8/30/08

Benefícios ambientais do biodiesel são questionados por cientista brasileiro.

(Imagem original daqui)
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Ainda é precipitado afirmar que o biodiesel é um combustível mais limpo que o petrodiesel (diesel combustível).
"Nas condições brasileiras, o biodiesel é considerado menos poluente em alguns aspectos, e em outros mais. O metanol utilizado como reagente para sua produção pode ser um problema, pois utiliza o gás natural como matéria-prima, que é um combustível não-renovável", revela o engenheiro químico André Moreira de Camargo. Na Escola Politécnica da USP, o engenheiro fez um inventário do ciclo de vida do metanol, álcool usado como reagente no processo de produção do biodiesel.
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Avaliação do ciclo de vida do biodiesel.
A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta de gestão ambiental utilizada para determinar o impacto de determinado produto ou processo. A metodologia permite mapear o produto "do berço até o túmulo", calculando todo gasto de energia e poluição gerada desde a extração e processamento, passando pelo seu transporte, uso e destino final.
O estudo de Camargo é o primeiro a fazer esta análise sobre o ciclo de vida do metanol considerando as condições brasileiras. "Para realizar a ACV é necessário se ater às condições específicas do local onde o produto é feito, transportado e utilizado. No Brasil, por exemplo, a malha de transporte é basicamente rodoviária, então isto tem de ser levado em consideração nos cálculos de energia gasta e na poluição gerada quando utilizamos este meio de transporte", esclarece o pesquisador.
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Metanol versus etanol.
O inventário feito pelo pesquisador representa um primeiro passo para esclarecer esses pontos, mas ele ressalta que ainda é preciso fazer uma comparação do metanol com o mesmo tipo de estudo sobre o ciclo de vida do etanol nas condições apresentadas no Brasil, já que estudos feitos em outros países não traduzem corretamente a carga ambiental do combustível: matriz energética, condições de extração e transporte e a própria matéria-prima do etanol podem variar.
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Aprimoramento dos estudos.
Além disso, mesmo o ACV do metanol pode ser aperfeiçoado, modificando-se e ampliando-se o escopo contemplado nos cálculos. "O escopo corresponde aos fatores levados em consideração nos cálculos. Ele varia conforme o objetivo do estudo e as hipóteses consideradas pelo pesquisador, que deve utilizar seu bom senso. Devo avaliar se é importante incluir o impacto ambiental da produção do parafuso usado no equipamento de extração do gás, por exemplo, sempre lembrando que quanto mais extenso for este escopo, mais complexa ficará a ACV, e mais tempo levará para ser feita", explica.
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Gestão ambiental.
Avaliação do Ciclo de Vida é regulamentada por uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN) com o número NBR14040, derivada do ISO 1400, que especifica normas e metodologias de gestão ambiental. Apesar de a base de dados de ACV no Brasil ainda ser pequena, a tendência é que iniciativa privada e governo adotem cada vez mais esta metodologia, como têm feito algumas empresas. No âmbito da universidade, equipes como o Grupo de Prevenção da Poluição (GP2) da Poli estão se propondo a expandir esta base.
"A ACV é uma ferramenta que permite comparar produtos e serviços do ponto de vista ambiental, e estes estudos sempre podem ser ampliados e aperfeiçoados. Além disso, ela permite que se identifiquem os chamados 'gargalos de processos', indicando o que é preciso mudar para diminuir o impacto ambiental, seja com investimento em novas tecnologias ou mudanças na fonte energética usada", destaca o engenheiro.
- Luiza Caires, 28/08/2008, In Inovação Tecnológica.
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Sobre Biocombustiveis:

8/28/08

Christian, o leão - Uma lição para quem maltrata os animais da selva!

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
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Sugestinado por e.mail do "comandante" J. Eduardo, Amigo de longa data e dos anos 60/70 em Pemba, aqui deixo este post onde se conta (segundo a Wikipédia) a história interessante de um leãozinho traquinas e meigo, que se desenvolveu e viveu junto dos seres humanos...
Voltou para a selva quando se transformou em leão de verdade. E famoso ficou também por sua lealdade aos seres humanos que o criaram e jamais esqueceu:
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Christian foi um leão encontrado em 1969 por dois australianos que moravam em Londres, John Rendall e Anthony 'Ace' Bourke. Encontraram-no, à venda, no departamento de animais exóticos da loja de departamentos Harrods e, comovidos com suas condições e futuro, decidiram comprá-lo.
Rendall, Bourke e suas namoradas Jennifer Mary e Unity Jones cuidaram do leão até que tivesse um ano de idade.
O tamanho cada vez maior de Christian e o custo para mantê-lo fizeram com que percebessem que não poderiam mantê-lo em Londres por muito tempo.
A solução veio quando Bill Travers e Virginia McKenna, estrelas do filme Born Free, visitaram a loja de móveis de Rendall e Bourke, onde Christian passava seus dias. Travers e McKenna sugeriram, então, que eles pedissem a ajuda de George Adamson, um conservacionista Kenyano que, justamente com sua esposa Joy, foi o assunto de seu filme. Adamson concordou em ajudá-los na adaptação de Christian para a vida selvagem na Reserva Nacional de Kora.
Adamson gradualmente apresentou Christian a um leão mais velho, 'Boy' e, subsequentemente, para a filhote fêmea Katiana, na tentativa de formar o núcleo de um novo bando. No entanto, alguns infortúnios assolaram este novo bando: Katiana foi, provavelmente, devorada por crocodilos enquanto bebia água. Outra fêmea foi morta por leões selvagens. Os eventos atingiram 'Boy' de forma tal que ele perdeu sua habilidade de socializar-se com outros leões e humanos. Acabou sendo baleado no coração por Adamson, depois de ferir um homem fatalmente.
Desta forma, Christian ficou como único sobrevivente do bando original.
Adamson continuou seu trabalho, e, após um ano o bando estabeleceu-se na região de Kora, tendo Christian como o líder do bando iniciado por 'Boy'.
Quando Rendall e Bourke foram informados por Adamson do exitoso resultado em 1971, eles viajaram para o Kenya para visitar Christian. A visita foi filmada e transformou-se no documentário Christian, The Lion at World's End. De acordo com este documentário, Adamson alertou Rendall e Bourke para a possibilidade de Christian não se recordar deles, mas o filme mostra um leão, inicialmente cauteloso, correndo ao encontro dos dois homens, envolvendo os braços em torno dos seus ombros e lambendo seus rostos. O documentário também mostra as fêmeas Mona e Lisa, e um filhote chamado Supercub saudando os dois homens, devido à influência de Christian.
Rendall conta de um encontro final, ocorrida em 1974. Nesta época, Christian já estava a frente de seu próprio bando, tinha filhotes seus e era quase duas vezes maior do que no vídeo do encontro de 1971. Adamson avisou-os de que a viagem poderia ser em vão, porque ele não via o bando de Chirstian há 9 meses. Entretanto, eles descobriram, ao chegar em Kora, que Christian e seu bando haviam retornado para o complexo de Adamson no dia anterior a sua chegada.
Rendall descreve a visita que ele, Bourke e George Adamson fizeram:
"Nós o chamamos, ele levantou e começou a caminhar em nossa direção, lentamente. Então, como se tivesse se convencido de que eramos nós mesmos, ele começou a correr ao nosso encontro, pulando sobre nós e nos abraçando, como costumava fazer, colocando suas patas sobre nossos ombros."
O reencontro durou até o dia seguinte, pela manhã, quando todos foram dormir. De acordo com Rendall, esta foi a última vez que alguém viu Christian.
O filme chamado Christian, The Lion at World's End documentou a ida de Christian da Inglaterra para o Kenya e sua bem-sucedida adaptação à vida selvagem.
Um popular vídeo do encontro (editado a partir do documentário) disseminou-se mundialmente, mais de 30 anos após o evento. Em agosto de 2008 o encontro, em suas várias versões, havia sido visto mais de 20 milhões de vezes:
Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a LMRADIO. O player localiza-se no final da página deste blogue.