira, numa das salas da Galeria Municipal de Matosinhos. Por lá têm passado artistas e simples curiosos que querem ver ao vivo o trabalho dos pintores convidados, mas também alunos das escolas do concelho que frequentam os workshops de pintura que acompanham o simpósio, destinados a melhorar a compreensão do fenómeno artístico. "Estou a gostar muitíssimo da experiência", diz Rui Paes. "Fiz as Belas-Artes no Porto, mas não conhecia Matosinhos", reconhece o ilustrador do livro de Madonna. Com a ajuda de um postal ilustrado mostrando um dos altares da Igreja do Senhor de Matosinhos, Paes tenta passar para a tela as volutas barrocas e douradas que decoram do templo. A ideia, explica, é criar uma moldura barroca que enquadre um ícone religioso, estabelecendo uma ligação entre a tradição, a realidade actual dos festejos e o livro que o tornou célebre.
"Explosão de estímulos"
Antes de iniciarem o trabalho, os quatro pintores foram conduzidos num passeio pelos principais pontos patrimoniais do concelho, da Igreja do Senhor de Matosinhos à Casa de Chá da Boa Nova. Uma introdução que Rui Paes considera ter sido "muito boa" e que lhe trouxe à memória a última visita ao edifício que Siza Vieira instalou sobre os rochedos da Boa Nova: "Não ia lá há trinta anos, mas lembro-me que foi ali que percebi que o Siza Vieira é um génio da Arquitectura. Fui à casa de banho e vi aquela luz... Aquilo era magia", recorda. Resultado? O pintor nascido em Moçambique contava aproveitar o simpósio para descansar, mas percebeu imediatamente que tal será impossível. "Há muito dinamismo, uma explosão de estímulos e solicitações. Não vou descansar, mas sair daqui com uma energia nova", diz. Como que para ilustrar o que significa para um pintor o trabalho partilhado, Alberto Péssimo entra nesse instante no improvisado atelier dos quatro artistas. Vem falando alto e traz um saco de supermercado, oferece cerejas e arrasta os restantes pintores para uma fotografia de grupo a la minuta num cavalinho estacionado diante dos paços do concelho. Quando regressa, veste o fato-macaco, estende um pedaço de papel no chão e começa a desenhar com traços rápidos.Pouco habituados ao trabalho em conjunto, os artistas parecem não desgostar da experiência. "O que mais me impressionou foi ver os outros a trabalhar", reconhece o lisboeta João Ribeiro, apontando para o canto onde Péssimo tem já um monte de papéis desenhados, rasgados e pintados, espalhados pelo chão, pelas paredes e por toda a parte, como se um vendaval criativo por ali tivesse passado. "Ele tem uma atitude muito dadaísta", comenta, enquanto vai acrescentando pacientemente as várias camadas de cor que hão-de dar origem à sua obra. "Só daqui a alguns dias se vai ver o resultado", explica.
In "Publico.pt"

4/29/05

Rui Paes...outro nome de Pemba em destaque nas artes...


Posted by Hello (Ilustração de Rui Andrade Paes)

O Rui Andrade Paes (Filho da poetisa do mar azul de Pemba, Glória de Sant'Anna e irmão da também artista plástica Inez Andrade Paes ) ilustrou o próximo livro infantil da Madonna, que irá sair no próximo dia 1 de Junho.
Eis aqui a referência à notícia no DN:
...“Desde há uns cinco anos, muitos editores a apostam na ilustração”, refere, salientado, aí, o papel da Bedeteca e do Salão de Lisboa na divulgação de talentos portugueses “O ilustrador tem vindo a ganhar um estatuto que já lhe permite partilhar a autoria de um livro com quem o escreve.” Um reconhecimento que passa fronteiras: Madonna escolheu o português Rui Paes para ilustrar o seu próximo livro Pipa de Massa, com edição marcada para 1 de Junho.
© JTM/Diário de Notícias
Imagem de autoria de Rui Paes, ilustrativa do livro:

Imagem da capa do Livro:
ou
O livro vai-se chamar em Português "Pipa de Massa".

Esperamos para a semana um artigo na revista Visão...
Para nossa alegria ninguém "segura" esta Família Andrade Paes !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

5/04/05

Rui Paes... de Pemba & "Pipas de Massa" de Madonna


Posted by Hello

O lançamento mundial de 'Pipas de Massa'

A excepção deve-se ao facto de o ilustrador do próximo livro de Madonna ser português.
Pipas de Massa, vai ser primeiro editado em Portugal e só uma semana depois conhecerá edição mundial.
A Dom Quixote, editora em Portugal da série de livros infantis da cantora pop, iniciada em Setembro de 2003 com As Rosas Inglesas, está a preparar um programa especial para o dia 1 de Junho que conta com a participação de Rui Paes, o autor das ilustrações.
Além de uma sessão de autógrafos, a actriz Carmen Dolores irá ler a história numa sessão pública em local ainda a anunciar.
Pipas de Massa é o quinto livro infantil assinado por Madonna e, como os anteriores, também neste a cantora/escritora cede os seus direitos à Spirituality for Kids Foundation, uma instituição norte-americana de ensino.
Os quatro títulos anteriores venderam, no conjunto, cerca de dois milhões de cópias em todo o mundo, 30 mil dos quais em Portugal.
O primeiro, As Rosas Inglesas, foi o que mais vendeu, tendo originado à sua volta um fenómeno de merchandising.
De tal forma que tanto os editores (a Callaway) como a autora já pensam na sequela.
Assim, é provável que a Pipas de Massa se siga As Rosas Inglesas II.
Em Pipas de Massa, como nos livros anteriores, a moral é universal - a verdadeira felicidade está na partilha -, mas a inspiração é italiana.
A começar pelo título Lotsa da Casha, no original.
Em português, optou-se por Pipas de Massa, que não transmite a intenção de "italianizar", como no inglês e que pode causar estranheza na leitura.
Na tradução assinada, mais uma vez pela dupla familiar Miguel e Susana Serras Pereira, o protagonista, Pipas, aparece com uma pronúncia estranha, que troca os "ss" pelos "ch", numa tentativa de reconstruir o sotaque italiano do inglês de Madonna.
Uma estranheza de que fala Rui Paes, o ilustrador, colocando algumas reservas à tradução nacional. "Talvez por ter lido tantas vezes a história em inglês", justifica.Itália - país onde Madonna tem raízes familiares - está também muito presente na ilustração.
A pedido da própria, como faz questão de salientar Rui Paes, que diz ter-se inspirado na cidade Siena e na arquitectura de Génova para construir os ambientes onde decorrem as aventuras do tão amargo, quanto rico, Pipas.
Até agora Rui Paes ilustrara apenas um livro de contos assinado pela mãe, a escritora Glória de Santana. Tinha, então, 18 anos. Entretanto, em matéria de ilustração limitara-se aos palcos, num trabalho de cenografia que não considera muito distante, na forma, da tarefa de dar imagem às palavras de um livro.
Num e noutro caso é preciso criar ilusão.
O interesse desta série de livros de Madonna está na assinatura, mas, sobretudo, na grande qualidade das ilustrações que os acompanham.
São elas que trazem um enorme valor acrescentado a narrativas com pouco de original. São elas, ainda, que fazem destes exemplares objectos de culto para quem valoriza a imagem. Madonna sabe disso.
E os seus editores também.

10/07/06

Exposição de aguarelas de Rui Andrade Paes (de Pemba).


Não faltem.
A não perder.
Exposição de aguarelas originais do livro de Madonna "Pipas de Massa" por Rui Andrade Paes (de Pemba) no Teatro Nacional de São Carlos de 17 a 26 de Outubro das 13 às 19 horas.
A inauguração é no dia 16 às 21 horas...
Pena que estou longe, deste lado do mar !
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"Post" deste blog de 28/04/2005 (http://foreverpemba.blogspot.com/2005/04/rui-paesoutro-nome-de-pemba-em.html#links):
O Rui Andrade Paes (Filho da poetisa do mar azul de Pemba, Glória de Sant'Anna e irmão da também artista plástica Inez Andrade Paes ) ilustrou o próximo livro infantil da Madonna, que irá sair no próximo dia 1 de Junho.
Eis aqui a referência à notícia no DN:
Texto integral: http://www.jtm.com.mo/news/20050404/08jet-7.htm
...“Desde há uns cinco anos, muitos editores a apostam na ilustração”, refere, salientado, aí, o papel da Bedeteca e do Salão de Lisboa na divulgação de talentos portugueses “O ilustrador tem vindo a ganhar um estatuto que já lhe permite partilhar a autoria de um livro com quem o escreve.” Um reconhecimento que passa fronteiras: Madonna escolheu o português Rui Paes para ilustrar o seu próximo livro Pipa de Massa, com edição marcada para 1 de Junho.
© JTM/Diário de Notícias
Imagem de autoria de Rui Paes, ilustrativa do livro:
http://www.madonnaonline.com.br/novosite/livros/lotsa.jpg
Imagem da capa do Livro:
http://www.mad-eyes.net/news/2005/05_03b.htm#pic
ou
http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/0670058882/ref=ase_madeyes-20/104-2467809-1160744?v=glance&s=books
O livro vai-se chamar em Português "Pipa de Massa".
Esperamos para a semana um artigo na revista Visão...

9/07/07

Rui Paes (de Pemba) entrevistado pelo Expresso.

Rui Paes: pinto, como e durmo
Rui Paes, o pintor que ilustou um livro infantil de Madonna, fala de si, da sua vida e do seu trabalho:
Rui Paes estava sentado no chão da Galeria Municipal de Matosinhos, às voltas com um banco de madeira. «É como a Paixão de Cristo», sorriu. Dos pregos saía uma tinta avermelhada. «Isto interessa-me: a nossa inabilidade para o sangue», acrescentou. É este, então, o português que ilustrou o livro de Madonna. No I Simpósio Internacional de Pintura, realizado em Matosinhos, Rui Paes crucificava um banco de madeira. A entrevista começou ao contrário: foi o pintor que se atreveu ao diálogo. Esta foi a resposta à pergunta que não houve: Faço pintura mural e, porque tem de ser, procuro que as formas sejam correctas, ou, mais importante, que se adaptem ao espaço arquitectónico, porque senão a ilusão não funciona, contradiz-se e desfaz o efeito. A disciplina mental é importante. A exactidão tem uma disciplina mental. Utiliza um sistema que não é um sistema fixo, único, mas que se adapta às circunstâncias, como agora aqui, em Matosinhos. Eu vinha com uma ideia: a de que Matosinhos era uma cidade de pescadores, e tinha criado uma imagem em relação a essa ideia. Mas quando cheguei cá alterei completamente tudo, porque preferi começar a absorver aquilo que me foi dito, aquilo que vi e aquilo que percebi e transportar isso para a pintura. Em vez de forçar o meu tema e sobrepor a esse tema uma coisa extemporânea, decidi alterar a ordem: deixar que a cidade me dissesse o que quis dizer e que eu pusesse na tela aquilo que ela me quisesse dizer.
E o que é que a cidade lhe disse, até agora?
Imensas coisas. Fiquei espantado com a quantidade de lendas, com a religiosidade do sítio!
Como é que surgiu a ideia deste banco que estava a decorar? Disse-me que tinha a ver com a nossa inabilidade para o sangue.
Em Inglaterra, onde vivo, a religião oficial é mais despojada, com uma imagética muito mais despojada do que a nossa. Eles têm pavor àquelas imagens da tortura, àquela fase em que Cristo é sentenciado e castigado. Essas imagens não aparecem muito nas igrejas protestantes, também porque são muito mais austeras, muito mais limpas - em Inglaterra, sobretudo. Esse foi um dos aspectos que sempre me interessou muito na religião: o aspecto gráfico do sofrimento. E o sofrimento pode ser físico, emocional, intelectual. Somos quatro pintores, no encontro em Matosinhos e a cada um foi oferecido um banco pequenino de pinho para decorarmos. (Ainda por cima pinho, que é a ideia da madeira da cruz... embora eu não saiba qual foi a madeira usada na crucificação.) Eu gostei muito da Igreja do Senhor de Matosinhos. Gosto muito da arte do período barroco e, quando me foi sugerido que decorasse o banco, que o pintasse, não pude deixar de pensar nisso, no corpo branco de Cristo depois de torturado, depois de chicoteado. Esta é uma imagem que faz parte da pintura clássica. Achei que o banco só podia ser aquilo: símbolo mesmo da Paixão de Cristo e da entrega do pintor, da entrega do artista ao seu trabalho, que também é total.
Em que medida é que relaciona a Paixão de Cristo e essa entrega à arte? Não tem a ver com o sofrimento pelos outros...
Não, não, pelos outros nunca. É sempre por nós próprios, pelo nosso trabalho. Mas é o exercício de uma solidão absoluta. A pintura é o exercício da extrema solidão. E eu gosto de estar sozinho comigo, foi-me dada essa grande dádiva. O meu trabalho é o meu companheiro, e eu estou bem com ele. Fecho-me no ateliê e esqueço-me.
Como é a sua vida em Londres?
Divido o meu tempo entre Londres e o campo. Tenho um ateliê em Londres e um ateliê ao pé de Cambridge, onde passo muito tempo. Mas é uma vida assim: pinto, como e durmo. Hoje, faço muito menos jardinagem. Tenho andado desligado das plantas. Mas lá ponho umas camélias de vez em quando. É uma vida muito tranquila.
Ainda continua a pintura mural, a intervenção nos castelos?
Agora vou fazer um projecto com um colega inglês para um cliente de Munique. Inclui elementos de arquitectura e escultura de um castelo que o cliente tem, mas isto é para uma casa de cidade. Ele quer trazer para a cidade aspectos de paisagem, arquitectura e escultura da outra propriedade do campo, e o trabalho vai ser baseado nesse tema. De resto, tenho andado à volta do livro que estou a fazer para o São Carlos ver caixa e a desenvolver também ideias à volta de um cavalo que me apareceu há 20 anos, um cavalinho que encontrei em França, em Aix-en-Provence.
Conte-nos melhor essa história do cavalo.
Numa viagem que fiz, há 20 anos, apareceu-me um cavalinho branco no chão, numa ponte, e eu guardei-o sempre. Um dia, reencontrei-o e disse: isto está a querer dizer-me qualquer coisa. É um trabalho pessoal, uma brincadeira que estou a fazer e que me está a divertir muito. É este o projecto em que estou envolvido em termos de pintura de cavalete: desenvolver uma imagem ligada a conceitos, a palavras... É mais um jogo de língua e actividade. As palavras que estão escritas na tela definem a acção do cavalo. Elas não estão escritas foneticamente correctas, mas soam como a ideia que quero passar. Apetece-me brincar com os ingleses! Eu gosto muito de línguas. Gosto muito da língua inglesa, conheço-a bem, é irresistível. Gosto das palavras. Não leio tanto como gostaria. Escrevo algumas coisas. Não sou um estranho às palavras, mas acho que as palavras têm de ser as palavras exactas.
Que diferença sente entre pintar uma tela e pintar um interior, um muro?
É um bocado como a ilustração. As pessoas não entendem que um pintor é um pintor. Um pintor pinta. Pode fazer ilustrações para um livro, pode fazer pintura mural, pode fazer pintura de tela, pode fazer o que quiser. O que ele teve foi anos - seja de vida, seja de aprendizagem académica - que foram desenvolvidos à volta da pintura, do trabalho com tinta, com a expressão plástica. Por isso, eu estou a pintar sempre. Um músico e um pintor, nesse aspecto, não são muito diferentes. Um músico pode ser um intérprete e pode ser um compositor. O pintor também. Quando estou a ilustrar um livro, estou a seguir um guião, a interpretar um tema que me é oferecido, e estou a tentar alargar o espectro simbólico, significativo, do tema. Estou a interpretar, como um violinista poderá interpretar uma peça. Quando estou em frente a um cavalete, estou a compor. Mas continuo a trabalhar na mesma área.
É a diferença entre trabalhar uma imagem que é sua ou uma imagem de outra pessoa?
Que me é fornecida pelas palavras de outra pessoa. Se for o caso da pintura mural, é uma questão de orquestração. O pintor é um orquestrador. Eu orquestro quando faço pintura mural, porque tenho de incluir elementos que me são sugeridos, que me são exigidos, alguns. Tem de ter este aspecto, tem de ter aquele, não gosto de macacos, não faça um macaco a sorrir porque mete impressão...
No caso do livro da Madonna, o macaco foi uma das razões do encontro. Ouvi uma história que envolvia um macaco, a Madonna e o Rui Paes...
Sim, sim. [risos] A Madonna chegou a mim por causa de um castelo na Noruega, mas sobretudo por causa dos macacos que eu lá pintei. Quando me fizeram a proposta de pintar o «hall» de entrada, achei que, pelos elementos que a sala apresentava, o mais bonito era fazer uma coisa à chinesa do século XVIII, mas divertida. Quis fazer uma «singerie», uma macaquice. Os editores viram aquele trabalho no «New York Times» e pensaram: isto é uma possibilidade. Fizeram-me uma proposta, e eu fiquei muito interessado com o projecto. Quando a história chegou, pareceu-me difícil, mas li, reli e comecei a percebê-la. Emocionou-me, porque definia bem como é possível ser-se generoso, e entreguei-me ao projecto.
Como reagiu o seu filho quando lhe contou a novidade? Gostava de saber como é que se chega a casa e se diz que se vai ilustrar um livro da Madonna.
Eu pedi-lhe que ele adivinhasse. Disse-lhe que ia trabalhar com uma cantora mais da minha geração... Ele acertou à terceira.
Já o tinha em muito boa conta.
Ele é muito sóbrio. Ficou contente, mas é uma pessoa muito sóbria. Eu estava no Rio de Janeiro quando recebi a notícia de que a Madonna tinha dado o OK e devo dizer que dei pulos. Estava sozinho no quarto de hotel e fiz aquelas coisas que só se vêem nos filmes.
Nos filmes salta-se em cima da cama...
Exactamente! [risos]
Chegou a conhecer a Madonna?
Sim, mais tarde. Falámos ao telefone e na apresentação do livro apresentámo-nos um ao outro. Ela é uma mulher lindíssima, não tem nada a ver com as fotografias. Ao vivo, é uma pessoa muito bonita e tem uma aura muito boa, projecta uma luz clara.
Em que lugar é que se encontra hoje? De regresso ao figurativo?
Eu nunca deixei de pintar figurativo. Mesmo quando pintava as grandes telas vermelhas. Quando saí de Portugal, o meu processo de criação tornou-se cada vez mais limpo, mais despojado, mais austero. Quando tive oportunidade de, pela primeira vez na vida, pintar oito a dez horas, no mestrado, isso deixou-me inquieto. O projecto definiu-se a si próprio, mas foi um projecto de limpeza, ligado a uma certa espiritualidade. O despojamento da pintura indicava o processo do meu próprio despojamento. Passei os primeiros meses no Royal College a mandar embora do meu pensamento as pessoas que interferiam, as vozes que interferiam. Foi mesmo um processo de limpar.
Mas essas vozes...
Eram vozes portuguesas.
Tinham a ver com os mestres, com a sombra de outros criadores, ou eram vozes pessoais?
Era toda a gente. Quis libertar-me das interferências: limpar, coar, polir, até poder estar só comigo. Os primeiros meses do mestrado foram feitos assim, e a pintura acompanhou tudo isso. Acabei por pintar grandes áreas com contentores vazios dentro delas. Foi mesmo um processo de limpeza, de limpeza espiritual, emocional.
Lembra-se de como era antes de pintar? Lembra-se do processo?
A primeira pintura a sério que fiz foi quando tinha sete ou oito anos. Foi o Deus nas nuvens do Rafael, a guache. Havia um livro escolar que na contracapa tinha uma pintura cuja parte superior era Deus e as nuvens com dois anjinhos. Eu gostava tanto daquilo, e era assim que eu queria pintar!
Com essa pureza?
Assim, tão bem! [risos]
In- Expresso - Entrevista de Filipa Leal, Fotografia de Bruno Barbosa
Rui Paes nasceu em Moçambique (Pemba), em 1957. Terminou o Curso de Artes Plásticas da ESBAP em 1981. Em 1982 recebeu o Prémio Revelação Arús. Fez o mestrado em Pintura no Royal College of Arts como bolseiro da Gulbenkian. Foi premiado com uma bolsa da Beal Foundation, de Boston. Em 1990 realizou cinco Retratos Monumentais para os cenários de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, no Bayliss Theatre, em Londres. Tem executado pintura mural na Alemanha, Egipto, França, Inglaterra, Líbano, Noruega e Portugal. Vive e trabalha em Londres. Foi um dos convidados do I Simpósio Internacional de Pintura de Matosinhos. Ilustrou o livro infantil de Madonna Pipas de Massa e ultima as ilustrações para o livro O Fantasma Trezmelenas, de Alice Vieira, onde se conta às crianças a história do Teatro São Carlos.
Rui Paes no ForEver PEMBA - aqui-2 , aqui-3 , aqui-4 , aqui-5 , aqui-6 , aqui-7 , aqui-8 , aqui-9, aqui-10, aqui -11 e aqui-12

5/05/05

Ainda Rui Paes de Pemba & "Pipas de Massa" de Madonna.


Posted by Hello

...Querem um exemplo do que pode ser feito e que não depende da "competição"?
Vêm no mesmo número da Visão: quase oito páginas sobre um ilustrador, um desenhador e artista português que em 1981 tirou o curso de Belas Artes, no Porto, tentou uma colocação como professor numa qualquer escola e emigrou para Londres para estudar artes no Royal College of Art, com uma bolsa da...Gulbenkian!
Depois destes anos, Rui Paes, aqui muito bem retratado, é notícia na Visão, como já tinha sido ontem no DN, por causa de ter sido escolhido para ilustrar um livro de contos infantis da...Madonna, esse expoente cimeira da cultura musical anglo saxónica!
E por isso mesmo, o lead da história é o assunto com a...Madonna: " A minha história com Madonna".
Não seria muito melhor um título sobre a arte de Rui Paes? Sobre as aguarelas? Sobre a escola inglesa das aguarelas? Sobre o barroco na pintura de Rui Paes?
Tenho a certeza que seria sobre esse ângulo que por exmplo, o suplemento de cultura de um Sunday Times olharia para a obra .
Aqui, neste cantinho, o que supostamente vende, será a Madonna .
Gostos pobres e de pobre, como de facto somos...


Pois é, este comentário racional e crítico do José está na Grande Loja do Queijo Limiano !

8/22/08

Exposição OLHAR PICASSO é inaugurada no Algarve-Portimão.

(Clique na imagem para ampliar)
.
Acontece no dia 24 de Agosto, na nova Galeria do Arade, no Parque de Feiras e Exposições de Portimão - Algarve e é comissariada pelo artista plástico natural de Pemba, Rui Andrade Paes:
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Pela primeira vez no Algarve.
Exposição dedicada a Picasso é inaugurada em Portimão.
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A exposição “Olhar Picasso” é inaugurada no dia 24 de Agosto, na Galeria do Arade, no Parque de Feiras e Exposições de Portimão, numa iniciativa da Câmara Municipal desta cidade.
Esta é a primeira exposição que se realiza no Algarve dedicada a Picasso e assinala a abertura da Galeria do Arade, um novo espaço cultural de 1.400 metros quadrados, junto ao Portimão Arena.
“Olhar Picasso” está dividida em três áreas: uma, com pinturas, cerâmicas, litografias e desenhos originais do artista espanhol; “Lee Miller & Picasso” com fotografias da autoria de Lee Miller, mulher de Sir Roland Penrose, o biógrafo mais importante de Picasso; e “Picasso e a Arte Portuguesa do Século XX”, com 100 obras de artistas portugueses influenciados pela arte picassianao.
A inegável influência de Picasso na Arte Portuguesa do século XX junta nesta mostra obras dos maiores génios da pintura nacional: Almada Negreiros (1893-1970), Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), Mário Eloy (1900-1951), Santa-Rita Pintor (1889-1918), Artur Bual (1926-1999), Júlio Pomar, Júlio Resende, Mário Cesariny (1923-2006), Vieira da Silva (1908-1992), Graça Morais, José Emídio, Alberto Péssimo, Rui Paes, Alcino Soutinho, Álvaro Siza e Jorge de Oliveira, entre outros.
A exposição das obras engloba três períodos distintos: até aos anos 50, dos anos 50 aos anos 80, e dos anos 80 à actualidade. Os textos dos catálogos são da autoria dos críticos e historiadores de arte Rui-Mário Gonçalves, José Luís Porfírio e Laura Castro.
“Lee Miller & Picasso” é a primeira exposição individual da fotógrafa em Portugal, e representa o período da vida do artista entre 1936 e 1970. Nesta selecção de imagens, exposta recentemente no Museu Picasso, em Barcelona, são retratados momentos únicos da vida de Picasso, dos seus amigos, amantes e companheiros, captados em situações de intimidade especiais.
Picasso foi o artista mais produtivo da sua época. O génio, sinónimo de modernidade artística, manifestou-se em várias vertentes: do desenho à gravura, da escultura à cerâmica e, principalmente, através da pintura.
A exposição é comissariada pelo pintor e ilustrador Rui Paes, que colaborou no último livro infantil de Madonna, “Pipas de Massa”, editado em 2005 e traduzido em 40 línguas.
Para os mais novos, “Olhar Picasso” inclui, ainda, o espaço lúdico “À descoberta de Picasso”, no qual cada criança pode adquirir novos conhecimentos e experiências através da pintura.
“Olhar Picasso” está patente até 19 de Outubro e tem a coordenação e montagem da Árvore, cooperativa de actividades artísticas com uma extensa experiência neste tipo de projectos.
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“Olhar Picasso”
· De 24 de Agosto a 19 de Outubro.
· Preço: 5,00 € - Gratuito para estudantes
· Horários:
- 24 de Agosto a 14 de Setembro das 15h00 às 23h00
- 15 de Setembro a 19 de Outubro das 10h00 às 18h00
· Galeria do Arade – Parque de Feiras e Exposições – Portimão
. Informações adicionais para a Comunicação Social: - Margarida Pereira - LPM Comunicação - Tel. 218 508 110 :: Tlm. 961 334 957.
-Ed. Lisboa Oriente, Av. Infante D. Henrique, 333 H - Escritório 49, 1800-282 Lisboa.

3/05/07

RUI PAES...de Pemba - Próxima exposição.


Na trilha de sucesso de Rui Andrade Paes, informamos, para Maio próximo:
Tues 8th May – Sat 19th May - The Teatre Chipping Norton
2 Spring Street - Chipping Norton
Oxfordshire, OX7 5NL

RUI PAES M.A. (RCA) An exhibition of the original watercolours for the book “Lotsa de Casha” by Madonna.
Rui Paes, a Portuguese artist, was born in Mozambique (Pemba) and now lives in London and Suffolk.
Lotsa de Casha is his first illustrated children’s book and he is currently working on a book for the Portuguese opera house, Sao Carlos, in Lisbon.
Lotsa de Casha was the fifth of five books written for children by Madonna, and has been published in 40 languages and 110 countries.

1/17/10

Exposição de Rui Paes - Ausência e Desejo.



Clique na imagem para ampliar e ler melhor. Rui Andrade Paes é natural de Pemba e filho da Poetisa Glória de Sant'Anna. A exposição inicia-se em 22 de Janeiro de 2010 pelas 22h00 e ficará até 24 de Fevereiro na ÁRVORE - Copperativa de Atividades Artísticas, CRL, na Rua Azevedo Albuquerque, 1 - 4050 076 Porto - Portugal; Telefone 351 222 076 010; Fax 351 222 076 019; geral@arvorecoop.pt - http://www.arvorecoop.pt; Horário - Seg. a sexta - 09h30 às 20h00; Sab. 15h00 às 19h00.

Simultaneamente à inauguração da exposição será apresentado o livro Gritoacanto (poesia) de Glória de Sant’Anna com breve nota elegíaca de Rui Paes e texto de Eugénio Lisboa.
  •  Rui Paes nasceu em Moçambique/Pemba em 1957.
    Concluiu o curso de Artes Plásticas – Pintura, da Escola Superior de Belas-Artes do Porto, em 1981 e foi Prémio Revelação Arús em 1982.
    Em 1988 concluiu o Mestrado em Pintura no Royal College Of Art – M.A. (RCA), como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Beal Foundation, Boston (EUA).
    Para além do trabalho de atelier, colaborou no teatro e tem executado pintura mural em várias partes do mundo.
    Em 2005 ilustrou o livro infantil “Pipas de Massa” de Madonna (Publicações D. Quixote).
    Em 2008 foi o criador da ideia, Comissário Geral e co-organizador, com a Cooperativa Árvore, da exposição “[Olhar Picasso] Picasso e a Arte Portuguesa do Séc. XX”, na Galeria Arade da Câmara Municipal de Portimão.

9/12/08

Rui Andrade Paes e a exposição "OLHAR PICASSO".

Foi inaugurada em 24 de Agosto, na nova Galeria do Arade, no Parque de Feiras e Exposições de Portimão - Algarve a primeira mostra dedicada a Picasso, "Olhar Picasso - Picasso e a Arte Portuguesa do Séc XX", que é comissariada pelo artista plástico natural de Pemba, Rui Andrade Paes.
Ficará aberta ao público até ao próximo dia 19 de Outubro, em Portimão, reunindo originais do artista espanhol, entre quadros, litografias, desenhos e fotografias, mas também fotografias de Lee Miller, mulher de Roland Penrose, biógrafo de Picasso, recentemente motivo de exposição no Museu Picasso em Barcelona. Outras obras de inúmeros artistas portugueses complementam a mostra.
No dia da inauguração, Rui Andrade Paes deu entrevista à rádio AlvorFM que poderá ser escutada aqui:





























(Clique no ">" para escutar a entrevista de Rui Andrade Paes. Evite sobreposição de sons "desligando" a rádio "ForEver PEMBA.FM". O player localiza-se no menu deste blogue, lado direito.)

“Olhar Picasso”-De 24 de Agosto a 19 de Outubro.
· Preço: 5,00 € - Gratuito para estudantes
· Horários:
- 24 de Agosto a 14 de Setembro das 15h00 às 23h00
- 15 de Setembro a 19 de Outubro das 10h00 às 18h00
· Galeria do Arade – Parque de Feiras e Exposições – Portimão. Informações adicionais para a Comunicação Social: - Margarida Pereira - LPM Comunicação - Tel. 218 508 110 :: Tlm. 961 334 957.
- E-mail: margaridapereira@lpmcom.pt
- Ed. Lisboa Oriente, Av. Infante D. Henrique, 333 H - Escritório 49, 1800-282 Lisboa.
- http://www.lpmcom.pt/ .

6/22/05

Só para saber...


Posted by Hello
...e constar:

The New York Times - Best Sellers - 22/06/2005

CHILDREN'S BOOKS:
Top 5 at a Glance
1. OH, THE PLACES YOU'LL GO! written and illustrated by Dr. Seuss
2. 10 LITTLE RUBBER DUCKS, written and illustrated by Eric Carle
3. LOTSA DE CASHA, written by Madonna. Illustrated by Rui Paes*
4. RUNNY BABBIT, by Shel Silverstein
5. THE DRAGONOLOGY HANDBOOK, edited by Dugald A. Steer

*Rui Paes ou Rui Andrade Paes é natural de Pemba, filho do falecido e inesquecível arquiteto Afonso H. Andrade Paes (Pemba guarda até hoje a expressão de seus traços arquitetônicos) e da poetisa do mar azul de Pemba Glória de Sant'Anna. É irmão da também artista plástica nascida em Pemba Inez Andrade Paes.

7/10/07

Rui Paes em foco...

Íntimo
Rui Paes
50 anos
pintor
Eu não me importava de ser uma cidade esquecida ou um rio exacto. Preferia ser um rio exacto, que tem mais a ver com a maneira como trabalho, com o meu processo. É mais uma disciplina mental do que uma exactidão. A exactidão tem uma disciplina mental.
A pintura é o exercício da extrema solidão. Eu gosto de estar sozinho comigo, foi-me dada essa grande dádiva. O meu trabalho é o meu companheiro. Fecho-me no atelier e esqueço-me. As pessoas não entendem que um pintor é um pintor. Um pintor pinta. Pode fazer ilustrações para um livro, pode fazer pintura mural, pode fazer pintura de tela, pode fazer o que quiser. Por isso eu estou a pintar sempre. Um músico e um pintor, nesse aspecto, não são muito diferentes. Um músico pode ser um intérprete e pode ser um compositor. O pintor também. A pintura mural é uma questão de orquestração. O pintor é um orquestrador.
A Madonna chegou a mim por causa de um castelo na Noruega e dos macacos que eu lá pintei. Os editores viram o meu trabalho no «New York Times» e pensaram: isto é uma possibilidade. Estava no Rio de Janeiro quando recebi a notícia de que ela tinha dado o OK final ao projecto e devo dizer que dei pulos. Estava sozinho no quarto de hotel e fiz aquelas coisas que só se vêem nos filmes.
Sempre me interessou o aspecto gráfico do sofrimento, na religião. Em Matosinhos pediram-me que decorasse um banco de pinho e eu não pude deixar de pensar nisso, no corpo branco de Cristo depois de torturado, depois de chicoteado. O banco só podia ser aquilo: símbolo mesmo da Paixão de Cristo e da entrega do pintor ao seu trabalho, que é total.
Reajo à Academia Contemporânea. Acho que a arte contemporânea está de tal modo institucionalizada que é uma nova Academia. Em Portugal, só o contemporâneo é que conta. Temos que nos abrir mais às diferentes formas de expressão. Trabalha-se muito no óbvio. O óbvio é o seguro, é o que dá a segurança absoluta. Correm-se poucos riscos.
Divido o meu tempo entre Londres e o campo. Gosto de estar em Portugal. Os meus amigos continuam leais.
Ilustrou o livro infantil da Madonna «Pipas de Massa» e participou no I Simpósio Internacional de Pintura de Matosinhos.
In -
Expresso (Edição 1810 de 07.07.2007):Texto de Filipa Leal ;Fotografia de Bruno Soares.
Rui Paes no ForEver PEMBA- Aqui , aqui-2 , aqui-3 , aqui-4 , aqui-5 , aqui-6 , aqui-7 , aqui-8 , aqui-9 e aqui-10.

11/30/06

Madonna e Rui Paes fazem leilão em Lisboa.


Leilão a favor da Acreditar.
No próximo dia 7 de Dezembro entre as 11,30 e as 14 horas, terá lugar no Amoreiras Shopping Center, um leilão de um conjunto de 10 livros infantis da autoria de Madonna e autografados pela cantora, cuja receita reverte integralmente a favor da Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro.
O evento realiza-se no dia de abertura da tradicional Banca de Natal desta Associação (7 a 10 de Dezembro) para angariação de fundos, e contará com presença de vários convidados entre os quais o ilustrador do livro “Pipas de Massa”, Rui Paes, e tem o apoio das Publicações D.Quixote e da Mundicenter.
Para além dos livros, serão também leiloados 7 posters oferecidos por Rui Paes, que reproduzem os seus desenhos para o livro “Pipas de Massa” e três figuras de visita, uma das quais representada aqui ao lado.
Todas as pessoas, singulares ou colectivas, que estejam interessadas em participar no leilão e que não possam estar presentes, poderão enviar as suas ofertas através de telefone, fax ou e-mail, até às 12.00 horas do dia 6 de Dezembro.
Os livros e objectos relacionados estarão em exposição no local do leilão, uma hora antes do início do mesmo.

© Madonna
Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro
Telefone: 217 221 150 - Fax: 217 221 151
Email: acreditar@acreditar. pt
Website: www.acreditar.org.pt.

3/22/06

Madonna, Rui Paes, Lotsa de Casha e os Galgos ingleses...


(Clique na imagem acima para ampliar e poder ler o texto incluso)
O livro da Madonna (e Rui Paes de Pemba) - Lotsa de Casha está de novo em foco.
Desta feita Madonna e Rui Paes autografaram os primeiros 25 livros que, vendidos a 11,50 Libras (incluindo embalagem e transporte), reverterão o produto da venda a favor do movimento contra o assassinato dos cães Galgos (ingleses).
Muitos deles são brutalmente assassinados depois de já não servirem para as corridas....isto em Inglaterra !!!
Esta associção - The Retired Greyhound Trust - surge para despertar e sensibilizar donos de Galgos...para que os entreguem e não os matem...

6/01/08

Baía de Pemba - A mais bela entre as belas...

(Imagem original daqui. Clique na imagem para ampliar)
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Não é novidade. Mas é de justiça!
Repito o tema e transcrevo na íntegra do DN de hoje:
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A baía de Pemba é bela !
A baía de Pemba, situada na província de Cabo Delgado, passou a integrar o restrito clube das mais belas baías do mundo, um projecto nascido em 1997 e que visa preservar e promover internacionalmente espaços de grande beleza na ligação entre a terra e o mar.
Pemba é a terceira maior baía do mundo, mais de 40 km de extensão, numa área de quase 150 km2 de superfície diversa, com estuários e mangais, superada, apenas, pelas baías de Guanabara (Brasil) e Sydney (Austrália).
Antiga zona de Porto Amélia, na época colonial, foi atingida pela primeira vaga colonial portuguesa em 1857 (um grupo de 60 colonos minhotos, embarcados no Tejo no navio Angra, uma das referências históricas nas terras de macuas, macondes e muanis) quando ali chegou liderada por um tenente da armada, Romero de seu nome, ainda hoje referenciado na ponta sul da boca de entrada da baía, tendo a oposta o nome do interlocutor dele na época, o régulo Said Ali.
De Pemba é, também, Rui Andrade Paes, pintor, famoso desde o momento em que assinou as gravuras de Pipas de Massa, um livro infantil de Madonna, e da terra onde nasceu e cresceu guarda o fascínio "por anatomias e texturas", fixado "nos animais da tradição africana, que caminham e falam com consciência humana", e reconhece que ali, em Pemba, a luz lhe ensinou "a clareza das coisas". Ficou, para sempre, "com mente europeia e coração africano", e não são raras as referências a esse ilustre filho da baía de Pemba.
Silva Barros-Diário de Notícias OnLine - 01/06/08
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Alguns post's anteriores deste blogue sobre o a bela Baía de Pemba:
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 1 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 2 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 3 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 4 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...5 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas II - 18OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas III- Histórias e lendas - 20OUT2007 - Aqui !
  • Ecos da Imprensa Moçambicana - Pemba e o turismo... - 28ABR2008 - Aqui !
  • Ecos da Imprensa Moçambicana - Nunca é demais repetir... - 29ABR2008 - Aqui !

Algumas páginas virtuais da Família Andrade Paes:

  • Glória de Sant'Anna - a poetisa do mar azul de Pemba - Aqui !
  • A Arte de Inez Andrade Paes - Aqui !
  • Pássaros de Inez Andrade Paes - Aqui !
  • Inez Andrade Paes - Pintura - Palavras - Fotografia - Aqui !

8/21/05

Inez Andrade Paes - GENTE E OLHARES


Um dos inúmeros e excelentes trabalhos de Inez Andrade Paes

Posted by Picasa

Assim falam de Inez:

Foi na terra do mar que Inez pôs em primeiro lugar as suas mãos.
Daí sairam conchas, algas, pequenos grãos de areia que se introduziam entre os dedos e embora fizessem uma ligeira impressão traziam consigo o nácar dos peixes e o azul do mar.
Foi com estes olhos que Inez se arrelampou com o primeiro pôr do sol, com o primeiro arco iris, com a primeira onda agreste que lhe deitou o mar por cima e lhe deixou sal nos lábios.
Foi com estes olhos que Inez viu a terra vermelha, aquela onde até se podiam plantar pedras.
Mas foi com estes olhos que Inez recompôs a saudade e mergulhando as mãos na terra adversa, daí tirou tudo, fez compotas, adoçou a família e os amigos, e como se não bastasse, meteu a imaginação pelo meio para criar coisas que aos nossos olhos se tornaram surpreendentes.
Foi com estes olhos que Inez abraçou o pasto com a mesma ternura que abraça os poetas, o mesmo amor que abraça a alma.
E foi com estes olhos que Inez viu a liberdade dos pássaros e os reproduziu fielmente, para que eles os pássaros pudessem ir para além do vôo, naquilo que os pássaros ensinam as pessoas em trajectórias para além do circulo.
E as mãos de Inez estão aqui.
No tudo que nos leva ao caminho duma descoberta plena.
Por favor Inez não deixes que as tuas mãos saiam do nosso coração.

Teresa Roza d’Oliveira - Julho de 2004 (Pintora nascida na Ilha de Moçambique).

Inez Andrade Paes é natural de Pemba-Moçambique e reside atualmente em Portugal.
Filha da poetisa do mar azul de Pemba - Glória de Sant'Anna é também irmã do artista plástico luso -moçambicano Rui Andrade Paes, que recentemente se destacou na mídia mundial como autor das ilustrações do livro de Madona "Pipas de Massa".

Link's para trabalhos de Inez Andrade Paes:

7/31/06

A revolta do Rui Paes (de Pemba) !


Caricatura de Rui Andrade Paes, artista plástico natural de Pemba.

Nota - Entre o extremismo covarde do Hesbollah e o radicalismo violento de Israel, a vida de inocentes é destruida. Regredimos ao tempo da barbárie !

9/02/05

Rui Paes...de Pemba !



O Rui Andrade Paes continua a sua caminhada com o livro de Madonna...
Desta vez foi em Inglaterra .

10/24/06

Rui Andrade Paes no São Carlos em Lisboa...


Poderá ver a arte de Rui Andrade Paes (de Pemba) até 26 de Outubro entre as 15 e 19 horas, no São Carlos em Lisboa.
Escute aqui a entrevista (com Windows Média Player ou similar)