10/27/08

Navio PEMBA - Lembram-se dele ?...

Segundo o ShipStamps.co.uk o navio Tenos, construída como navio de carga pelo estaleiro naval Zosen Mitsui Engineering Co. Ltd., Tamano, Japão para Rederi A / B Sirius, Helsingborg, Suécia foi em 21 Setembro 1960 lançado à água sob o nome TENOS, com velocidade máxima de 16 nós e podendo alojar em simultâneo 12 passageiros.

Em Julho de 1970 foi vendido à Comp. Nacional de Navegação em Lisboa, Portugal e renomeado PORTO AMÉLIA tendo sido transferido em 1972 para a Comp. Moçambicana de Navegação na então Lourenço Marques.

Com a independência de Moçambique em 1975 seu nome foi alterado para Pemba, assim como o nome da empresa parece-nos ter mudado para EE Navique Empresa Moçambicana de Navegação, que o vendeu para o Paquistão em 1986 para desmonte.

Saiu em 23 de julho de 1986 do porto de Maputo, rebocado, com destino a Karachi onde parece ter chegado em 07 de Setembro de 1986... (Fontes: Hillerström's 1891-1976 por Tomas Johannesson. Navicula e Marinhas Notícias-ShipStamps.co.uk.).

Encontrei também no blogue SHIPS & THE SEA - BLOGUE dos NAVIOS e do MAR em post de 24 de Fevereiro deste ano:

""O navio de carga português PEMBA, que operava na cabotagem em Moçambique desde 1996, foi vendido pela Transinsular (East Wind - Transportes Marítimos, Lda., Madeira) à companhia World Shipping Management Corporation, de Miami e entregue em Lisboa a 29-11-2007, data em que se passou a chamar SILVY e foi registado no Panamá (World Neptune SA, Panamá).

O PEMBA entrou em Lisboa pela última vez a 29-08-2007 procedente de Durban e foi substituído na costa de Moçambique por um navio afretado de maior capacidade. Esteve imobilizado no Seixal até Novembro quando veio para Lisboa permanecendo atracado a Santa Apolónia até ser entregue aos compradores. Trata-se de uma empresa propriedade de um emigrado cubano sediado e Miami, que opera navios nas Caraíbas. Construído na Alemanha pelo estaleiro Buesumer Werft (construção nº 2034), foi acabado em Junho de 1986 e chamou-se KAROLA S até 1992, e depois JETTY (1992-1996) e PEMBA (1996-2007).

Com 2.726 TAB e 2.958 TDW, o PEMBA tem capacidade para 204 contentores de 20 pés. O PEMBA é gémeo do SONGO, construído no mesmo estaleiro em 1985 e comprado pela Soponata em 1996 para operar em Moçambique. O navio foi posteriormente adquirido pela Transinslar e ainda se encontra na costa oriental de África ao serviço da Navique, empresa gerida pela Transinsular"".(Imagens e post em Ships & The Sea).

Deduz-se pelos textos acima das duas fontes, que existiram ou existem dois navios Pemba percorrendo os portos da costa moçambicana. Ficariamos gratos se algum leitor com conhecimentos sobre o navio Pemba e factos da história da navegação comercial desde os tempos de Moçambique colónia, colocasse por aqui, como comentário, informações adicionais a respeito.

  • Duas imagens sobre o navio Porto Amélia (ex-Tenos) aqui!

10/24/08

Moçambique piora bastante no ranking da Liberdade de Imprensa.

(clique na imagem para ampliar)

Moçambique ocupa o 90º. lugar no ranking da liberdade de imprensa 2008, elaborado pela Repórteres Sem Fronteiras(RSF), divulgado ontem. No ano passado Moçambique ocupou o 73º. lugar. A lista continua a ser liderada pela Islândia, acompanhada pelo Luxemburgo e pela Noruega.

Nos últimos lugares estão novamente a Eritreia, a Coreia do Norte e o Turquemenistão.

Os países africanos melhor posicionados que Moçambique são, a Namíbia em 23º. , Ghana e Mali, 31ª. e África do Sul em 36º.

Moçambique está a frente de países como Angola ,116º., Zimbabwe, 151º., Sudão, 135º. e Eritreia, 173º..

Entre as razões a apontar para descida de Moçambique à 90ª. posição, o que corresponde a uma perca de 27 lugares, concorrem os processos judiciais contra os jornalistas, movidos durante o corrente ano , com destaque para o processo desencadeado pelo Dr. Augusto Raul Paulino, Procurador Geral da República, contra o semanário Zambeze por este jornal ter noticiado, repetidamente, que corria um processo criminal (12/2007-C) em que ele era “arguido. Esta situação despoletou várias intervenções, com destaque para a indignação da mexicana Lydia Cacho Ribeiro, vencedora do Prémio Anual de Liberdade de Imprensa – UNESCO 2008, que considerou tais atitudes como típicas de regimes intimidadores do jornalismo investigativo.

Também, concorreu para a má imagem de Moçambique, à célere acusação e julgamento dos jornalistas do semanário Zambeze que por questionarem a nacionalidade da primeira ministra, Luisa Diogo, foram acusados pelo Ministério Público de pratica de crime contra a segurança do Estado. Na sentença desse julgamento, acabou por ser afastado o crime contra a segurança de Estado, mas foram aplicadas medidas punitivas.

Na sua avaliação de 2008, a Repórteres Sem Fronteiras considera que a democracia não garante necessariamente a liberdade de imprensa. A organização refere que alguns países – como os Estados Unidos da América, 119º., e Israel, 46º., estão a ajudar a corroer a liberdade de expressão em nome da segurança contra o terrorismo.

Por outro lado, a Repórteres Sem Fronteiras assinala que não é a prosperidade económica que garante uma maior liberdade de imprensa, mas sim a paz.

A Repórteres Sem Fronteiras considera que em África, com o fim das guerras está a melhorar a liberdade de expressão “de cada vez que uma guerra acaba, a liberdade de imprensa e a situação dos direitos humanos melhora”.

Destaca ainda que alguns líderes africanos já compreenderam as vantagens para os seus países, derivadas da liberdade de imprensa.

A China continua entre os dez piores países em termos de liberdade de imprensa.
- MediaFax, Redacção, Maputo, Quinta-feira, 23.10.08 *Nº4150.

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