Mostrar mensagens com a etiqueta turismo em Moçambique. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta turismo em Moçambique. Mostrar todas as mensagens

8/05/09

Mudando de assunto: Ilha de Moçambique... Conhece?

Histórica e bela, esquecida ao relento do tempo, inspira agora, entre ruínas altivas e por ruas estreitas onde se imaginam em "requichós" copiados das Índias, turistas, poetas e musas transportados a idílicos passeios e romances que o passado conta... ... E quanto Passado e História essa Ilha de Moçambique não tem para contar?... ...

Diz a Wikipédia - A Ilha de Moçambique é uma cidade insular situada na província de Nampula, na região norte de Moçambique, que deu o nome ao país do qual foi a primeira capital.

Devido à sua rica história, manifestada por um interessantíssimo património arquitetónico, a Ilha foi considerada pela UNESCO, em 1991 Património Mundial da Humanidade.

Actualmente, a cidade é um município, tendo um governo local eleito. De acordo com o censo de 1997, o município tem 42 407 habitantes, e destes 14 889 vivem na Ilha.

O seu nome, que muitos nativos dizem ser Muipiti, parece ser derivado de Mussa-Ben-Bique, ou Mussa Bin Bique, ou ainda Mussa Al Mbique, personagem sobre quem se sabe muito pouco, mas que deu o nome (na 2ª versão) a uma nova universidade, sediada em Nampula.

A Ilha tem cerca de 3 km de comprimento e 300-400 m de largura e está orientada no sentido nordeste-sudoeste à entrada da Baía de Mossuril, a uma latitude aproximada de 15º02’ S e longitude de 40º44’ E.

A costa oriental da Ilha estabelece com as ilhas irmãs de Goa e de Sena (também conhecida por Ilha das Cobras) a Baía de Moçambique. Estas ilhas, assim como a costa próxima, são de origem coralina.

Arquitectonicamente, a Ilha está dividida em duas partes, a "cidade de pedra" e a "cidade de macuti", a primeira com cerca de 400 edifícios, incluíndo os principais monumentos, e a segunda, na metade sul da ilha, com cerca de 1200 casas de construção precária. No entanto, muitas casas de pedra são igualmente cobertas com macuti.

A Ilha de Moçambique está ligada ao continente por uma ponte com cerca de 3 km de comprimento, construída nos anos 60(que nos consta estar a passar por processo de reforma).

Quando Vasco da Gama chegou, em 1498, a Ilha de Moçambique tornara-se uma povoação swahili de árabes e negros com seu xeque, subordinado ao sultão de Zanzibar e continuava a ser frequentada por árabes que prosseguiam o seu comércio de séculos com o Mar Vermelho, a Pérsia, a Índia e as ilhas do Índico.

Onde na Ilha é hoje o Palácio dos Capitães-Generais, fizeram os portugueses a Torre de São Gabriel no ano de 1507, data em que ocuparam a Ilha, construindo a pequena fortificação que tinha 15 homens a proteger a feitoria nela instalada.

A Capela de Nossa Senhora do Baluarte, construída em 1522 na extremidade norte da ilha, a mais próxima da Ilha de Goa, é o único exemplar de arquitectura manuelina em Moçambique.

Em 1558 principiou a construção da Fortaleza de S. Sebastião - totalmente com pedras que constituíam o balastro dos navios, algumas das quais ainda se vêem na praia próxima - que só terminou em 1620 e é a maior da África Austral. Esta fortaleza era muito importante, porque a Ilha tinha-se tornado o entreposto da permuta de panos e missangas da Índia por ouro, escravos, marfim e pau preto de África, e era da Ilha que partiam todas as viagens comerciais para Quelimane, Sofala, Inhambane e Lourenço Marques e os árabes não queriam perder os privilégios comerciais que tinham adquirido ao longo dos séculos.

Para além dos portugueses outros concorrentes europeus apareceram na corrida pelo controlo das rotas comerciais. Os franceses conseguiram assumir o papel de intermediários do negócio da escravatura para as ilhas do Índico, os ingleses começavam a controlar as rotas de navegação nesta região e s holandeses tentaram a ocupação da Ilha em 1607-1608 e, não o conseguindo, devastaram-na pelo fogo.

A reconstrução da vila foi difícil, uma vez que o governo colonial não existia senão para cobrar impostos e estava muito mais interessado nas terras de Sofala - na Zambézia tinham-se institucionalizado os Prazos da Coroa, e o desenvolvimento do comércio do ouro naquela região leva a que a Ilha perca a sua primazia. Então, os cristãos decidiram fundar na Ilha uma Santa Casa da Misericórdia que funcionaria como Câmara Municipal, para a defesa dos cidadãos e da terra, até 1763, ano em que a povoação passou a Vila. Esta viragem resultou da decisão do governo colonial em separar a colónia africana do Estado da Índia e criar uma Capitania Geral do Estado de Moçambique baseada na Ilha, em 1752.

A vila voltou a prosperar e, em 1810 é promovida a cidade. A exportação de escravos era o principal comércio da ilha, tal como a do Ibo mas a Independência do Brasil em 1822, que era o principal destino deste comércio, voltou a deixar a ilha no marasmo.

O golpe final foi a passagem da capital da colónia para Lourenço Marques, em 1898. Depois da abertura do porto de Nacala, em 1970, a ilha perdeu o que restava da sua importância estratégica e comercial.

  • Outros link's na Wikipédia - Aqui!

Segundo nos consta existe intenção com iniciativas já em andamento por parte do governo de Moçambique e com apoio internacional, para recuperação dessa magnífica ilha e de seu valioso património histórico. É muito bom que isso aconteça. Entretanto, a ilha já vai oferecendo condições modelares de hospedagem para quem a deseje visitar, como por exemplo a casa de hóspedes "Terraço das Quitandas".

1/21/09

Rumo ao paraíso chamado PEMBA...

A paixão, a afinidade com Pemba pode parecer parcial, favorecimento, vício ou maluquice de velho... Pode ser e até será em parte, quem sabe? Afinal a distância, a imaginação, o tempo, a saudade tão ao jeito lusitano de ser relevam defeitos e enaltecem virtudes, belezas, exacerbam amores perenes, loucos, de idolatria, ardor, entusiamo... afinal de "paixão apaixonada" mesmo, como acontece com adolescentes, jovens, eternos jovens que desejamos ser pelo menos em espírito e sentir ao entardecer da vida e de todos os dias.

Mas, para que esse "complexo" de "parcialidade apaixonada" não se acentue e possa tranquilizar a consciência em busca do equilíbrio sempre necessário, transcrevo a "voz especializada" do portal "travel - iafrica.com", mesmo em inglês tal e qual é publicado, como prova de que minha "paixão" não é louca e tem razão de ser:
- Nota - Poderá traduzir "aqui"!

""
- Pemba Beach paradise, Article By: Richard Holmes, Tue, 20 Jan 2009 10:28.
As our Airlink flight from Johannesburg soars gently down into Pemba, the capital of Cabo Delgado province in far northern Mozambique, I'm keeping a beady eye out for all the trappings of tropical paradise. Palm trees, turquoise water, coral reefs, traditional dhows plying the water, crayfish big enough to be seen from the air... you know the deal. But baobabs on the beach? I realised then that a flying visit to Pemba was going to be more than your average tropical escape.

Situated on what is said to be the third largest natural harbour in the world, the town of Pemba — thanks to increased air access via direct flights on Airlink — is fast becoming the gateway to the fantastic beaches this coast has to offer and the islands of the Quirimbas Archipelago further north.

There's a range of accommodation on offer in the area — from guesthouses to backpackers — but undoubtedly the most luxurious place to stay is the impressive Pemba Beach Hotel. Arabian wind towers, terracotta walls and Moorish arches are a gentle reminder of the days when the calm waters of East Africa were a popular stomping ground for Arabian slave traders to load up their deadly cargo.

Thankfully nowadays the dhows you'll see offshore will be full of tourists and fishermen catching your dinner rather than slaves off to servitude in a distant land. Dhow cruises in the bay are just one of the many options popular with the tourists who come here to enjoy the balmy waters of the Indian Ocean... whether you're in the mood for adrenalin action or something a little more sedate there'll be something to drag you away from that sun lounger.

- Under da sea.
With warm waters, fantastic visibility and incredible array of marine life, diving is a popular option and the Pemba Beach Hotel offers a fully-kitted dive centre where you can do anything from a fun recreational dive right through to advanced certifications. Boat dives (with no launch through the surf!) can take you to a choice of sites within minutes, so you can easily spend a few days blowing bubbles.

One of the most popular sites is 'The Gap', where the reef drops off the edge of the continental shelf all the way to 120m below the surface. If that's a bit extreme for you, there are snorkelling spots just off the beach in front of the resort (equipment provided at the Club Navale) or you can hop on one of the regular snorkelling trips ($25) by boat to coral reefs further afield.

More of a hunter than a watcher? Andre Bloemhof runs regular fishing safaris (either full or half-day) where you can troll for Marlin, Kingfish, Wahoo, Dorado and Tuna on deep-sea reefs and in and around the stunning Quirimbas Archipelago. Starting at $300 per person it's an expensive day out, but is sure to get your heart rate going. For cheaper thrills you can also throw a line off the end of the resort’s jetty, where you might bag yourself a small Kingfish or Snapper.

- Drop the locals a line.
If you want to get a feel for how the local fishermen do it though, hop onto one of the dhow trips run by Kaskazini tours (at Pemba Beach hotel). Run by the ever helpful Genevieve, you can book yourself on well-priced dhow trips ranging from a sunset cruise with their local skipper to a five-day safari exploring the southern islands of the pristine Quirimbas Archipelago.

Sound like far too much exertion? The Sanctuary Spa is the latest addition to Pemba Beach, offering a range of treatments from this well-known South African spa group. Book yourself in for a bit of pampering with a front-row seat to the Indian Ocean.

When evening rolls around, the Quirimbas Restaurantr is the place you want to end up, tucking into the buffet that stretches on into the distance. Fragrant curries, fresh marlin and tuna on the skillet, crayfish tails to your heart’s content and a pile of prawns that does Mozambique’s reputation justice. White tablecloths, excellent service and the musical accompaniment of the Indian Ocean complete the picture of a perfect dinner in the tropics. The beachfront restaurant at the Club Navale is also an option for something more casual, but it’s a place best enjoyed at lunchtimes, eating barefoot with your toes wiggling in the sand.

- Hit the town.
Of course you don’t have to — and shouldn’t — spend all your time in the resort. The town of Pemba doesn’t have the impressive Portuguese architecture or attractions of some of Mozambique's larger towns, but a stroll through the market and Old Town are well worth a few hours, if nothing else to see a little of daily life in Cabo Delgado. The dusty streets occasionally reveal a quaint craft stall or carpenter at work, but the beach is really the place to catch a glimpse of day to day life in Pemba.

Start at the reed village of Paquitequete — a mostly Muslim community of fishermen where a 'Salaam' will elicit a warm smile and perhaps an offer to take their photograph. Children lay in the dust, women sell their catch on the beaches and talented carpenters fix their traditional dhows using the most rudimentary tools; while almost everybody pitches in to haul the fishing nets laden with sardines up the beach.

There are a few roadside markets in town where you can pick up colourful local cloth to take home, but if you’re souvenir hunting your best bet is the Makonde Co-op on the road from town to Wimbe beach, where men and children use rudimentary lathes and chisels to skillfully carve out statues, bowls and masks from enormous logs of indigenous hardwoods. It’s also just a few hundred metres from the airport, so a good place to stock up on souvenir for friends and family back home just before you leave.

And you’ll want to take home a souvenir or three. With a wonderful lack of the ‘bakkie brigade’ who descend on the resort towns further south, Pemba is the kind of place you’ll want to remember. The buildings may be crumbling, but the town still holds an air of Mozambique in days gone. The people are as friendly as ever, and as long as you don’t stray too far from Hylton’s hotel buffet you’ll never go hungry.

For more info:

  • Visit the "Pemba Beach Hotel & Spa" website for more information and to book
  • Airlink flies direct from Johannesburg to Pemba twice weekly, on Tuesdays and Saturdays. For more information on Pemba and the airline's 25 other destinations, visit http://www.flyairlink.com/ or call 011 961 1700.
  • "Kaskazini Tours" are as close as you’ll get to an information bureau in Pemba, and can assist with booking anything from accommodation and tours to flight. Their website should be your first stop when planning a trip.
  • Wimbe Beach is the most popular strip in town, and offers a range of guesthouses and restaurants to suit all budgets. If you’re staying at Pemba Beach Hotel it’s still worth a visit for an evening drink with the sand between your toes.

1/17/09

Ronda pela net - terraÁfrica lança catálogo turístico para Moçambique e Pemba...

:: Brochura: Moçambique ::

A terraÁfrica, marca do operador Sonhando, lançou o catálogo para Moçambique, com propostas para Maputo, Gaza, Inhambame, Sofala, Nampula, Nassa, Cabo Delgado, África do Sul, Swazilândia e de circuitos, válido até 9 de Dezembro.

A brochura inclui excursões opcionais à partida de Maputo para um mínimo de duas pessoas, como Inhaca, Kruger Park, visita à cidade de Maputo, com safari nocturno.

As propostas de estada em Maputo, incluem sugestões “a não perder” na cidade, como visitas a Pionta de Ouro, Praia da Malongane, ou da Macaneta, e alojamento em hotéis 5, 4 e 3-estrelas.

A brochura tem ainda propostas para a Ponta Mamoli, na Província de Maputo, para Inhaca, “um local seguro e tranquilo de vastas áreas de vegetação intocada e águas aveludadas, Inhaca é ponto de paragem para iates, barcos à vela e cruzeiros à procura de uma alternativa tropical nas águas turquesa e cristalinas do Oceano Índico”, e para Xai-Xai, na Província de Gaza, “uma província verdejante, repleta de praias paradisíacas de um vasto areal branco e uma água inesquecível”.

Inhambane, famosa pelo arquipélago de Bazaruto, ou a Beira, “construída em terreno plano abaixo do nível do mar”, onde se aconselham visitas à Casa Portugal, ou a conhecer a Serra Gorongosa, ou o Parque Nacional da Gorongosa, são outros pontos referidos na brochura.

Nampula, com a Ilha de Moçambique, o Lago Niassa, Pemba, Arquipélago das Quirimbas, são outras das sugestões da terraÁfrica.

A África do Sul e propostas para o Kruger Park, Joanesburgo ou Cidade do Cabo é outro dos destinos presente no catálogo, bem como a Swazilândia, com a sua “beleza natural e modernidade”.

A brochura do operador inclui ainda uma proposta de 11 circuitos, de sete e nove noites, com propostas à partida de Maputo, para Kruger Park, Bazaruto, Pemba, Quirimbas, Beira, Gorongosa, Nampula, Inhaca, Vilanculos e Inhambane.
- Presstur, 16-01-2009 (18h29).

1/09/09

Diz a imprensa moçambicana: Moçambicanos proibidos de ser turistas...

A prática da actividade turística é negada, à maioria dos moçambicanos, devido aos preços praticados, pelos operadores do ramo, na oferta dos diferentes serviços, que são proibitivos, de tanto serem altos.

A constatação é do ministro de Turismo, Fernando Sumbana, para quem as unidades hoteleiras, além de praticar preços proibitivos, para os nacionais, promovem a polarização da economia nacional, cobrando em dólar americano, aos utentes hoteleiros e turísticos, quando a moeda em vigor, no País, é o metical.

Este cenário ocorre numa altura em que o valor do metical está a ganhar, cada vez mais, uma maior cotação, face às outras moedas transaccionais, no mercado cambial.

A falta de prática de preços baixos para leva a que muitos citadinos, mesmo em períodos de férias ou do fim do ano, passem confinados em suas residências, quando poderia estar num dos quais-quer lugares turísticos, que Moçambique oferece.

Sumbana acrescentou que “não é por acaso que muitos moçambicanos demonstram total desconhecimento, do seu próprio País, em detrimento de veraneantes que, quando visitam Moçambique, têm a possibilidade de conhecer muita coisa sobre o País, dadas as facilidades que têm, de se deslocarem de um ponto para o outro.

Para permitir que mais moçambicanos tenham acesso às instâncias de hotelaria e turismo, aquele governante considera estar em marcha um trabalho destinado à introdução de taxas que possam ser acessíveis, para os nacionais.

“Esta medida já está a ser praticada, de forma experimental, nalgumas unidades hoteleiras do País”, disse o ministro moçambicano de Turismo, no cargo, há 2 décadas.

Outros dados em poder do Jornal ilustram que os projectos turísticos crescem, em média anual, a uma velocidade estimada em 24 porcento e a frota de alojamento em 13 porcento, além de este sector contribuir com cerca de 15 porcento, em termos do Produto Interno Bruto, PIB.
- Maputo, TribunaFax de 08/01/2009.

12/11/08

Ronda pela net: Retrato - Eleições e turismo em Moçambique.

Li hà momentos no "mielamundi" em post "Chroniques du Mozambique" que tento reproduzir em língua portuguesa:

AS ELEIÇÕES:
Moçambique centrou a atenção nas eleições municipais acontecidas no final do mês. Propaganda, T-shirts, loincloths, bandeiras e cartazes distribuídos nas ruas. A disputa foi jogada entre a Frelimo e a Renamo. O jogo aconteceu entre o partido que levou o país à falência após a independência, ao querer implementar uma política social radical (Frelimo) e o partido revolucionário que tem destruído estradas, escolas, pontes, hospitais, etc. e mergulhou o país em 17 anos de guerra civil (Renamo)...

Cada uma das partes tem a sua quota de apoiantes. Deve ser dito que a Frelimo oferece tanque cheio de gasolina para todos os automobilistas e motociclistas que desejem pendurar uma bandeira em seu carro ou motorizada e patrocinou comícios por todo o lado com música africana oferecida por artistas da moda e com as mulheres a cantar e dançar em uma campanha politizada. Como você diria? É compra de voto ????.... Na campanha de sons e de cores a Frelimo, pareceu levar a melhor... Talvez porque é o partido dominante...

POLICIA:
O policial no meio da estrada, na sua bela camisa branca também é estressante para motoristas e turistas como nós...

A regra de ouro é sorrir e sempre ter à mão um pedaço de goma de mascar, um cigarro, uma caneta para oferecer como cortesia... Muito cansativo... Mas às vezes pode calhar-lhe um policial que toma vitaminas... Desta vez ele nos fez estacionar ao lado. E decidiu ser rigoroso na inspecção do veículo. Testa tudo... o pisca da direita, o da esquerda, faróis, pára-brisas... tudo funciona, nada a argumentar. Mas o mais divertido foi o seu zelo enquanto a dois metros tínhamos um parque de autocarros apinhados de público, sem pára-brisas da frente ou da retaguarda e luzes, sem parafusos, faróis e pisca-pica pendurados por um fio ao longo da "carrosserie"...

POVO:
Em Moçambique contato humano é algo especial. Antes de você dizer "Olá", já lhe é pedido dinheiro. Pequeno, grande, jovem ou velho é sempre direto ao dizer "dar-me 100 balles". Se você precisa de ajuda você tem de comprá-la... O que faz com que você entenda que, para além do preço acordado, uma gratificação suplementar será bem-vinda.... Só as mulheres nunca pedem nada... Elas não têm o tempo...!

Felizmente a atmosfera é cordial e quando tentamos explicar em nosso Português com sotaque que o dinheiro não cai do céu e da necessidade de se trabalhar com sacrifício para o conseguir, riem na nossa cara... Fecham a mão do "patrao"(significando avareza) e desejam "boa viagem."....

O roubo parece ser um esporte nacional... desde a base até ao alto da pirâmide vêm a corrupção, roubo, fraude, que são praticadas com impunidade. O administrador da cidade expropria dos seus cidadãos para apoderar-se gratuitamente das melhores terras,... o empresário retém os salários dos funcionários mais de 6 meses para ter capital e fazer negócios com carros do Dubai, os enfermeiros roubam drogas nos hospitais... Porquê ficará mal então roubar algumas telhas do telhado do vizinho para consertar o seu?...

AS FANTASIAS DE UM VIAJANTE PERANTE A REALIDADE:
A viagem começa no sofá da casa, com uma bela fotografia ou um livro/guia de viagens em suas mãos.
Os editores e programas de TV sabem como"vender" o sonho...
Imaginamos, projetamos, construímos um "mundo"...
E é assim que forjamos uma imagem de Moçambique: um diamante bruto a ser descoberto... praias paradisiacas, gente verdadeira.
E partimos... Mais de 15 dias por estradas de Moçambique. Desde as margens do Lago Niassa até ao arquipélago Quirimbas, litoral norte. Esperamos 15 dias antes de encontrar água corrente (e, portanto, um chuveiro) e 18 dias antes de conseguir água quente. Em 2/3 do norte do país, não há quase nenhuma infra-estrutura para turistas.... Mas o país é imenso, difícil de percorrer autónomamente, de áreas "de interesse" ainda muito pouco desenvolvidas. Uma ilha "Património Mundial" em ruínas, praias onde o lixo permanece e o viajante, após tanto esforço e cansaço em horas de carro ou em transportes públicos, depara-se com praias onde todos defecam de manhã até à noite. E é assediado em cada paragem por aqueles que procuram dinheiro, doces, etç...

Moçambique está longe de ter o brilho que vendem como "paraíso". Não!... Moçambique aparece em revistas turisticas direcionadas para aqueles que têm dinheiro onde lhes é apresentado em pacotes luxuosos a comodidade de avião privado, arquipélagos reservados e fechados de praias de águas turquesa, com turistas que se deslocam acima da miséria, do roubo e de praias-lixeira, de Camping's onde o turista mais simples recebe uma lata de água salobra para o chuveiro.

Moçambique vende felicidade para quem tem dinheiro, mas não para viajante comum, ecológico, amante da natureza e do contato sem muros com o povo, além de menos abonado financeiramente.

9/16/08

O que falam de Moçambique: Ministério do Turismo moçambicano pretende acabar com a anarquia do setor. Ainda bem, ora pois, digo eu !!!

Maputo, Moçambique, 16 Set - O Ministério do Turismo de Moçambique está a elaborar uma nova abordagem ao sector, a fim de elevar a sua rentabilidade e conter a desordem que caracteriza o crescimento da actividade nos últimos anos, afirmou em Maputo o ministro Fernando Sumbana.
De acordo com o jornal Notícias, de Maputo, a nova abordagem assenta em duas iniciativas, nomeadamente o projecto “Arco Norte”, abrangendo as três províncias do norte, passível de gerar para os cofres do Estado cerca de 1100 milhões de dólares/ano e o “Programa Âncora de Investimento em Turismo”, que poderá empregar 1300 pessoas.
Em Nampula, Cabo Delgado e Niassa foram identificadas áreas com grande potencial para o desenvolvimento do turismo, através da combinação de melhores praias, fauna e flora e cultura, particularmente a Ilha de Moçambique, primeira capital do país e património da Humanidade.
“Este é um circuito que reúne todas as condições naturais para ser muito bem sucedido a nível mundial. São poucos os países que têm a possibilidade de combinar este triângulo (praia, flora e fauna e cultura)", referiu o ministro.
O projecto “Arco Norte” vai atrair investimentos na ordem de cinco mil milhões de dólares e, a partir do turismo, desenvolver outras áreas, levando para a zona 700 mil turistas adicionais que podem deixar cerca de 700 milhões de dólares/ano.
Em Cabo Delgado, o plano abrange a cidade de Pemba, com três estâncias turísticas de alto nível, Ilha de Ibo, conservação do centro histórico e encorajamento de um novo desenvolvimento de casas e ruínas, ao passo que em Nampula inclui a faixa de cinco quilómetros de costa de Lumbo à Sancol, na Ilha de Moçambique.
No Niassa o conceito é usar a área marginal do Lago Niassa para erguer empreendimento de alta qualidade, estabelecendo ligação praia-mata para a Reserva do Niassa e o Parque Nacional de Selous (Tanzania).
Tendo como ponto de partida 2008-2010 e 2016-2020, a fase de consolidação da iniciativa visa também corrigir a desordem que está a caracterizar o turismo, particularmente na Ponta D’Ouro e no Tofo, províncias de Maputo e Inhambane, em que locais que podiam acolher estâncias turísticas foram transformadas em zonas de casas de veraneio.
- Macauhub -16/Set/08.

8/26/08

Matemo Isaland - O paraíso a dois passos de Pemba...

Na net encontrei:
(Alerta aos "navegantes": O local é para quem "pode", ora pois!)
.
Filed Under (Quirimbas Archipelago) by Mozambique on August-25-2008.
Matemo Island Resort is located in the Quirambas Archipelago in Northern Mozambique off the coast of Pemba. The resort offers something for a variety of guests – family holidays, fishing and diving as well as cultural enthusiasts.
Matemo Island, Quirambas Archipelago is a tropical heaven offering 24 thatched, air conditioned chalets each with only a meters to the sea. The public areas are elevated above the ocean, ideal of sundowners while watching the orange sun dip beneath the Indian Ocean.
.
Accommodation:
• There are 24 Chalets: 8 Twin Beds; 16 Queen Size Double Beds, all with en-suite bathroom with indoor and outdoor showers, bathtub with a view, large airy windows
• All chalets are within 10 meters of beach, with a large front verandah with Hammock, Chair / Loungers and Beach Towel Drying Rack. All Chalets have air conditioning, mosquito screens, mini bar, satellite TV, tea-/coffee-making facilities, hair dryer & electronic safe
• 2 Chalets offer a private dining area (Chalet #1 & Chalet #2)
• Of the 24 Chalets, there are 2 units consisting of a Double and a Twin with a hallway link; two chalets have a common verandah with another chalet.
- Daqui!
.
:: Se encontra dificuldades em entender o idioma inglês, use um dos "tradutores" gratuítos da net. Por exemplo este aqui! ::
.
Alguns link's que falam de Pemba e Quirimbas:
  • Quirimbas - O Paraíso á distância de 300 Euros a diária... - aqui!
  • Pemba/Porto Amélia na net - aqui!
  • A minha viagem imaginária a Pemba - aqui e aqui (YouTube)!
  • Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
  • Quirimbas o Paraíso -aqui!
  • Fotos da Ilha do Ibo (Quirimbas-Pemba) - aqui!
  • Fotos do Pemba Beach Hotel em Pemba/Porto Amélia -aqui!
  • A costa de Pemba - aqui!
  • Maluane Island Resort - Quirimbas - Mozambique - aqui!
  • Matemo Islande Resort - aqui!
  • Medjumbe Island Resort - aqui!
  • Quilalea - Quirimbas- Mozambique - aqui!
  • Islands: Quirimbas Achipelago - aqui!
  • Ilhas do Ibo, Quirimba e Sito - aqui!
  • As Ilhas de Querimba ou de Cabo Delgado - Estudo do Dr. Carlos Lopes Bento - aqui!
  • ...e muito mais sobre Pemba, Ibo, Quirimbas e arredores aqui e aqui !

7/15/08

Pemba - Parque das Quirimbas investe no turismo.

(Clique na imagem para ampliar)
Cerca de duzentas espécies de pássaros, residentes e migratórios, foram identificados em apenas dez dias de observação no território do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), na província de Cabo Delgado, em Moçambique, no quadro de uma acção de formação de um corpo de guias comunitários para acompanhar os turistas sobre o potencial daquela área de conservação.
O Parque Nacional das Quirimbas formou recentemente oito fiscais em técnicas de observação e identificação de pássaros, visando promover as várias potencialidades turísticas existentes naquela área e capacitar as comunidades na sua gestão, segundo reportagem publicada no jornal Notícias, de Maputo.
A observação foi feita em cinco pontos estratégicos no território do parque, nomeadamente Muanona, Ningaia, Bilibiza, Meluco e Mareja.
Orientada por Malcolm Wilson, ornitólogo baseado na África do Sul, a observação permitiu a identificação de algumas espécies raras de pásaaros, a exemplo de Böhm’s fly-catcher, Livingstone’s fly-catcher, Brown-breasted barbet, Zanzibar red bishop, Mascarene Martin, Böhm’s spine-tail e Martial eagle, entre outras comumente conhecidas.
A perspectiva do parque é criar, no futuro, acampamentos onde guias especializados possam servir grupos de turistas praticando o aviturismo e para o turismo convencional.
De acordo com Rabeca Marques, oficial de Turismo no Parque Nacional das Quirimbas, o aviturismo configura uma oportunidade para a diversificação da oferta de produtos turísticos no interior do parque.
Segundo ela, o mercado do aviturismo está a crescer no mundo, sendo uma actividade ideal para as comunidades do Parque das Quirimbas que, com todos os conhecimentos que têm sobre o local, podem envolver-se na oferta de serviços turísticos.
As informações são do jornal Notícias, de Maputo.
- Africa 21 - 14/07/2008.
.
Alguns link's que falam de Pemba e Quirimbas:
  • Quirimbas - O Paraíso á distância de 300 Euros a diária... - aqui!
  • Pemba/Porto Amélia na net - aqui!
  • A minha viagem imaginária a Pemba - aqui e aqui (YouTube)!
  • Pemba (Porto Amélia) Beach Hotel - aqui !
  • Quirimbas o Paraíso -aqui!
  • Fotos da Ilha do Ibo (Quirimbas-Pemba) - aqui!
  • Fotos do Pemba Beach Hotel em Pemba/Porto Amélia -aqui!
  • A costa de Pemba - aqui!
  • Maluane Island Resort - Quirimbas - Mozambique - aqui!
  • Matemo Islande Resort - aqui!
  • Medjumbe Island Resort - aqui!
  • Quilalea - Quirimbas - Mozambique - aqui!
  • Islands: Quirimbas Achipelago - aqui!
  • Ilhas do Ibo, Quirimba e Sito - aqui!
  • As Ilhas de Querimba ou de Cabo Delgado - Estudo do Dr. Carlos Lopes Bento - aqui!
  • ...e muito mais sobre Pemba, Ibo, Quirimbas e arredores aqui e aqui !

3/03/08

Moçambique, turismo e a ocupação desordenada do litoral de Pemba...III

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui)
.
Sobre a ocupação desordenada e irresponsável do litoral de Pemba, os "alertas" vêm sendo feitos já hà alguma tempo. Será que os escutam ?...
.
Do livro “O MAR QUE TOCA EM TI” escrito e publicado por Inez Andrade Paes em 2006:

Dia de Natal.
Um dia como os outros, talvez mais sereno que o anterior. As ondas também calmas convidam a chegar à água.
A manhã passou como habitualmente com a companhia das crianças e de alguns jovens. Antes da hora de maior calor surgem com mais ventos e ondas no Mar, no passeio que vem dar à casa dois homens.
Um que trabalha na recepção e um jornalista da rádio local.
- Podemos fazer-lhe uma entrevista?
- Sim!?
- Estamos a entrevistar todos os estrangeiros que vieram para passar esta época connosco e saber o que estão a achar de Pemba.
- Eu não sou estrangeira. Nasci em Pemba e tenho muito gosto em falar da minha terra e de vos dizer o que acho depois de anos de ausência.
O jornalista ainda hesitou em fazer-me a entrevista, porque era só para estrangeiros, mas ligou na mesma o microfone. Esta poderia ser sempre incluída noutro programa.

- Falei da beleza do Mar da forma como cada um de nós olha para ele e transmite a sua voz. Do recorte da praia que foi alterado, para um recorte protuberante e enriquecido só para uma minoria, devastado para aqueles que só dali vivem. A barreira de coral que meticulosamente vai perdendo o seu bordado, impedindo-a de fazer o seu trabalho. O Mar entra agora com mais fúria, uma fúria preventiva a mostrar um alerta urgente.
Venho de longe mas aqui pertenço. Venho de longe o Mar me chamou para dar som a vozes adormecidas a olhares perdidos e desencantados. Moralmente me obrigo e pela voz do Mar o faço.-

A entrevista foi dada.
O jornalista curiosamente tinha o mesmo nome que o de minha Mãe, fora ela que tinha inaugurado aquele emissor. O Emissor Regional de Cabo Delgado.
Não consegui ouvir a entrevista que foi transmitida duas vezes em dias separados. Soube-o mais tarde já na capital, mas consegui ouvir o som do martelo com ponta de borracha que batia nas placas de metal cada vez que se fazia uma pausa de programa ou principiava ou acabava a emissão. Como fez rir e sorrir e voltar a rir o seu som a tocar na memória tão presente.

Vejo-os ir. O jornalista com o gravador à tiracolo com os fios do microfone a tombar de lado e o recepcionista com seu olhar cativante e simpático. Tinha feito parte da promessa ao Mar...
.
Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal é também, além de poetisa, artista plástica e escritora.
Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net aqui:

2/28/08

Moçambique, turismo e a ocupação desordenada do litoral de Pemba...II

(Imagem original daqui. Clique sobre a mesma para ampliar)
.
Em Janeiro deste ano, dia 4, disse aqui que algo vai mal quando se pensa e age em relação a turismo e progresso na cidade de Pemba, seu litoral e à própria cidade em si.
Leio agora no melhor e consequente blog luso-moçambicano - Ma-Schamba, a justificada insurreição verbal do JPT perante o contra-senso arquitetural que por lá vai acontecendo... e, conhecedor além de amante da sempre bela Pemba, aqui coloco, contaminado pela revolta, o texto integral do referido JPT:
.
O FIM DA PRAIA DO WIMBE
Qual The Artist Formerly Known as Prince, mas não como se crisálida, que não será de borboletas o futuro feito. Sim, dentro de pouco poderemos falar sobre The Beach Formerly Known as Wimbe.
Praia ícone em Moçambique, um pouco pela beleza natural, amena enseada olhando a baía de Pemba, mesmo ladeando-lhe a barra. Englobando aquela meia-dúzia de praias mais célebres desde o tempo colonial, talvez não tanto pela sua excelência - que partilham com tantos outros recantos da costa - mas pela antiguidade das suas infraestruturas turísticas: Tofo, Ponta do Ouro, Bilene, Zalala, Fernão Veloso. E o Wimbe, claro.
Ainda assim o Wimbe tem uma excelência única, exactamente o aconchego, a baía como horizonte, a (ainda) pacatez sob o arvoredo.
Memórias a manter, a guardar, agora que tudo isso mudará. Tive o “privilégio” de ver o novo projecto turístico para a praia, que gente ufana me mostrou, dessas crentes no progresso e isso, desenvolvimento turístico chamam-lhe e até acreditam. Na praia! exactamente na praia, no seio do arvoredo protector (a sul do Nautilus, para quem conhece) vão espetar um hotel, a deslizar para a água.
Este será uma construção da Vovó Donalda e do Tio Patinhas, puro Walt Disney. Tem a forma de um barco, como se paquete. Honestamente julguei que estivessem a brincar quando me mostraram as coloridas fotocópias. “Mas quem é que faz uma merda destas?” - perguntei, malcriadíssimo, ainda surpreeendido pois acreditava já ter visto tudo o que é possível nisto do campeonato do mau-gosto dos arquitectos em Moçambique (a colecção de cromos Sommerschield B - Bairro do Triunfo seria um must como programa cómico num sítio onde se saiba soletrar b-o-m-g-o-s-t-o). “Investidores moçambicanos“, dizem-me com orgulho, até nacionalista, ainda que ali um pouco desapontado dada a minha truculência, “arquitecto indiano … da Índia“.
Um arquitecto indiano aqui arribado para brincar ao Huguinho, Zezinho e Luisinho. Uns investidores moçambicanos a derrubarem o arvoredo protector, a alteraram a enseada, a assumirem a linha de água. Em suma, uma aliança internacional para foder o Wimbe. Será só cupidez e ignorância? Ou é mesmo má-vontade demencial?
.
E acrescento - É JPT! Bem reportado… Está na hora de dar um basta nessa falsa onda de progresso que levará inevitávelmente à destruição dos últimos redutos ecológicos que ainda sobrevivem neste decadente planeta. Aqui “de longe” já venho observando essa verdadeira e demente estupidez que também ocorre em Cabo Delgado faz algum tempo…e até me atrevi a “denunciar” no ForEver PEMBA, alertado pelas imagens fotográficas que recebo da “apesar de tudo” sempre bela e estimada Pemba. Mas parece-me que o alheamento generalizado da população simples, como a “ganância” pura, egoísta, vaidosa de determinados empresários e também de cidadãos mais “abonados” dessa região, desvinculada de qualquer preceito ecológico, torna-os convenientemente cegos, preocupados mais com o saldo crescente de suas poupanças bancárias e seus privilégios do que com o próprio País Moçambique e os cuidados que a cidade precisa e merece. Estes - Moçambique e Pemba - que se danem! E “cada um por si”…como se usa dizer por aqui.
Mas, cá entre nós e se a inteligência se sobrepuzer à "esperteza", acho melhor abraçar o parecer do Amigo e Professor Carlos Lopes Bento, profundo conhecedor desse Cabo Delgado e seu mar azul: "...basta só cuidar do ambiente e não matar a galinha de ovos de ouro ainda com grandes potencialidades." ...ou a bela praia do Wimbe como pressagia o sempre lido JPT!
  • O blog Ma-Schamba aqui !

1/04/08

Moçambique, turismo e a ocupação desordenada do litoral de Pemba...

(Clique sobre a imagem para ampliar)
.
Moçambique: Receitas do turismo atingem 160 milhões de dólares em 2007
.
""""MacauHub - Maputo, Moçambique, 02 Jan/08 - As receitas do turismo em Moçambique em 2007 atingiram 160 milhões de dólares, um aumento de 3 milhões de dólares relativamente ao número de 2006, afirmou terça-feira em Maputo o ministro do turismo, Fernando Sumbana.
O ministro precisou que o número referido diz apenas respeito ao dinheiro gasto por turistas que em 2007 visitaram Moçambique, que deverão ter sido 1,1 milhões, um aumento signficativo face à média de 650 mil turistas em anos anteriores.
“Para além de turistas provenientes da África do Sul, Zimbabwe e outros países da região... ...""""

Acrescento
.
É bom que se fale de turismo, que se divulguem Moçambique, suas belezas naturais, que se acentuem receitas crescentes ano a ano.
Moçambique sempre teve vocação turistica, desde os tempos coloniais. Portanto não é novidade.
Tardou demais para acontecer, mas é um início prometedor.
Há que reconhecer, entretanto, com humildade, que o turismo em Moçambique ainda se encontra em estado embrionário, quase rudimentar, muito aquém do potencial que o país possui e carente de bases sólidas de educação ecológica, ambiental que consolidarão e perpetuarão os atrativos naturais que tanto encantam quem visita Moçambique.
O turismo olhado a sério, com profissionalismo, aliado à educação e valorização ambiental, trará benesses para a economia moçambicana desencadeando desenvolvimento, modernização. Conduzido por profissionais do ramo, gerará postos de trabalho, melhorias sociais, etç., etç.
Faz alguns anos que vou acompanhando por afinidade Moçambique - Pemba, razão deste blogue.
Considero Pemba e todo o litoral de Cabo Delgado últimos (entre outros cada dia mais raros) paraísos/refúgios do nosso planeta globalizado, tão fustigado pelo destempero do ser humano na questão ecológica. E por isso merecedores de todo o cuidado, sobretudo por parte dos habitantes locais, maiores favorecidos se souberem zelar e fazer que respeitem este espaço do norte de Moçambique.
Aos poucos, o litoral de Cabo Delgado e seus recantos magníficos vão ficando reconhecidos e cobiçados pelos amantes da natureza, do imenso mar azul de Pemba e do calor dos trópicos. Normalmente vêm para conhecer, julgam e voltam trazendo novos passeantes abonados em euros e dólares úteis para a renovação e criação de infraestruturas turisticas e sociais planejadas, sustentáveis, de futuro e interesse geral da região. Ou que assim deveriam ser.
Pemba cresceu desde que deixou de ser Porto Amélia em 1975.
Tornou-se densa em população de várias origens e países vizinhos, algo cosmopolita, mercado a céu aberto informal, de lixo raramente recolhido em ruas mal conservadas e terrenos vazios, com meia dúzia de comerciantes predominando em algumas empresas mantidas desde o tempo colonial e também de pai para filho, com ruínas que florescem entre predios abandonados uns, sem pintura outros, mas que contam História que poucos escutam.
Paralelamente surgem aqui e ali insuficientes, esporádicas iniciativas e alguns empreendimentos atuais voltados para a sociedade local ou para turistas que aportam ao velho aeroporto e se abrigam de imediato em hoteis/resort´s voltados para o mar, desfrutando comodidades e iguarias amortizadas a preço internacional salgado, indiferentes ou desconhecendo a penúria, mendicância e outras negligências sociais envolvendo uma população numerosa, forçosamente impelida para bairros simples, humildes que vão proliferando, ocupando e ampliando desordenadamente o contorno da cidade de Pemba. Uma Pemba que continua crescendo, crescendo, sem ordem, sem saneamento básico, invadindo as fronteiras da vida da selva que expulsa, se revolta e hostiliza os invasores (caso dos elefantes abatidos por atacarem a população)...
Vêm também notícias preocupantes de que o crescimento urbano intenso e desorganizado à volta desses que deveriam ser redutos ou templos ecológicos sagrados a respeitar, está a descaracterizar, a aniquilar a beleza das praias de Pemba, substituindo o espetáculo da natureza sadia pelo cimento de construções de todo o tipo, muitas inadequadas, sem regras ou respeito a normas de saneamento, padrões urbanisticos adequados, loteadas mercantilmente a particulares e turistas para férias.
As consequências já se vão notando, segundo nos contam: lixo, mendicância, poluição das águas, áreas verdes escassas, cólera, assaltos em plena rua, etç....
Há que despertar a municipalidade da apatia cómoda e complacência perante esse tipo de "progresso" sem planejamento.
Há que educar a população a acarinhar e cuidar da natureza de Pemba.
Esta é a riqueza e o "tesouro-escondido" de Pemba...a tal jóia rara ! Não se pode perder pela irresponsabilidade e ambição.
O turista vem pela beleza natural de Pemba, de seu clima, de sua geografia visualmente despoluida, de seu povo hospitaleiro, de sua História, de sua tradição, folclore, do seu mar azul transparente e límpido... E só continuará chegando a Pemba e arredores se tiver a certeza que tudo isso continuará existindo, preservado, melhorado, sem o constrangimento da brutalidade do concreto firmado no reino encantado das areias brancas da sempre bela praia do Wimbe quase abraçando a Maringanha do velho farol !

12/22/07

Quirimbas é problema para a população local...

(Imagem original daqui)
Maputo, Sexta-Feira, 21 de Dezembro de 2007:: Notícias - O vice-ministro do Turismo, Rosário Mualeia, reconheceu, há dias em Pemba, que o Parque Nacional das Quirimbas está a transformar-se num problema para a população, particularmente devido ao conflito Homem – animal. Com efeito, a administração do parque já apresentou um plano ao Governo Provincial de Cabo Delgado, que consiste na delimitação da área a si destinada.
“Pensamos ser a primeira medida e há aconselhamento em fóruns que temos tido com a comunidade internacional que dizem que na verdade precisamos de fazer uma audição nacional para estudar a sustentabilidade dos parques, porque há consciência internacional, de todos os países, que aponta para a necessidade de evitar que os parques constituam problema para o Homem”, disse Mualeia.
Noutros pontos do país, conforme o vice-ministro do Turismo, o problema de conservação está relativamente a caminhar bem, assim como o maneio comunitário tem sido bem sucedido, sendo exemplo disso o projecto “Tchuma Tchato” (nossa riqueza), na província de Tete.
A fonte acredita que “Tchuma Tchato” está a ser bem sucedido porque os benefícios às comunidades são consideráveis, não se podendo dizer o mesmo em relação ao Parque Nacional das Quirimbas que se encontra em fase de consolidação.
“O valor animal em “Tchuma Tchato” é compreendido, aqui precisamos de mostrar esse valor à população, através de benefícios. Para além disso, existe uma rivalidade natural que advém do facto de haver um crescimento demográfico rápido, assim como na população animal, o que adensa a disputa de espaço e torna o conflito cada vez mais renhido”.
No centro do país, de acordo com a fonte, o Parque Nacional de Gorongosa voltou a ser o projecto mais ambicioso do país, mais uma vez porque a população sempre respeito o espaço da estância.
Entretanto, no sul do país, os Parques de Zinave, Banhine e Limpopo, para a nossa fonte devem ser tratados de forma diferente porque têm, igualmente, características diferenciadas das do Parque Nacional das Quirimbas.
“Os problemas que temos tido com alguns deles são resolvidos com o reassentamento da população. É verdade que o processo é moroso, mas essa é que vai ser a solução. E aqui a vantagem é que são poucas pessoas. Estamos a falar de 6.000 e nas Quirimbas são cerca de 100.000 de cinco distritos”.
Num outro desenvolvimento quisemos saber de Rosário Mualeia o que se pode dizer do Turismo de praia em Moçambique, tendo nos respondido que está a subir, recorrendo a um exemplo de no ano passado o país ter sido visitado por 900.000 turistas enquanto que para o presente perspectiva-se 1.2000.000.
Por outro lado, a fonte revelou que em termos de investimento o país saiu de 80 milhões para 600 milhões de dólares norte-americanos, um crescimento que tem a ver com a sustentabilidade do sector turístico em Moçambique.

This is just a collection of video from 3 dives done in the Quirimbas Archipelago made for the Ilha Quisiva Weblog at http://blog.quisiva.com./ Most of the video was shot on a SCUBA dive done off Ilha Quisiva (http://www.quisiva.com/) in Northern Mozambique in the Indian Ocean, while some of the pictures were taken only a few minutes further North near Sencar & Quilalea. This is the most pristine diving I have seen in over 1000 dives. If you are interested why not take a look at some of my articles on http://blog.quisiva.com/.


(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a "Last.FM" no lado direito do menu deste blogue.)

12/15/07

World Cup - Mozambique eyes 2010 windfall.

News24 - 13/11/2007 11:31 - (SA) - Cape Town - Mozambique's proximity to South Africa and lower crime rate makes it a perfect staging ground for soccer teams and their fans during the 2010 World Cup, a senior Mozambican official said this week.
According to a report from Pemba, Deputy Minister of Tourism Rosario Mualeia said that his impoverished southern African nation hoped to lure to its shores at least 150 000 tourists, or about one third of those expected to visit host nation South Africa during the World Cup.
Mozambique, which is known for its pristine sandy beaches and quaint colonial cities, is also negotiating to host training and base camps for some of the teams that will qualify for the finals.
"We are near to South Africa and the crime rate in Mozambique is not as high as the host nation," Mualeia added.
"Many visiting fans would prefer to be in a quiet place and Mozambique has the environment for that."
The Mozambican government plans to spend at least R4-billion on hotels, casinos and other leisure facilities as part of an effort to capitalise on the expected tourism boom during the one-month South African showpiece.
The World Cup, which begins on June 11, 2010.
  • Poderá traduzir o texto acima aqui.

10/26/07

PEMBA recebe mais um vôo internacional.

A companhia aérea sul-africana Interlink Airlines escala hoje, pelas 13.50 horas, o aeródromo de Pemba, no seu vôo inaugural, conforme deu a conhecer a Kaskazini, Serviços Turísticos, na capital de Cabo Delgado.
A fonte disse, por outro lado, que o voo será directo, partindo de Kruger Park, na África do Sul, com destino a Pemba. A companhia sul-africana vai operar, em princípio, com um Boeing 737, que pode acomodar um total de 85 passageiros, sendo que o voo doméstico partirá do aeroporto Oliver Tambo, em Joanesburgo, vai escalar Mpumalanga, próximo de Nelspruit por um período de 40 minutos, para permitir que os passageiros façam o desalfandegamento e processo de migração, antes que faça a viagem directa para Pemba.
A fonte diz que no primeiro mês, o avião permanecerá em Pemba até domingo, data em que regressará ao território sul-africano, via Kruger Park.
Maputo, Sexta-Feira, 26 de Outubro de 2007:: Notícias