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12/18/12

OS ELEFANTES DE MAREJA - QUIRIMBAS desejam FELIZ NATAL ao mundo...

Se VOCÊ se importa, ajude a acabar com o massacre dos elefantes em MAREJA-QUIRIMBAS - Assine a petição (http://is.gd/2bl0B1) e divulgue.
Uma reportagem publicada no Jornal @Verdade no final de Outubro de 2012, põe a descoberto a caça ilegal de elefantes na Reserva de Mareja, situada em Cabo Delgado, na região Norte de Moçambique. Segundo o artigo, o “massacre” é perpetrado por grupos de caçadores furtivos “sofisticadamente armados” e “tem vindo a ganhar proporções gigantescas”...
ForEVER PEMBA - O massacre dos elefantes em MAREJA - QUIRIMBAS - Partes 1 e 2
Clique nas imagens para ampliar. Edição de imagens e texto de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em Dezembro de 2012. Permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue só com a citação da origem/autores/créditos

12/03/12

O massacre dos elefantes em MAREJA - QUIRIMBAS - Parte 2

Ajude a acabar com o massacre dos elefantes em MAREJA-QUIRIMBAS - Assine a petição (http://is.gd/2bl0B1)

In GlobalVoices - Português - Postado em 19 Novembro, 2012 16:06 GMT  (transcrição)
Caça Furtiva de Elefantes em Moçambique

Uma reportagem publicada no Jornal @Verdade no final de Outubro de 2012, põe a descoberto a caça ilegal de elefantes na Reserva de Mareja, situada em Cabo Delgado, na região Norte de Moçambique.

Segundo o artigo, o “massacre” é perpetrado por grupos de caçadores furtivos “sofisticadamente armados” e “tem vindo a ganhar proporções gigantescas”:

""Todas as semanas, pelo menos, dois animais são abatidos, dos quais são retiradas as pontas de marfim, que são posteriormente vendidas no mercado negro. A batalha acontece aos olhos das autoridades governamentais e policiais locais que, por conforto e cumplicidade, não agem.""

São frequentemente ouvidos ruídos de tiros e depois avistados helicópteros ou aeronaves a sobrevoar a reserva. Estes servirão para carregar as pontas de marfim roubadas aos animais em vias de extinção, e assim dar continuidade ao tráfico de um produto que “atinge preços exorbitantes no mercado negro”, e é exportado para países asiáticos como China, Coreia do Norte, Tailândia e Filipinas.
(Imagem daqui)

Um comentário deixado ao artigo por Conor Christie através do Facebook acrescenta:

""Trabalhei um pouco na coutada 4 na provincia de Manica e quando lá, fomos avisados que os caçadores vêm das zonas da Beira e vêm BEM EQUIPADOS. Nós tinhamos o equivalente a dois guardas das Quirimbas, e fomos avisados para não confrontar os elementos. As pessoas que têm acesso a esse tipo de armamentos não são os camponeses. Quando lá, sabíamos que caçadores furtivos alugavam AK47 (AKM) do comando ai do Save. Comprávamos balas por mil Meticais [$33 USD] cada, indicando que o acesso às armas é fácil. Na minha opinião, as pessoas atrás dessas mortes nas Quirimbas são pessoas com patencia [sic].""

Outra leitora do jornal, Kita Chilaule, expressou a sua indignação:

""Não acredito que não hajam formas de travar estes caçadores furtivos. Penso que eles não são um numero superior aos guardas mas sim têm a protecção do governo local ate porque esta claro que existe aqui uma cumplicidade e corrupção. O lamentável é a destruição do património do ecoturismo desta zona.""

E continua:

""Esses caçadores a maioria são estrangeiros não podem ter poder de acção mais que os nacionais. Peço a quem é de direito para travar esta pratica degradante de fauna bravia.""

Inserida no Parque Nacional das Quirimbas, que ocupa uma área de aproximadamente 7.506 quilómetros quadrados, a Reserva da Mareja é vigiada por um grupo de 10 guardas florestais precariamente equipados para fazerem frente à caça furtiva. No website da Associação de Camponeses de Mareja está em curso uma campanha de consciencialização e angariação de fundos para fortalecerem o trabalho de protecção dos elefantes.
(O vídeo acima é de Dominik Beissel; mais filmagens dos elefantes no seu habitat natural aqui.)

No seguimento da notícia publicada pelo Jornal @Verdade, foi criada uma petição no site Avaaz:

""Solicita-se a atenção do mundo que preza a sustentabilidade ecológica e a vida nas florestas, assim como do GOVERNO DE MOÇAMBIQUE, para que providências sejam tomadas de forma a acabar com o extermínio dos elefantes em Moçambique.""

“Conflito Homem-Elefante”

Já desde 2006 que o autor do blog Forever Pemba tem reportado sobre conflitos relacionados com a fauna bravia, e em especial os elefantes, naquela região:

""Nos últimos tempos, os animais, principalmente elefantes, matam pessoas, criando insegurança nas comunidades, assim como se lhes acusa de fomentarem, com macacos e porcos selvagens, a fome, ao destruírem parcial ou completamente as culturas.""

Criticando a implementação de algumas das “medidas de estancamento” da “destruição” causada pelos animais promovidas pelas autoridades locais, tais como a formação de caçadores comunitários, o blog analisa uma notícia publicada no jornal Notícias em 2007:
(Imagem daqui)

""Em resumo e lendo o texto, entende-se que, as autoridades responsáveis em Cabo Delgado, depois de apresentarem os elefantes e outros animais como inimigos perigosos para o ser humano, agirão, como afirmam com um tom beatificante, quase piedoso, para não dizer cínico.""

O website da WWF-Moçambique indica que em 1999 a Direcção Nacional de Florestas e Fauna Bravia (DNFFB) do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural publicou a Estratégia Nacional de Gestão de Elefantes em Moçambique, com a definição de metas para a conservação da população de cerca de 18.000 elefantes africanos que existem no país.

No entanto, a aplicação da convenção, segundo um relatório de Setembro de 2012, tem-se mostrado deficitária.

- Escrito por Sara Moreira - GlobalVoices em 19NOV2012


Clique nas imagens para ampliar. Transcrição do GlobalVOICES - Português, com a devida vénia. Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em Novembro de 2012. Permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue só com a citação da origem/autores/créditos.

11/09/12

O massacre dos elefantes em MAREJA - QUIRIMBAS

Transcrição de @Verdade - A FACE AMARGA DA RESERVA DE MAREJA

Escrito por Hélder Xavier   
Quinta, 25 Outubro 2012 15:28
Com apenas duas armas de fogo manuais e seis munições, um grupo de 10 guardas florestais vive uma cruzada solitária para proteger os elefantes de um massacre sem precedentes, protagonizado por caçadores furtivos forte e sofisticadamente armados na Reserva de Mareja, no Parque Nacional das Quirimbas, em Cabo Delgado. Todas as semanas, pelo menos, dois animais são abatidos, dos quais são retiradas as pontas de marfim, que são posteriormente vendidas no mercado negro. A batalha acontece aos olhos das autoridades governamentais e policiais locais que, por conforto e cumplicidade, não agem.

A sensivelmente duas horas e meia da capital provincial de Cabo Delgado, cidade de Pemba, localiza-se Mareja, um projecto ecoturístico de conservação e gestão de recursos naturais dentro do Parque Nacional das Quirimbas (PNQ) desenvolvido pelo alemão Dominik Beissel e abraçado pela comunidade local.

A região é isolada, sobretudo na época chuvosa, e a população leva uma vida recatada. O quotidiano é monótono, até porque a energia eléctrica e a água canalizada ainda não chegaram àquela localidade. Apesar disso, os habitantes, que sobrevivem exclusivamente da agricultura, continuam a viver normalmente, além de se mostrarem hospitaleiros em relação aos visitantes.

Quando se caminha pela mata adentro, por momentos, temos a sensação de estarmos a entrar numa outra dimensão, por assim dizer. Porém, esporadicamente, o silêncio é interrompido pelos macacos que pulam de galho em galho. A zona é uma reserva e nela é possível encontrar quatro dos “big five”, nomeadamente leões, leopardos, búfalos e elefantes.

O lugar é (aparentemente) tranquilo e bonito. Mas a tranquilidade e a exuberância do local não escondem uma actividade que tem vindo a ganhar proporções gigantescas nos últimos dias no interior daquela reserva, em particular, e do parque, em geral: o massacre de elefantes. Os ossos espalhados ao longo do caminho que leva até a Mareja denunciam a prática da caça ilegal.

Quase todas as semanas, pelo menos dois animais são abatidos pelos caçadores furtivos fortemente armados. No passado mês de Agosto, dois elefantes foram mortos e, em Setembro, quatro. “Nestes dois meses, foram abatidos oito elefantes nesta reserva e o número tem vindo a crescer. Em 2011, no mesmo período, registámos mais de 10 casos”, informou um dos guardas florestais do parque.

O pior massacre de elefantes aconteceu no mês de Outubro do ano passado (2011), em que apenas numa semana foram mortos pouco mais de 10 animais. Os furtivos atiram indiscriminadamente, até porque o que interessa são as pontas de marfim, não importando a idade do animal. Eles usam armas de fogo automáticas do tipo AKM, calibre 365, rádios de comunicação e materiais de caça sofisticados, além disso, possuem helicópteros.

Os guardas florestais, tanto os que são apoiados pelo projecto de Mareja assim como os do PNQ, não dispõem de meios à altura para parar a acção do grupo naquela região, onde, no melhor estilo dos cowboys norte-americanos, fala mais alto quem tem o argumento de uma arma de fogo.

Ao contrário dos caçadores furtivos, o grupo de 10 guardas florestais apoiado pelo projecto de protecção de elefantes do alemão Dominik tem apenas duas armas de fogo manuais, meia dúzia de munições e algumas facas e catanas. Mensalmente, ganham menos de dois mil meticais pelo trabalho de fiscalização. Durante os três dias (e noites) de patrulha, cada pessoa tem direito a menos de 200 gramas de arroz e uma lata de sardinha.

“Não conheço os caçadores furtivos, mas sei que eles andam armados”, afirmou Amade Cause, guarda florestal há três anos na Reserva de Mareja, e acrescentou: “nós só andamos com uma faca e não podemos fazer nada”. O Parque Nacional das Quirimbas conta com uma brigada de fiscalização constituída por apenas quatro guardas florestais armados e dois comunitários, apesar de o local ocupar uma área de 7.500 quilómetros quadrados, abrangendo ecossistemas marinhos e terrestres.

As autoridades fazem vista grossa
Semanalmente, o número de elefantes mortos cresce de forma alarmante. Ou seja, a cada semana que passa a acção dos caçadores furtivos tende a intensificar- se, colocando a nu a incapacidade de reacção das equipas de guardas florestais. As zonas mais críticas são Mareja e Meloco.

Nos dias 6 e 9 de Setembro último, na Reserva de Mareja, por volta das 6h30 da manhã, ouviu-se o ruído de um tiro e, de seguida, uma rajada de metralhadora. Os guardas florestais foram atrás para controlar a situação e, quando chegaram às proximidades do local do massacre, limitaram-se a assistir aos caçadores furtivos a retirarem as pontas de marfim.

“Não tivemos como agir porque eles estavam muito bem armados e qualquer reacção nossa seria fatal para todos nós”, disse Amade Cause, um dos fiscais que presenciou o acontecimento, tendo de imediato sido informadas as estruturas policiais e do PNQ. Tem sido assim todas as semanas.

As autoridades, tanto policiais como do parque, encarregadas de combater essa prática que coloca as espécies de elefantes em perigo de extinção, acham que a melhor coisa a fazer é fingir que o problema não lhes diz respeito. Na verdade, a Polícia recusa-se a intervir nesse assunto.

“Sinto-me em pânico vendo isso acontecer e, o pior de tudo, é que a reacção da Polícia não é imediata. Ou seja, ela age como se não tivesse nada a ver com o assunto”, disse uma fonte ligada ao Parque Nacional das Quirimbas que não quis ser identificada, tendo acrescentado que se poderia parar esta situação caso houvesse força de vontade por parte do Governo.

Sensivelmente uma hora depois, um helicóptero sobrevoava a zona tendo pousado nas proximidades de um riacho, e levado as pontas de marfim. Duas semanas mais tarde, os guardas florestais do projecto Mareja decidiram voltar para o local. Pelo caminho uma enorme árvore derrubada (supostamente por um elefante em fuga) impedia o trânsito da viatura “pick up” na qual nos fazíamos transportar.

Foram necessários pouco mais de 30 minutos para remover o obstáculo e deixar a estrada livre. No local, os fiscais encontraram quatro elefantes mortos (três fêmeas e um macho). Os furtivos não retiraram as pontas de marfim de um dos animais porque as dimensões não ultrapassavam 50cm, uma vez que ainda era um elefante bebé.

Há vários relatos de aeronaves sobrevoando o espaço logo após o abate de elefantes. A título de exemplo, no ano passado, concretamente no dia 23 de Novembro, pelas 15h45, foi identificada uma aeronave de cor azul escura com a referência EC-120. O facto foi comunicado às autoridades locais que se limitaram a sacudir a água do capote fazendo um comentário tranquilizador para si próprios:

“Este é um problema que nos ultrapassa, pois não temos meios para colocar freio a esta situação”. A Polícia da República de Moçambique (PRM) a nível da província de Cabo Delgado recebeu dos fiscais do Parque Nacional das Quirimbas uma fotografia do helicóptero que sobrevoou aquela região para averiguação, porém, nenhuma investigação foi levada a acabo.

Os guardas florestais acreditam que haja gente graúda interessada no massacre de elefantes no Parque Nacional das Quirimbas, protegendo os caçadores ilegais, uma vez que quando capturam os furtivos e os levam às autoridades policiais, eles são soltos no dia seguinte. E o pior de tudo é o facto de a lei não defender os fiscais quando estes os alvejam.

Amade Cause contou que, nos anos transactos, um dos seus colegas foi condenado à prisão, além de pagar uma indemnização por ter alvejado a tiro um caçador furtivo. “As autoridades governamentais e a Polícia não agem em grande parte por conforto e, arrisco- me a dizer, também por cumplicidade”, disse.

Em meados do ano passado, os guardas florestais encontraram no interior do acampamento construído na machamba do líder comunitário local mais de 100 munições e 100 mil meticais em dinheiro. Já havia suspeitas de que ele encobria os caçadores furtivos. Porém, apesar de ter sido encontrado em flagrante, não foi preso.

O que está em curso, na realidade, no PNQ, é o processo sem paralelo de consolidação do tráfico de pontas de marfim no território moçambicano. Crescendo aos saltos, diga-se de passagem, a questão que se coloca é como pôr cobro a isso.

As autoridades do PNQ reconhecem a sua incapacidade para travar a acção dos caçadores furtivos, razão pela qual têm vindo a solicitar o apoio da PRM quando ouvem o ruído dos disparos. Mas a resposta por parte da Polícia aparece, no mínimo, 10 dias depois. Falta de viaturas e homens são as desculpas mais evocadas. A situação é mais crítica quando o facto acontece nos fins-de-semana.

“Geralmente, os casos de massacre acontecem simultaneamente em lugares diferentes, facto que também dificulta a nossa reacção, uma vez que o parque não dispõe de meios materiais e humanos”, disse a fonte do PNQ que temos vindo a citar.

A comunidade “protege” os caçadores furtivos
Na Reserva de Mareja, assim como em todo Parque Nacional das Quirimbas, o que há de peculiar não é somente a acção rápida, ousada e o facto de os caçadores furtivos possuírem meios materiais para a actividade, mas também o silêncio cúmplice de algumas pessoas integrantes das comunidades locais.

Nas vizinhanças, existem moradores que encobrem esse grupo de pessoas que se dedica à caça clandestina de elefantes para retirar as pontas de marfim. Regularmente, tem havido campanhas de sensibilização da população no sentido de denunciar os envolvidos nessa actividade que em dois anos já dizimou mais de 50 animais. Como resultado disso, foram formados guardas florestais comunitários. Mas nem tudo tem sido um mar de rosas.

Este ano, alguns dos fiscais comunitários tiveram de ser expulsos da equipa de guardas florestais por facilitarem a vida dos caçadores furtivos, informando-os dos locais de maior concentração de elefantes, além dos passos da equipa de fiscalização.

O destino das pontas de marfim
Este produto, que tem um valor comercial bastante alto (atinge preços exorbitantes no mercado negro), é traficado para os países asiáticos como China, Coreia do Norte, Tailândia e Filipinas.

Casos de apreensão de pontas de marfim
No mês em curso (Outubro), um cidadão norte-coreano foi surpreendido pela Autoridade Tributária (AT) na posse 130 unidades de pontas de marfim – equivalente a três quilogramas – no Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo.

Em Setembro, um grupo de seis caçadores furtivos foi neutralizado no Posto Administrativo de Chinthopo, no distrito de Mágoè, em Tete, na posse de quantidades consideráveis de marfim retirado de elefantes abatidos clandestinamente. A quadrilha era constituída por três moçambicanos e igual número de zimbabweanos.

Em Maputo, seis toneladas de marfim apreendido a caçadores furtivos e proveniente de elefantes abatidos foram roubadas de um armazém do Ministério da Agricultura. Em Agosto do mesmo ano, dois funcionários públicos afectos ao Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE), no Guro, na província de Manica, foram detidos sob a acusação de roubo de marfim das instalações do serviço para ser comercializado no mercado negro. As presas teriam como destino o continente asiático.

Em Fevereiro, a Polícia da República de Moçambique (PRM) no Niassa, em coordenação com os guardas florestais da Reserva do Niassa, deteve um indivíduo indiciado de ser caçador furtivo.

Em 2011, as autoridades encontraram 126 pontas de marfim num contentor apreendido no porto de Pemba, que equivaliam a 63 elefantes abatidos de forma ilegal, num contentor de uma empresa que opera na área da exploração de madeira.
= > Assine a petição aqui < =
Elefantes mortos para extração de marfim (imagens recolhidas na net)




















Clique nas imagens para ampliar. Transcrição do Jornal de distribuição gratuita moçambicano @Verdade, com a devida vénia. Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em Outubro de 2012. Permitida a reprodução e/ou distribuição dos artigos/imagens deste blogue só com a citação da origem/autores/créditos.

2/23/10

A "linguagem secreta" dos elefantes...

Segundo a BBC-Brasil, os elefantes têm uma "linguagem secreta" que os homens estão tentando decifrar. Será que conseguem?...

- Pesquisadores do zoológico de San Diego, na Califórnia, estão estudando o que chamam de "linguagem secreta" dos elefantes.

Os pesquisadores estão monitorando formas de comunicação entre os animais que não podem ser captadas pelo ouvido humano.

Muitos dos sons emitidos pelos elefantes ocupam frequências inaudíveis para nós.

Na pesquisa que está sendo conduzida no Zoológico de San Diego, microfones sensíveis a essas baixas frequências e aparelhos de localização via satélite foram acoplados a oito elefantes fêmeas.

Assista à reportagem:

In - BBC-Brasil, 22/02/2010.

10/23/09

Imagens fortes... Imagens de vida e da vida!

IMAGENS FORTES - Nascimento de elefante filmado pela primeira vez em Bali, na Indonésia. O fundador do Elefante Safari Park no Taro, Bali, Nigel Mason relata a experiência:

Quando o ser humano não valoriza a vida... a lição vem dos seres da floresta!

7/08/09

Ecos da imprensa lusa: Português detido em Moçambique por caça ao elefante!

Um português e um francês foram detidos pela Polícia da República de Moçambique (PRM), no passado dia 25 de Junho, na cidade da Beira por presumível autoria de crimes de abate ilegal do animal protegido, caça em período de defeso, posse ilegal de armas de fogo e furto de dispositivo electrónico, informa o Parque Nacional da Gorongosa.

Victor Ildefonso Anselmo, 47 anos de idade, de nacionalidade portuguesa e o francês Juliene Raymond, 56 anos, caçadores profissionais indiciados no abate ilegal de um elefante e apoderado indevidamente de um colar - transmissor do sinal via satélite do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), no dia 18 ou 19 de Junho último, perto de Chiramba, no distrito de Chemba.

Segundo o director do Departamento de Conservação do PNG, Dr. Carlos Lopes Pereira, o elefante denominado G4, facilmente identificável pelo colar – transmissor de grande porte que levava ao pescoço, movimentava-se, frequentemente, entre o Parque e o rio Zambeze, passando pelas Coutadas de Caça, facto conhecido pelos responsáveis e pelas comunidades.
- Publicado em 08 de Julho de 2009, Aqui!

1/19/09

Lamentável... Em Moçambique ainda se abatem rinocerontes!


Caça furtiva de rinocerontes.
Autoridades moçambicanas acusadas de complacência e corrupção.
* Implicado veterano da luta armada.
“A forma como a lei é aplicada em Moçambique contribui para o problema” (…)
“Nem um único caçador furtivo preso em Moçambique pelo abate de rinocerontes esteve sujeito aos temos da lei da conservação” (…)
“A legislação moçambicana não consegue lidar com os métodos modernos de caça furtiva, e os senhores da caça furtiva tiram partido disso” – fiscal de caça sul-africano.

Pretoria (Canal de Moçambique) - As autoridades moçambicanas foram acusadas de não tomarem medidas eficazes para pôr cobro ao abate ilegal de rinocerontes, uma espécie animal em perigo de extinção.

A acusação é de um fiscal de caça da província sul-africana de Mpumalanga, citado num artigo da autoria da jornalista Yolandi Groenewald do semanário «Mail & Guardian».

A fonte refere que “o abate ilegal de pelo menos 12 rinocerontes durante a quadra festiva eleva para quase 100 o número de animais caçados furtivamente na África do Sul no último ano”.

O número crescente de rinocerontes abatidos tem como pano de fundo alegações de que “as autoridades moçambicanas não estão a fazer o suficiente para combater conhecidos suspeitos de caça furtiva e em alguns casos poderão estar a apoiar essa actividade”.

O referido fiscal de caça sul-africano seguiu as pegadas de caçadores a actuar na província de Mpumalanga, as quais foram dar ao território moçambicano. Segundo ele, “a forma como a lei é aplicada em Moçambique contribui para o problema”, acrescentando que “nem um único caçador furtivo preso em Moçambique pelo abate de rinocerontes esteve sujeito aos temos da lei da conservação”. Infelizmente, adiantou, “a legislação moçambicana não consegue lidar com os métodos modernos de caça furtiva, e os senhores da caça furtiva tiram partido disso”.

O fiscal de caça salientou que “nenhum dos caçadores furtivos detidos em Moçambique por actividades ilegais no Parque Nacional de Kruger e no Parque Nacional do Sabié na província moçambicana de Gaza, permaneceu na cadeia por mais de duas semanas”. Ele disse que as pessoas nestas condições “incluem transgressores que foram apanhados por duas vezes por práticas idênticas.”

A jornalista Yolandi Groenewald afirma que “os principais suspeitos do abate de rinocerontes são cidadãos moçambicanos ao serviço de sindicatos vietnamitas que operam a partir da África do Sul. Esses sindicatos fornecem armas de grande calibre aos caçadores furtivos, incluindo arcos e flechas por serem armas silenciosas.”

Ainda segundo o mesmo fiscal de caça sul-africano, “um líder comunitário moçambicano, residente no Parque Nacional do Limpopo, havia abatido rinocerontes no Parque Nacional de Kruger em três ocasiões diferentes. As autoridades perseguiram o líder comunitário, tendo penetrado em território moçambicano onde veio a ser preso em cada uma das vezes. Todavia, nunca foi condenado em tribunal, tendo regressado uma quarta vez ao Parque Nacional de Kruger para caçar rinocerontes, encontrando-se agora sob custódia das autoridades sul-africanas”.

Em 2007, foram abatidos cinco rinocerontes na fronteira do Parque Nacional de Kruger com Moçambique. Uma equipa formada por elementos da polícia de guarda fronteira de Moçambique e pessoal dos parques de Kruger e Sabié prendeu dois suspeitos que tinham em sua posse armas de grande calibre, equipamento de rasteio e binóculos. Os suspeitos e as provas foram entregues ao comandante da polícia da Moamba.

O fiscal de caça sul-africano atrás citado informou ainda as autoridades policiais na cidade de Maputo da ocorrência. Não obstante estas diligências, os dois suspeitos foram condenados ao pagamento de uma multa de 1.250 randes e postos em liberdade. Na opinião do fiscal de caça citado no artigo do «Mail & Guardian», “a multa deveria ter sido de pelo menos 1,5 milhões de randes” pois esse é o valor das pontas de rinoceronte encontradas na posse dos malfeitores.

A fonte citada pelo semanário sul-africano disse suspeitar que “a polícia da Moamba é corrupta e presta ajuda a caçadores furtivos”, acrescentando que “num dos casos, obteve-se o nome da pessoa que estava por detrás dos caçadores furtivos, a qual foi detida. Porém, essa pessoa era um veterano da luta armada e com estreitas ligações a políticos e à própria polícia. Num espaço de uma semana, essa pessoa foi posta em liberdade, acreditando-se que não tenha sequer pago nenhuma multa.”

O «Mail & Guardian» tentou obter um comentário das autoridades policiais moçambicanas, mas tudo em vão. Ao contactar Carlos Comé, um alto quadro da polícia moçambicana, este disse apenas que “haviam sido criadas comissões mistas entre a África do Sul e Moçambique com o objectivo de ajudar Moçambique e lidar com os desafios que enfrenta.”

Entretanto, num despacho de Joanesburgo, a Agência de Notícias Francesa, AFP, refere que “11 caçadores furtivos, incluindo três cidadãos chineses, para além de sul-africanos e moçambicanos, que fazem parte de um sindicato, haviam sido detidos sob a acusação de abate de rinocerontes em parques na África do Sul”.

A AFP cita uma fonte da polícia sul-africana como tendo referido que as pontas de rinocerontes são vendidas em mercados asiáticos por um valor que oscila entre os 1.820 e os 2.530 dólares por quilograma. Cada ponta pesa entre 8 e 11 quilos.
- Canal de Moçambique, Redacção / Mail & Guardian / AFP), 2009-01-19, 06:27:00.

9/06/08

Os elefantes africanos...

Relembrando que os elefantes, animais inteligentes da floresta africana e não só, ao longo da história do mundo foram utilizados pelo homem para várias funções, como transporte, entretenimento e guerra, são actualmente, em todas as suas espécies, considerados animais em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN) tendo como causa principal a caça ilegal e o abate indescriminado quando se tornam violentos e atacam as populações próximas, ao perderem seu habitat invadido pelo ser humano.
A caça aos elefantes, causada principalmente pelo cobiçado marfim de suas presas é normalmente ilegal em quase todos os países africanos e o mundo, gradualmente, vem rejeitando o comércio desse material utilizado em jóias, etç.
Diversos jornalistas e defensores da natureza se têm dedicado ao assunto e á defesa da vida destes seres da floresta, denunciando, estudando, retratando e descrevendo para o mundo como pode ser pacífica a convivência com os mesmos. Transcrevo, como exemplo e alerta para entidades moçambicanas mais radicais ou extremistas no trato com estes animais:
.
"Em uma clareira remota na República Central africana, a bióloga Andrea Turkalo observa a vida de animais ameaçados de extinção".
'Já foi dito que, na África, as comunidades humanas eram como ilhas rodeadas de elefantes', lembra Andrea Turkalo, da Wildlife Conservation Society. "Hoje, acontece exatamente o oposto." Ela sabe do que está falando: seu estudo pioneiro sobre os elefantes da floresta é conduzido em Dzanga Bai, uma clareira remota de 12 hectares que se localiza dentro de uma dessas grandes ilhas no continente um aglomerado de floresta tropical que resta no centro da África. Quando Turkalo chegou aqui, há quase uma década, pouco se sabia sobre o Loxodonta africana cyclotis, o primo do elefante comum que é menor e habita a savana e representa talvez um terço dos 600 mil elefantes que ainda existem na África. Como se espalham por áreas extensas no meio da floresta de vegetação densa, esses elefantes são extraordinariamente difíceis de estudar. Durante anos, pesquisadores se consideravam pessoas de sorte quando conseguiam avistar um único elefante da floresta, quem dirá ser capaz de observar um deles, e baseavam suas conclusões limitadas em evidências indiretas como fezes ou trilhas que levavam aos alimentos. Então Turkalo montou acampamento em Dzanga Bai, no parque nacional de Dzanga-Ndoki, onde os elefantes se juntam para beber água e escavar minerais do solo. Hoje ela trabalha em uma plataforma nas árvores e observa meticulosamente cada elefante que visita o local, anotando características físicas para estabelecer identidades individuais, então parte desses dados para estudar históricos de vida, estrutura familiar e padrões de comportamento em grupo. Equipada com repelente de insetos e uma espécie de telescópio, Turkalo passa a maior parte das tardes em sua plataforma, "desvendando as complexidades da vida dos elefantes da floresta".
- Matéria publicada originalmente na edição de fevereiro de 1999 da National Geographic.
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Elefantes de Samburu - Uma história de amor na África: Video-reportagem com imagens sensacionais que retrata os bastidores dos seis meses de trabalho do jornalista Michael Nichols na África - aqui!
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4/23/08

Conflito homem/animal em Cabo Delgado: Se um elefante africano incomoda muita gente, um ser humano incomoda muito mais!

Acabo de ler na edição digital do Notícias-Maputo que criculará esta manhã em Moçambique:
Conflito homem/animal em Cabo Delgado-Intensificam-se medidas para o seu estancamento.
Estão a multiplicar-se em Cabo Delgado, esforços visando minorar os efeitos decorrentes do conflito já declarado entre o homem e a fauna bravia, da qual se destaca o elefante. Tanto as autoridades da Agricultura como do Parque Nacional das Quirimbas pretendem, a breve trecho, lograr uma saída airosa que não prejudique nem as populações, por via da perca das suas vidas e destruição dos seus bens, entre os quais, as machambas, nem a necessidade de preservação.O conflito atingiu níveis em que o Governo provincial entende tratar-se de um assunto transversal, tocando a quase a totalidade dos sectores, sendo obrigatório que todos lutem por encontrar soluções, pelo que as propostas de medidas práticas vem as catadupas.
Na verdade, segundo o director provincial da Agricultura, em Cabo Delgado, Oliveira Amimo, não constitui dúvida para ninguém que a vida humana é a prioridade número um para todo o cidadão moçambicano, sendo por isso que deve ser protegida de todas as formas e sem reservas.
“A província de Cabo Delgado tem sido alvo e palco de conflitos cada vez mais crescentes, entre o homem e a fauna bravia, nos quais, infelizmente são várias as vidas humanas que são perdidas, sem falarmos dos avultados bens que são destruídos pelos animais, destacando-se o elefante, leão, crocodilos e os macacos”... ...
.
E continua o articulista mais à frente:
...É no quadro dos esforços em curso visando diminuir o impacto que o conflito tem na sociedade, que decorreu recentemente um curso de caçadores comunitários(?), envolvendo 48 elementos, à razão de três por distrito, que já vinham com algum conhecimento da actividade.
A ideia foi que os caçadores fossem formados não para irem matar, no sentido linear do termo, mas como agentes integrantes da gestão dos recursos naturais, capazes de analisar a gravidade dos conflitos no terreno, que tenham alguma noção sobre a Lei de Floresta e Fauna Bravia, comportamentos dos animais considerados problemáticos, métodos de afugentamento de animais bravios, técnicas de abate, entre outras.
Dirigido pelo conhecido caçador profissional, o português, Manuel Carona, o curso terminou com aulas práticas de carreira de tiro e um trabalho de campo, tendo sido o distrito de Palma escolhido, onde está em curso um conflito corporizado por uma praga de leões que atacam as pessoas.
Manuel Carona, em resposta ao nosso jornal, negou que a formação daquela quantidade de caçadores significasse uma ameaça que acabaria com o extermínio da fauna, que deve ser conservada à luz dos objectivos do governo, porque úteis para o desenvolvimento das próprias comunidades e do país em geral... ... (leia o texto integral aqui !)
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Em resumo e lendo o texto, entende-se que, as autoridades responsáveis em Cabo Delgado, depois de apresentarem os elefantes e outros animais como inimigos perigosos para o ser humano agirão, como afirmam com um tom beatificante, quase piedoso, para não dizer cínico:
- “ Por isso, para matar um elefante, por exemplo, só depois de ter a certeza de que se trata do animal problemático do grupo, digamos, muitas vezes chefe, e também termos a certeza de que ao atirar o matamos sem falha. Porque se matamos um que não era o chefe do grupo nem problemático, eles voltarão a fazer as mesmas coisas, com a sua estrutura ainda intacta. Se atiramos contra um elefante e não o matamos, ele fica com a bala no corpo e torna-se cada vez mais inimigo do homem e destrói tudo o que estiver à sua frente. Digamos, está zangado com todos”.
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Pois é!...Que acredite quem quiser! E acrescento:
Pesquisando na net, por convicção formada afirmo, se um elefante incomoda muita gente, um ser humano incomoda muito mais.
Quase 23 mil elefantes foram exterminados por caçadores clandestinos no ano de 2006.
A estimativa baseia-se na apreensão de 27 mil quilos de marfim em agosto de 2006, que segundo especialistas de mercado, constituem apenas 10% do contrabando feito naquele ano.
Enquanto especialistas se preocupam com uma possível extinção de algumas espécies, países como China, Japão e Singapura estimulam o mercado negro de dentes de elefante, fazendo demandas cada vez maiores de marfim – a serem transformados em jóias e "hankos", uma espécie de carimbo comum no Leste Asiático.
A extração de marfim foi considerada ilegal em 1989, quando um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou boicote ao comércio de dentes de elefantes. O autor do estudo que analisa a atual situação dos elefantes na África, Samuel Wasser, da Universidade de Washington, diz que está preocupado:
"Nos oito anos que precederam o tratado, metade da população dos elefantes africanos já tinha sido aniquilada. Agora o estado é crítico, porque eles são poucos e a caça está aumentando. Para piorar, a população esqueceu do assunto".
Wasser se refere ao alarde que as organizações ambientais e especialistas fizeram nos anos 80, que incentivou o boicote.
Segundo o estudo de Wasser, o boicote foi efetivo nos primeiros anos, principalmente porque as nações ricas financiavam o policiamento das áreas e a apreensão de caçadores clandestinos. Mas nos anos que se seguiram, os fundos foram sendo cortados e os países interessados em marfim foram encontrando brechas no tratado.
Resultado: hoje, o contrabando de dentes de elefantes é comparado ao tráfico de drogas na Ásia.
E se a venda do marfim é proibida na África, fora do país ela não é. Chegando no Japão ou na China, ele é legalmente comercializado – os dois países conquistaram o direito de se tornarem "parceiros no comércio de marfim". Dados do estudo de Wasser também apontam que os contrabandos têm outro destino além da Ásia: os Estados Unidos. (Isadora Marinho)
O ser humano entretanto, reproduz-se de maneira absolutamente desordenada e ocupa de modo destrutivo e rápido todo o espaço à nossa volta que, como sabemos, é limitado e finito.
Há sim que responsabilizar e colocar nos eixos a população humana, que está destruindo o planeta muito mais rápido que milhares de manadas de elefantes.
Quem sabe, como li algures, delatando o extermínio dos elefantes nos lembremos e preocupemos com o extermínio de nosso próprio planeta!
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Para terminar:
Memória de elefante.
E se um dia a natureza pedir contas por todas as maldades que lhe fazemos?
Esta pergunta já inspirou livros e filmes de terror. Mas há muito que deixou de ser ficção: há elefantes que não perdoam, não esquecem e se vingam.
George Tergat estava a sair da escola quando viu uma manada de elefantes entrar pela aldeia. Eram animais jovens. Atacavam as casas, reduzindo-as a um monte de palha e adobe. As pessoas fugiam, gritando. Também ele correu. Pareceu-lhe – tinha quase a certeza – que um pequeno paquiderme corria na sua direcção e, até, que o perseguia. Todavia, como era hábil, conseguiu esquivar-se. No refúgio, lembrou-se dos tempos em que acompanhava o pai nas caçadas: Depois de matar um elefante, retiravam-lhe o marfim, a carne, os ossos, a pele e até o pêlo.
Estariam os paquidermes a vingar-se?
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A revolta dos elefantes.
Uma equipa de cientistas e biólogos de vários países estuda o comportamento dos elefantes no Quénia. Observaram que os que não estiveram em contacto com os humanos durante décadas são tolerantes e sociáveis. Quanto aos exemplares de comportamento agressivo, descobriram que eram órfãos e que os pais foram mortos por caçadores. Concluíram, então, que os elefantes sofrem de «stress» pós-traumático por assistirem ao extermínio dos parentes ou de outros membros da manada.
Todavia, o que mais os maravilhou foi a constatação de que os elefantes se lembram de quem fez o mal e não perdoam. «Conhecidos por terem boa memória, os elefantes guardam recordações e, no caso de serem más, não perdoam e podem vingar-se», concluem os investigadores no estudo que publicaram na revista norte-americana «New Scientist».
Os cientistas suspeitam, mesmo, que esse sentimento de rancor e desconfiança em relação à raça humana se transmite de geração em geração.
A revolta dos elefantes também acontece noutro país africano, o Uganda, e os ataques destes animais repetem-se na Índia, pelo mesmo motivo.
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Predador sem piedade.
Os humanos são criminosos que deixam pistas. Provas arqueológicas confirmam que a extinção dos elefantes se deve à caça praticada pelos humanos e não por alterações do clima.
Há um milhão de anos, os paquidermes movimentavam-se por todo o globo. Mas, quando os humanos migraram de África para povoar o resto do mundo, caçaram os elefantes até à extinção na Europa, América e Oceânia.
As provas do crime foram estudadas pelo arqueólogo norte-americano Todd Surovell e pelos seus colegas. Visitaram 41 locais arqueológicos nos cinco continentes. Os vestígios encontrados vão desde 1,8 milhões de anos até há dez mil anos. E mostram que elefantes e humanos viveram juntos nos mesmos locais e que só estes últimos sobrevivem na Terra inteira.
Actualmente, restam entre 30 e 50 mil elefantes na Ásia, dos quais 20 mil na Índia, e 250 mil nas zonas tropicais de África, sobretudo no Uganda, Tanzânia e Quénia. Neste último, o número de paquidermes diminuiu de 167 mil em 1970 para 16 mil em 1989. Em 1990, o comércio do marfim foi proibido e, desde então, o número destes animais elevou-se a 25 mil.
In "Audácia - Revista eletrónica"
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4/19/08

The Elephant Song - Lição para os homens que não gostam de elefantes...

(Imagem original daqui)
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Enquanto em África o elefante e o as animais da selva são desrespeitados, mortos em seu habitat natural, Eric Herman, cantor-compositor de músicas para jovens canta sobre elefantes e outros animais para estimular a imaginação e o amor das crianças pelos bichos da floresta, pela vida.
O vídeo foi criado pela sua mulher, Roseann, com a ajuda da sua filha de três anos, Becca.
Bela lição que pode acompanhar aqui:
(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a rádio "ForEver PEMBA.FM" no lado direito do menu deste blogue.)
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E o portal do Eric Herman:

3/04/08

A chacina dos elefantes está legalizada na Républica da África do Sul...

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui)
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É ! Na vizinha África do Sul está práticamente aberta a "temporada de chacina" dos elefantes.
A pretexto dos inconvenientes gerados pela superpopulação oficializa-se o assassinato puro e simples destes animais quando, actualmente, todas as espécies de elefantes são considerados como espécies em perigo de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN).
Se a "moda" pega, quem sabe um dia destes e a ensejo dos problemas ocasionados pelo ser humano ao planeta terra, ecológicamente falando, em consequência também da crescente superpopulação humana na Ásia, África, América do Sul ou em qualquer país do terceiro mundo, não aparecerá algum governo liderado por ditadorzeco populista oficializando e ditando o mesmo procedimento para com o ser humano?... Imaginem a "manchete":
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- O governo tal anunciará amanhã que permitirá o sacrifício de seres humanos a partir de tal mês... Segundo o ministro fulano de tal, o sacrifício é necessário para controlar a população de seres humanos e reduzir o impacto destruidor à natureza que o mesmo ser humano vem causando com sua falta de educação ecológica, ambição, egoísmo... ... ... e aí por diante !
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Afinal, a distância conceitual e de procedimento é curta.
Pois aqui transcrevo como lembrete, a aberrante "notícia" sobre o assunto, produzida no diário Notícias-Maputo de de 29Fev2008:
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""AMBIENTE - RAS abate elefantes
O governo sul-africano anunciou na última segunda-feira que permitirá o sacrifício de elefantes no país a partir de 1º de Maio. Segundo o ministro do Ambiente e Turismo da África do Sul, Marthinus Van Schalkwyk, o sacrifício é necessário para controlar a população de elefantes no país.
Esta será a primeira vez que o governo permitirá a matança dos animais desde que o sacrifício foi proibido, em 1995. Há estimativas de que o número de elefantes aumentou de 8 mil para 20 mil animais desde o fim dos sacrifícios.
No comunicado, o ministro afirmou ainda que a prática será permitida apenas em último caso e que o governo adotará outras técnicas para o controle da população de elefantes, como o uso de contraceptivos e o transporte de animais para áreas menos habitadas.
De acordo com Van Schalkwyk, o sacrifício será adotado apenas depois de várias considerações "com todas as opiniões consultadas", afirmou.
A população que reside em regiões próximas de onde vivem os elefantes reclamam que os animais são perigosos, comem as frutas e competem com os humanos para beber água.
No comunicado desta segunda-feira, o governo sul-africano afirmou que está ciente de que a decisão vai causar "emoções fortes" e despertar a oposição de ativistas de direitos dos animais.
Apesar disso, o ministro afirmou que "o equilíbrio da biodiversidade e as pessoas que vivem próximas dos elefantes" também precisam ser consideradas.
A ONG de direitos dos animais Animal Rights Africa afirmou que os elefantes têm habilidades cognitivas bem desenvolvidas e são alertas sobre o espaço. "Quanto mais parecidos conosco precisam ser os elefantes para que matá-los seja considerado assassinato?", questionou a ONG em um comunicado divulgado antes do anúncio do governo.""
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Finalizo que seria de bom tom e como exemplo educativo para novas gerações buscar, para o equilíbrio da natureza, social e outros, alternativas pacíficas, sem violência nem abate puro e simples de qualquer ser vivo. Tais alternativas são possíveis assim exista sensibilidade, boa-vontade e apego ao planeta-terra. E, aliadas à ciencia moderna podem equilibrar o convívio elefante-homem e... homem-homem.
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1/14/08

Palma, em Cabo Delgado declara guerra aos animais...

POR VENTURA ALGUÉM JÁ INDAGOU OU TENTOU PESQUISAR O PORQUÊ DE OS ANIMAIS DA SELVA, NOMEADAMENTE OS ELEFANTES AFRICANOS, EXERCENDO SEU INSTINTO NATURAL DE SOBREVIVÊNCIA, PASSAREM A DESTRUIR AS CULTURAS AGRICOLAS E A HOSTILIZAR O SER HUMANO ?
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Palma - Cabo Delgado: Conflito Homem/animal ganha níveis calamitosos - Pedro Nacuo, Maputo, Segunda-Feira, 14 de Janeiro de 2008:: Notícias
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Cerca de 370 hectares de culturas diversas, entre as quais extensas áreas de palmar, cajueiros, mapira, mandioca e arroz, foram destruídas em Palma por elefantes e outros animais bravios, deixando sem sustento 836 famílias.
A acção dos animais naquele distrito setentrional está a tomar níveis de uma calamidade natural e o Governo distrital ainda não possui nenhum plano para socorrer as vítimas, embora reconheça que o conflito representa um dos mais persistentes problemas, que trava o bem-estar dos habitantes daquele ponto da província de Cabo Delgado.
Numa visita efectuada semana finda à Palma, constatou-se extensas áreas de palmar e de cajueiros destruídos, assemelhando-se à acção de um ciclone, sobretudo no posto administrativo de Quionga, com destaque para a sede e as aldeias de Namoto e Quirinde, onde famílias estão de braços cruzados depois da razia das suas culturas, provocada pelos animais bravios.
O elefante é apontado como sendo o mais destruidor.
Amade Issa, um dos residentes da sede do posto administrativo de Quionga, perdeu 310 coqueiros e 210 cajueiros. Trata-se de um dos cidadãos que representa apenas uma das 836 famílias estimadas pelo Governo distrital.
A vítima não esconde a sua total insatisfação, sobretudo por as autoridades não se mostrarem capazes de resolver o conflito nem de minorar a situação calamitosa em que se encontram as pessoas depois de verem os seus produtos arrasados pelos paquidermes.
“Eu estou a falar de 310 coqueiros, 10 hectares e 210 cajueiros meus que foram deitados abaixo por elefantes. Os animais destruíram ainda machambas de mapira e de mandioca. Não sei o que darei à minha família, composta por duas esposas e treze filhos”, disse.
Neste momento, conforme o nosso entrevistado, a população residente nas três regiões citadas vive de peditórios ou recorre à outras formas para conseguir algo para comer na vizinha Tanzânia.
O chefe do posto de Quionga, Francisco Kawawa, disse ter caminhado as preocupações ao distrito e as autoridades de Palma falam da estratégia local que consiste na criação de uma unidade de caçadores locais a ser estabelecida naquele ponto e ainda sobre algumas medidas tradicionais.
Kawawa confirmou que os elefantes atacam todos os dias a acrescentou que as estruturas já perderem a contagem das áreas cultivadas e que foram destruídas.
“O resultado imediato é a fome que enfrentaremos este ano, pois todo o esforço dos camponeses foi em vão. Localmente, a solução passa pela criação de uma unidade de caçadores e pelo recurso a métodos tradicionais, mas receamos que não sejam eficientes”, disse.
O chefe do posto ajuntou que os ataques agravaram-se em 2007, falando-se de muitos grupos de elefantes, embora sublinhe que os maiores estragos são responsabilizados a um paquiderme solitário.
Palma situa-se no extremo do país, junto à fronteira com a Tanzania, na zona de Cabo Delgado, que deu o nome àquela província e tem na agricultura como o principal sustento dos seus habitantes.

11/23/07

Elefantes - Espécie em extinção ?

(imagem daqui)

Apreendidas mais de seis toneladas de marfim resultante de abate ilegal.
Maputo - Moçambique possui mais de seis toneladas de marfim guardados em vários armazéns a escala nacional.
Estas quantidades resultam da apreensão de marfim em Maputo, no sul do pais, Manica e Tete, no centro, bem como em Niassa e Cabo Delgado, províncias nortenhas.
O marfim em destaque foi armazenado na sequência da caça furtiva ao elefante.
De acordo com a autoridade administrativa da Convenção Internacional de Comercio de Espécies em Extinção (CITES) em Moçambique estas quantidades vão se acumulando porque o país não pode vender o marfim porque a sua comercialização é proibida.
Antes do banimento do comércio de marfim no mundo, em 1989, Moçambique vendia um quilograma deste produto a 116 dólares norteamericanos (ao cambio daquela altura).
O maior comprador era o Japão.
Sanções Mahanjane, da autoridade administrativa da Convenção Internacional de Comercio de Espécies em Extinção (CITES), disse que as mais de seis toneladas de marfim deviam ser colocadas num depósito nacional, uma vez que se trata de um produto que requer cuidados para não perder qualidade.
No ano passado foram roubadas quantidades não especificadas de marfim num armazém localizado em Cabo Delgado. A fonte revelou que os custos de transporte da mercadoria é que fracassaram a iniciativa de agrupar o marfim num único armazém.
A AIM apurou que, em 2005, o Governo conseguiu transportar marfim num armazém de Tete, Centro do pais, para Maputo, via aérea, operação que custou 180 mil dólares para 2.5 toneladas.
Outra iniciativa foi de transportar, por via terrestre, de Manica para Maputo.
“Estas quantidades resultam da confiscação da caça furtiva, morte natural do elefante, abate por este ser problemático, ou por conflito com o homem.
O marfim devia estar concentrado num único sitio mas por falta de meios para transportar ainda esta muito disperso”, disse a fonte da AIM.
Bonito Mahanjane contou que algumas pessoas interessadas apresentaram proposta de compra do marfim a nível do pais, reiterando a posição de que não deve haver abate ilegal de marfim e nem o seu comércio.
Mas tal proposta não foi aceite pelo Governo, que não concordou com as condições impostas pelos interessados, principalmente de destruir o marfim no país, tendo em conta o valor que representa para os moçambicanos.
A situação da acumulação de marfim se verifica também noutros países da região, com destaque para África do Sul, Namíbia, Botswana e Zimbabwe, uma vez que estes possuem uma população muito elevada de elefantes.
Estes quatro países da região decidiram, em 1989, continuar a comercializar o marfim, tendo exportado este produto depois do seu banimento.
Este banimento surgiu do facto de se ter verificado que o abate ilegal de elefantes estava a crescer e que punha em risco a extinção desta espécie.
Fátima Mimbire-AIM-Diário de Notícias, 22/11/07-n. 1027.

Alguns link´s com referências a marfim e elefantes:

11/07/07

Elefantes aprendem a se fingir de mortos para denunciar caça...na Índia !

(Foto: Rupak De Chowdhuri/Reuters)
Exemplo que deveria ser colocado em prática em Moçambique-Cabo Delgado:
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Um elefante se finge de morto em Siliguri, na Índia, na terça-feira (6).
O "ator" vive num santuário onde todos os elefantes passam por um adestramento para conseguir isso.
A "encenação" serve para lembrar as condições dos elefantes fora das reservas, sujeitos à ação dos caçadores.
O adestramento acontece numa reserva na cidade indiana de Siliguri.
Animais fora de santuários são presas fáceis de caçadores.
Do G1, no Rio, com informações da Reuters-07/11/2007-01h01-Atualizado em 07/11/2007-07h03
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Leia mais sobre "elefantes" aqui e aqui,