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7/04/08

ZIMBABWÉ - A Vergonha ! Frelimo congratula-se com a "vitória" de Robert Mugabe.

O contrário é que seria surpresa, ora pois. Afinal homónimos compreendem-se e felicitam-se!
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Maputo, 04 Jul (Lusa) - A Frelimo, partido no poder em Moçambique, afirmou hoje em Maputo ter "congratulado na primeira oportunidade" a ZANU-FP pela vitória do seu candidato Robert Mugabe nas presidenciais zimbabueanas.
"Na primeira oportunidade congratulámos a ZANU-FP [pela vitória de Robert Mugabe na segunda volta das eleições presidenciais zimbabuenas]", disse hoje aos jornalistas o porta-voz da Frelimo, Edson Macuácua, durante uma conferência de imprensa a propósito de uma reunião extraordinária desta força política, que será realizada na próxima semana.
Sobre as avaliações de diversos grupos de observadores internacionais, incluindo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que não consideraram as eleições livres e justas, Macuácua disse que as mesmas foram tomadas em conta pela Frelimo, mas "não são vinculativas" para o partido.
Quanto à forma e data em que o partido no poder em Moçambique felicitou a ZANU-FP pela vitória de Mugabe, um gesto que, ao contrário do que é hábito, não foi tornado público, o porta-voz da Frelimo foi evasivo: "Não interessa o meio, não é relevante para nós", afirmou.
O exército zimbabueano foi determinante no apoio às forças governamentais da Frelimo durante o conflito contra a antiga guerrilha da Renamo, hoje o maior partido da oposição em Moçambique, ajudando a estancar a progressão deste movimento no centro do país, por onde flui o comércio internacional do Zimbabué.
Por sua vez, a Frelimo foi um aliado estratégico da guerrilha da ZANU-FP nos anos da luta pela independência da ex-Rodésia do Sul, actual Zimbabué.
Robert Mugabe e a maior parte da liderança da ZANU-FP dirigiram a luta de guerrilha contra a dominação colonial britânica a partir de Moçambique, o que levou a aviação da ex-Rodésia do sul a bombardear o território moçambicano em retaliação pelo apoio à causa da independência daquele país.
- PMA. - Lusa/Visão, 04/07/2008.
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6/27/08

ZIMBABWE: A Vergonha de África - A comédia sinistra do patético ditador Mugabe continua hoje...

(Clique na imagem para ampliar)
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Pouco acrescento pois o MediaFax-Maputo diz bastante sobre a farsa vergonhosa e cruel que terá seu ápice hoje, pulverizando o sentido de democracia e o direito à liberdade de escolha do povo oprimido do Zimbabwe, tudo com a vergonhosa omissão, alienação do mundo dito livre e conivência dissimulada de amplo número de líderes políticos africanos.
Transcrevo:
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Amanhã (hoje) há farsa no Zimbabwe.
Ao que tudo indica, Mugabe e os seus sequazes vão amanhã às urnas para votarem na renovação da sua magistratura.
Os boletins de voto têm estampada a fotografia de Morgan Tsvangirai que há poucos dias desistiu do pleito .
O clima de violência instigado pelos generais de Mugabe atingiu o extremo, com o candidato presidencial Tsvangira a ter que solicitar refúgio na embaixada da Holanda.
Muitas pessoas, entre elas, apoiantes do MDC e Tsvangirai, foram mortas, presas, e outras são dadas como refugiadas nos países vizinhos.
A situação no Zimbabwe é clara sobre a impossibilidade de se realizarem eleições livres e justas amanhã.
As óbvias consequências da eleição são preocupantes : A vitória de Muagabe é a vitória da insensatez, da tirania e da ditadura, da opressão ao povo, da recusa ao povo de uma vida melhor. A vitória de Magube é sinónimo de instabilidade regional.
A consumar-se a vitória de Mugabe, a África Austral terá falhado redondamente e recuado de maneira assustadora no seu projecto de integração regional.
Agora que as coisas estão assim, é preciso aprender rápido com a história para que os “zimbabwes” não se repitam.
O que está a acontecer no Malawi é um mau sinal.
Os últimos pronunciamentos de José Eduardo dos Santos sobre o Zimbabwe agradam, mas não satisfazem.
Da África do Sul esperamos autoridade e responsabilidade que a olhos vistos estão a encolher.
MediaFax, Maputo, Quinta-feira, 26.06.08 * Nº4067

6/23/08

ZIMBABUÉ - A Vergonha ! - Líder da oposição se refugia em embaixada holandesa...

Um dia depois de anunciar que não participará do segundo turno da eleição presidencial, marcado para sexta-feira, por conta da violência, o líder da oposição do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, buscou refúgio na embaixada da Holanda em Harare, informaram autoridades holandesas na segunda-feira.
Não houve confirmação imediata por integrantes do Movimento pela Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês), liderado por Tsvangirai. O Ministério do Exterior da Holanda informou que o líder oposicionista não pediu asilo político, mas disse que ele era bem-vindo a ficar na embaixada para que se mantenha seguro.
Mais cedo, o MDC informou que a polícia invadiu a sede do partido em Harare e prendeu mais de 60 pessoas. O movimento afirma que cerca de 90 de seus partidários foram mortos por milícias que apóiam o presidente Robert Mugabe. Entre os presos estão mulheres e crianças.
Tsvangirai, que no domingo se retirou do processo eleitoral afirmando que seus correligionários arriscariam a vida ao votarem, disse na segunda-feira que está pronto para negociar com o partido de Mugabe, o ZANU-PF, mas somente se a violência política for interrompida.
Ele também pediu que os líderes regionais pressionem pelo adiamento da eleição ou pela renúncia de Mugabe. Mas o governo afirmou que a desistência de Tsvangirai veio tarde demais e que a eleição não será cancelada.
A preocupação dentro e fora da África com a situação política e econômica do Zimbábue, que levou uma grande onda de refugiados aos países vizinhos, tem aumentado. Tanto a União Africana quanto a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral estão analisando a situação após a desistência de Tsvangirai.
Ex-potência colonial, a Grã-Bretanha disse que Mugabe tem de ser declarado líder ilegítimo e que as sanções contra seus simpatizantes têm de ser endurecidas.
"Estamos preparados para negociar com o ZANU-PF, mas é claro que é importante que certos princípios sejam aceitos antes de as negociações se iniciarem. Uma das precondições é que a violência contra o povo tenha fim", disse Tsvangirai à rádio sul-africana 702.
Vários governos estrangeiros defendem a idéia de criação de um governo de unidade nacional para pôr fim à crise. Os dois lados rejeitam a proposta.
Em nota divulgada após a desistência de Tsvangirai, o Itamaraty anunciou o cancelamento da missão de observadores que enviaria ao Zimbábue para acompanhar o processo eleitoral do país. No comunicado, a chancelaria também condena os atos de violência e faz um apelo para que o governo do país africano garanta a calma para as eleições.
Mugabe tem 84 anos e está no poder desde a independência da Grã-Bretanha, em 1980. Ele prometeu nunca entregar o governo para a oposição, que qualifica de marionete do Ocidente.
Ele também nega que seus partidários sejam responsáveis pela violência, iniciada após Mugabe e o ZANU-PF perderem as eleições realizadas em 29 de março. Por pouco Tsvangirai não conseguiu a maioria absoluta dos votos, o que forçou a realização do segundo turno marcado para a sexta-feira.
HARARE-Reuters-Por Nelson Banya, segunda-feira, 23 de junho de 2008 12:12 BRT
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Acrescento: UMA VERGONHA !! E o mundo assiste impávido e sereno... ...

6/19/08

O Zimbabué, eleições e a truculência do ditador Mugabe...

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
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Dez dias para mudar o Zimbabué.
KAMPALA (UGANDA) 16/06/08 - Escrito por Fábio Zanini às 03h26Faltam apenas dez dias para o histórico segundo turno no Zimbábue, mas parece uma eternidade.
Só para refrescar a memória: em 29 de março, depois de uma campanha surpreendentemente pacífica, os zimbabuanos foram às urnas para votar para presidente e Parlamento. A apuração demorou incríveis 32 dias (alô, galera do Guinness Book) e produziu um resultado daqueles que fazem você levantar uma sobrancelha e dizer “sei...”.
Morgan Tsvangirai, líder sindical oposicionista, ficou com pouco menos de 48% dos votos, enquanto Robert Mugabe, no poder há meros 28 anos, teve algo como 43%. Tudo indica que esses números foram emitidos no melhor estilo “são eles que votam, mas somos nós que apuramos”, um clássico africano.
E foram todos para o segundo turno, marcado para 27 de junho. Dessa vez Mugabe jogou no lixo sua fantasia de Thomas Jefferson e voltou ao que sabe fazer bem: intimidar seus adversários e prometer, sem meias palavras, ignorar a vitória da oposição.
Na semana passada, produziu uma pérola, dizendo que chegou ao poder pela força das armas e que não são simples pedaços de papel com um x rabiscado a caneta que mudarão isso.
Avisem ele que esses pedaços de papel rabiscados chamam-se “votos”.
Tsvangirai já foi preso quatro vezes durante a campanha (outra para o Guinness) e seu braço direito, Tendai Biti, está ameaçado de um processo de traição, que pode levar à pena de morte.
Sem observadores e sem jornalistas para acompanhar a eleição, Mugabe já deve ter os “resultados” prontos em alguma planilha Excel.
Resta a esperança de que a população do Zimbábue, que sofre com filas, desabastecimento e a maior inflação do mundo, desafie os métodos do velho ditador e despeje votos em Tsvangirai de tal forma que uma fraude se torne inviável.
Preparem-se para dez dias nervosos.
- Fábio Zanini: Blogue "Pé na ÁFRICA".

6/12/08

Insulto, ofensa ao povo do Zimbabué - "La Dolce Vita" de Grace Mugabe !

(Clique na imagem para ampliar)
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O mundo democratico vem-se manifestando contra certos ditadores que ainda "poluem" o planeta e os infelizes povos que dizem governar com suas arbitrariedades, com seus desmandos que, não fosse o sofrimento e miséria que causam, chegam a beirar o ridículo, o grotesco.
África também possue, de uma forma ou outra, "disfarçados" ou não, representantes desses "espécimes" que me parece, felizmente se vão tornando cada dia mais raros.
E, Roberto Mugabe é um desses "espécimes" tentando "sobreviver" e "segurar" o poder a todo o custo, sem respeito algum por regras humanas, democráticas ou por seus conterrâneos pobres, infelizes, que se vão espalhando pelo mundo quando podem, fugindo da desdita de suas vidas no antes promissor Zimbabué.
Entretanto, esses ditadores e seus "colaboradores diretos", porque se sentem impunes, donos e senhores de seus "reinos", afrontam-nos e deixam-nos revoltados (para não dizer algo mais pesado) com atitudes como as que abaixo transcrevo, do Jornal eletrónico "A Semana" do dia 09/06/08:
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La Dolce Vita" de Grace Mugabe.
Mulher do Presidente zimbabweano levantou 80.000 dólares do banco central para gastar na capital italiana enquanto se debatia numa cimeira da FAO o problema da fome no mundo.
Grace Marufu Mugabe, antiga secretária de 44 anos que desde 1996 é casada com o Presidente do Zimbabwe, levantou a semana passada 80.000 dólares (50.845 euros) do banco central do seu país para fazer compras em Roma, enquanto o marido participava na cimeira da FAO sobre a fome no mundo, escreveu ontem o jornal sul-africano The Cape Argus.
A nova e louca despesita da primeira dama, numa altura em que milhões de compatriotas seus estão a viver no estrangeiro por não encontrarem emprego no Zimbabwe, enfureceu mesmo alguns dos altos funcionários do banco, que falaram de uma atitude "desumana", refere o artigo.
É conhecimento geral que a antiga Rodésia necessita de todo o dinheiro que for possível para adquirir alimentos e outros bens essenciais, mas a primeira dama prefere gastar as reservas nacionais nas criações de grandes costureiros; e até mesmo em sapatos, como acontecia com a filipina Imelda Marcos. "Tenho os pés muito estreitos, de modo que só calço Ferragamo", explicou recentemente Grasse, a propósito da sua predilecção pelas colecções do italiano Salvatore Ferragamo.
A forma muito especial de a ex-secretária de Mugabe ter assinalado a cimeira mundial contra a fome verificou-se alguns meses depois de, em Janeiro, ter levantado 100.000 dólares (63.557 euros) para ir de férias com o marido e os três filhos até à Tailândia e à Malásia, tendo-se chegado entretanto a especular que este último destino poderia um dia vir a ser o lugar de exílio para o casal, se a isso fossem obrigados pelas circunstâncias.
Cada uma das deslocações do Presidente e da sua mulher, 40 anos mais nova, significa um grande saque no Tesouro zimbabweano, com o pormenor de que Grace ainda está a beneficiar de uma cotação muito especial: 30.000 dólares zimbabweanos por cada dólar norte-americano, enquanto no mercado paralelo são já necessários pelo menos 1.500 milhões de dólares nacionais para se obter um só dólar dos Estados Unidos.
A mulher cujo casamento com o líder da ZANU-Frente Patriótica ficou a marcar o resvalar do país para o abismo é já conhecida ironicamente como a "primeira compradora" da nação, em vez de primeira dama, dizendo-se até que ela é uma das pessoas mais influentes do regime. E já lhe chegou a ser atribuída a afirmação de que o candidato presidencial do Movimento para a Mudança (MDC), Morgan Tsvangirai, jamais irá ocupar a State House, sede do poder.
Em Roma, enquanto Mugabe ouvia debater a melhor forma de se acabar com a fome no mundo, Grace, nos intervalos das compras, ocupava uma suite de 890 euros diários no Ambasciatori Palace Hotel, em Via Veneto. Era "La Dolce Vita".
- Jorge Heitor - A Semana de 09/06/08 - Fonte: Bar da Tininha-MSN.
  • A notícia no "The Cape Argus" - Aqui !
  • Alguns post's anteriores deste blog sobre a situação social e política vivenciada no Zimbábue - Aqui; Aqui; Aqui; Aqui; Aqui ; Aqui; Aqui e Aqui !

12/04/07

África - Carta aos líderes políticos sem coragem...

(Imagem daqui)
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Merece destaque:
Intelectuais africanos e europeus atacam "covardia" de seus líderes políticos.
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03/12 - 14:36 - EFE - (embargada até as 22h01 de hoje, horário de Brasília) Londres, 3 dez (EFE).- Africanos vencedores do prêmio Nobel e intelectuais deste continente e da Europa publicaram uma carta na qual atacam a "covardia" de seus líderes políticos por não incluírem os casos de Darfur (Sudão) e do Zimbábue entre os principais temas a serem tratados na conferência entre União Européia (UE) e África.
A carta, assinada por escritores como Vaclav Havel, Wole Soyinka, Nadine Gordimer, John M. Coetzee e Günter Grass, critica os políticos dos dois continentes por não enfrentarem "duas das piores crises mundiais" na cúpula de chefes de Estado e de Governo que será realizada nos próximos dias 8 e 9 em Lisboa.
"Esperamos dos líderes que liderem e que o façam com coragem moral. Se falharem, todos saem moralmente enfraquecidos", diz a carta enviada hoje a todos os chefes que irão à cúpula, a primeira deste porte desde 2000.
Elaborada também pelo moçambicano Mia Couto, pelo nigeriano Ben Okri e pelo irlandês Roddy Doyle, a carta defende que é "impossível" inaugurar uma nova era de amizade entre Europa e África enquanto Darfur e Zimbábue continuarem sendo ignorados.
"Por que devemos escutar os poderosos quando eles se fazem de surdos para os gritos dos aflitos? Milhões de africanos e europeus esperavam contar com Zimbábue e Darfur entre os temas principais da agenda. Ainda não é tarde demais".
Segundo o nigeriano Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura em 1986, a cúpula África-UE apresenta uma "oportunidade para tratar das grandes questões que afetam" os cidadãos.
"No entanto, antepondo seu desejo de evitar um confronto ao sofrimento de milhões de pessoas, nossos líderes estão desperdiçando esta oportunidade e prejudicando todos", critica o escritor.
EFE lj bba/ma
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Merece também destaque:
Nove dias em Harare
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Notas de uma viagem clandestina de dois repórteres da VISÃO à capital do Zimbabué, uma cidade de medo, tortura e morte. Leia o diário do repórter e veja a galeria de fotos com som por João Dias Miguel - 29 Nov 2007: