12/14/07

Cabo Delgado - INGC prepara populações contra eventuais ciclones.

(Imagem original daqui)
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O Instituto Nacional de Gestão das Calamidades Naturais em Cabo Delgado, acaba de formar mais um comité local contra as calamidades naturais, no litoral da província com objectivo de incutir nas populações locais mensagem preventivas em caso de ocorrência de desastres naturais, muito particularmente ciclones que são predominantes naquela região.
A vez coube ao distrito costeiro de Mecúfi, que de acordo com o delegado provincial do INGC, Amáncio Nhantumbo, tem sido o primeiro a ressentir-se dos efeitos dos ciclones, mesmo antes de Palme, Mocimboa da Praia, Quissanga e outras regiões propensas.
A fonte fez saber que em Mecúfi já há dois comités, um em Murrebué e outro na sede do distrito que há dias apresentou uma simulação da ocorrência de ciclones, cujo resultado convenceu aos que assistiram que as populações locais acatam as mensagens do instituto no que toca à prevenção e pessoas sobsequentes à ocorrência dos desastres naturais, sobretudo dos ciclones.
Amáncio Nhantumbo disse que o período é propício, pois estamos a porta da ocorrência de desastres, que normalmente acontecem nos meses que se seguem.
A simulação, que teve lugar na aldeia de Sessane, incluiu todos os passos que antecederam a ocorrência de um ciclone e mostrou o nível de fluxo e entendimento da mensagem, desde a delegação provincial, distrital e líderes comunitários, bem como a descodificação dos diferentes graus dos alertas.
O administrador distrital de Mecúfi, Oliveira Lade Ibraimo, aprovceitou a oportinidade para mobilizar as populações a seguirem as instruções que forem dadas à medida que os diferentes níveis de autoridade forem recebendo as mensagens da possível ocorrência de ciclones, tendo em conta que a zona é por demais conhecida geralmente propensa.
“Quando for para nos defedermos, aí todos, independentemente do que sejamos, temos que acatar as orientações, porque o ciclone não escolhe o que destruir conforme as possíveis diferenças que possam existir, assim como o nível de prevenção e preparação pode justificar o grau de sinistralidade pós-ocorrência do ciclone.
Por isso, quanto mais preparados para o que vier menos estragos” defendeu o administrador de Mecúfi.
A situação em Mecúfi, foi de tal maneira que se parecia estar perante uma situação real de ocorrência de um ciclone, bem as autoridades sanitárias, da agricultura e a PRM, para além da Cruz Vermelha de Moçambique, fizeram-se ao local com todo o seu aparato, para atender o que parecia uma virtual ocorrência de um desastre natural criado por um ciclone que mereceu um alerta vermelho.
Maputo, Sexta-Feira, 14 de Dezembro de 2007:: Notícias

12/13/07

CABO DELGADO - Investimento agrário fracassa.

(Imagem original daqui)
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Maputo, 12/12/07 - A TribunaFAX – O investimento direccionado ao sector agrícola, na província de Cabo Delgado, está aquém de cumprir o Plano de Acção de Combate à Fome, desde o primeiro semestre deste ano, situação que vai tornar difícil, os desígnios do Executivo transformar o pequeno produtor em produtor comercial.
Esta constitui a principal conclusão a que chegou o relatório da Direcção Provincial da Agricultura, apresentada, recentemente, ao Governo local, a que o A TribunaFax teve acesso, que reconhece a necessidade do Executivo reflectir sobre a situação, de forma a traçar estratégias em relação aos investimentos para o sector.
“Olhando para os níveis de investimentos correntes no sector de Agricultura, na nossa província, conclui-se, facilmente, que estamos aquém de cumprir o Plano de Acção de Combate à Fome. A menos que a estratégia em relação aos investimentos seja alterada”, recomenda o documento.
De Janeiro a Julho do presente ano, o Executivo, através do Programa Nacional do Desenvolvimento Agrário, PROAGRI, investiu cerca de 11 milhões de meticais, distribuídos por
subsectores, cabendo ao da Agricultura/Extensão, a fasquia de 4.375.796,4 milhões de meticais, Pecuária ficou com 3.888.228,00, Florestas 540 mil meticais, na Investigação foram entregues 620.5 mil e para Pescas coube o valor cerca de 1.6 milhões de meticais.
“O valor gasto pelo sector ainda é bastante baixo, se comparado com as necessidades”, frisa sustentando que, “por exemplo, na componente tracção animal, os 3.88 milhões de meticais apenas servirão para aquisição de 150 animais de gado bovino, sendo 100 para o fomento e 50 para a tracção animal. Em relação àquilo que se pensa do Plano de Acção de Combate à Fome, 50 bois vão servir para fazer 25 juntas de bois para toda a província”.
Para além do Executivo, o sector agrário tem recebido investimentos provenientes das ONG’s e parceiros que, segundo consta do documento, no período em análise, disponibilizaramcerca de 428 mil dólares. Dos principais parceiros, destacam-se o Programa das Nações Unidas para Alimentação, FAO, Programa de Apoio aos Mercados Agrícolas, PAMA, e Fundação Aga Khan. “Apesar de sermos confrontados com muitas actividades de ONG’s nos distritos, os níveis de investimento estão aquém do desejado, se tivermos em conta que a maior partes desses fundos vão para os custos indirectos”, refere, frisando que “pode-se notar, ainda, que os níveis de investimento para a Agricultura são muito mais baixos”, refere o relatório.
O relatório foi elaborado com vista a munir o Executivo provincial com informação necessária para a tomada de decisões relativas ao índice de investimentos, bem como, avaliar o impacto da implementação dos projectos em curso.
A aderência e o envolvimento das comunidades na implementação dos projectos constituem outros objectivos.
O Executivo definiu a agricultura como a base de desenvolvimento económico e social do País. (Nelson Nhatave)