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6/24/08

Diversificando - ENCANTAMENTO e VENTO...Côr e poesia.

(Clique na imagem para ampliar)
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vento
minhas mãos são de prata

o vento disse nada

vento
minhas mãos são de oiro

o vento disse nada

vento
minhas mãos são de água

o vento disse
lavas-me a alma manchada

vento
minhas mãos são de pedra

o vento disse nada

vento
minhas mãos são de pano

o vento disse
enxugas-me as lágrimas de areia que trago d'áfrica

vento
minhas mãos são raízes

o vento disse
penteio contigo teus longos cabelos nas noites estreladas

vento
porque minhas mãos são de vidro

o vento disse
pra poder espreitar por elas teu sorriso vivo

vento
sopra em minhas mãos de prata
de oiro
de pedra
e faz um caminho largo
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- Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal é também, além de poetisa, artista plástica e escritora. Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net aqui:

3/03/08

Moçambique, turismo e a ocupação desordenada do litoral de Pemba...III

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui)
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Sobre a ocupação desordenada e irresponsável do litoral de Pemba, os "alertas" vêm sendo feitos já hà alguma tempo. Será que os escutam ?...
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Do livro “O MAR QUE TOCA EM TI” escrito e publicado por Inez Andrade Paes em 2006:

Dia de Natal.
Um dia como os outros, talvez mais sereno que o anterior. As ondas também calmas convidam a chegar à água.
A manhã passou como habitualmente com a companhia das crianças e de alguns jovens. Antes da hora de maior calor surgem com mais ventos e ondas no Mar, no passeio que vem dar à casa dois homens.
Um que trabalha na recepção e um jornalista da rádio local.
- Podemos fazer-lhe uma entrevista?
- Sim!?
- Estamos a entrevistar todos os estrangeiros que vieram para passar esta época connosco e saber o que estão a achar de Pemba.
- Eu não sou estrangeira. Nasci em Pemba e tenho muito gosto em falar da minha terra e de vos dizer o que acho depois de anos de ausência.
O jornalista ainda hesitou em fazer-me a entrevista, porque era só para estrangeiros, mas ligou na mesma o microfone. Esta poderia ser sempre incluída noutro programa.

- Falei da beleza do Mar da forma como cada um de nós olha para ele e transmite a sua voz. Do recorte da praia que foi alterado, para um recorte protuberante e enriquecido só para uma minoria, devastado para aqueles que só dali vivem. A barreira de coral que meticulosamente vai perdendo o seu bordado, impedindo-a de fazer o seu trabalho. O Mar entra agora com mais fúria, uma fúria preventiva a mostrar um alerta urgente.
Venho de longe mas aqui pertenço. Venho de longe o Mar me chamou para dar som a vozes adormecidas a olhares perdidos e desencantados. Moralmente me obrigo e pela voz do Mar o faço.-

A entrevista foi dada.
O jornalista curiosamente tinha o mesmo nome que o de minha Mãe, fora ela que tinha inaugurado aquele emissor. O Emissor Regional de Cabo Delgado.
Não consegui ouvir a entrevista que foi transmitida duas vezes em dias separados. Soube-o mais tarde já na capital, mas consegui ouvir o som do martelo com ponta de borracha que batia nas placas de metal cada vez que se fazia uma pausa de programa ou principiava ou acabava a emissão. Como fez rir e sorrir e voltar a rir o seu som a tocar na memória tão presente.

Vejo-os ir. O jornalista com o gravador à tiracolo com os fios do microfone a tombar de lado e o recepcionista com seu olhar cativante e simpático. Tinha feito parte da promessa ao Mar...
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Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal é também, além de poetisa, artista plástica e escritora.
Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net aqui:

3/27/07

QUALQUER UMA.


Que belas são as Árvores, qualquer uma. Quando entramos no mato, na floresta ou no bosque a energia que as Árvores nos dão é tão especial que nos faz escrever histórias de gnomos de feiticeiros e de magos. Quando entrei na floresta escandinava eram os Gnomos que corriam atrás de mim, ouvia-lhes os passos nas folhas mas não os via. As folhas crepitavam feitas brasas quase arrefecidas quando seus pézinhos tocavam nelas.
Subiam nas minhas calças largas e chegavam a pendurar-se no meu cabelo para se balouçar com seus risos e gritos alegres e afinados. Tão coloridos estavam vestidos que pareciam flores a abrir no tecido.
Gostei sempre de ir apanhar cogumelos nas florestas escandinavas, sei que albergam a Vida mais pura e bela naquele Norte frio. É ali que as Árvores nos falam e nos segredam aos ouvidos os mistérios da Vida.
Estes segredos quem os alberga são as Árvores, quantos terão para contar a quem nestas florestas entrar.
Inez Andrade Paes
27 de Março de 2007
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Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora. Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net, aqui:

12/27/11

Em memória de D. Naílde

O mar de PEMBA - Imagem de Inez Andrade Paes

ao Jaime e ao Júlio


mar quebras macio
nos areais do Índico
e manso e morno


leva a tua mão a dar
quem te aguarda


é o Senhor


Inez Andrade Paes - "Contos de Fadas Não de Reis", 6 de Dezembro de 2011
Em homenagem à querida e eternamente lembrada Mãe Nair Vieira Soutelinho Ferraz Gabão, nascida em Pereiro de Agrações - Vidago/Chaves em 07/NOV/1925 e que nos deixou neste dia de 06/DEZ/2011, em Aveiro-Portugal. Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em  Dezembro de 2011.

11/08/05

OS PÁSSAROS



OS PÁSSAROS

num olhar vago
ver-te-ei
com traços de memória

por queda e rendição
do que vos fizeram
sofrer

o homem

pássaro alado
que bem alto
voas
nem tu
escapas ao golpe
do instinto

fadado

o homem

*Inez Andrade Paes/Novembro de 2005
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*Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora.
Alguns de seus procurados trabalhos podem ser apreciados, com limitações, aqui:

10/17/05

A Arte de Inez Andrade Paes em Válega - Ovar



Posted by Picasa

A não perder

Biblioteca Municipal de Ovar - Pólo de Válega

Cortejo Etnográfico de Válega - 2005
Fotografias de: Inez Andrade Paes , artista plástica natural de PEMBA

Via: http://geocities.yahoo.com.br/arteinez/index.htm

9/28/05

Homenagem a Lêdo Ivo


(Clique na imagem para ampliar)
Posted by Picasa
De Inez Andrade Paes, artista plástica natural de Pemba-Moçambique e residente em Portugal:
Em homenagem a este poeta, Lêdo Ivo, que Álvaro Lins considera " Um dos três grandes da moderna poesia brasileira" e que recentemente foi agraciado com o Prémio Telecom de Literatura Brasileira, deixo-vos este poema que retiro do livro 50 POEMAS ESOLHIDOS PELO AUTOR , por ele oferecido a Glória de Sant' Anna.

Inez Andrade Paes
PRIVILÉGIO

O dia voa como um pássaro
e os pássaros voam como os dias
num movimento perpétuo.

Os dias voam e são pássaros
As belas imagens do mundo
emigram levadas pelas águas.

Onde estou, a horrível plumagem da morte
não se atreve a cobrir-me. No dia inumerável
os sonhos voam como pássaros.

Ajustei-me às constelações.
Sou um homem que está caminhando
rodeado por todas as estações da terra.

Lêdo Ivo

4/22/05

Exposição - Quadros de Inez Andrade Paes


Posted by Hello

Envolta nas magníficas cores criadas pela artista plástica Inez Andrade Paes (natural de Pemba), acontece exposição de quadros inéditos, dia 25 de Abril às 13h, em simultâneo com a inauguração do Polo da Biblioteca de Válega - Ovar - Portugal.
Aguarda-se a presença dos Amigos, também !

3/18/05

GESTOS


Gestos

formas
tocam
invisíveis

tocam

sua geometria
guardei
moldada com o olhar
nas horas mortas

num gesto
sereno e franco
se quebram
e se perdem
para outro olhar
como o meu

bocados reunidos
na tentativa
de continuar
sua história

reunidos

deduzo do gesto
as palavras
que me prendem
me recriminam
e me consolam

deduzo dos gestos
a presença
dos meus mortos

que me prendem
me fitam
me consolam

reuno os bocados
e componho
com o olhar
nas horas mortas

Inez Andrade Paes
-Artista nascida em Pemba residindo em Portugal
*Conheça a ARTE DE INEZ ANDRADE PAES
( http://geocities.yahoo.com.br/andradepaes/arteinez.htm )

11/15/07

Relembrando a Empresa de Táxis Aéreos OCAPA.

(Clique na imagem para ampliar)
Fotos cedidas por Inez Andrade Paes.
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OCAPA I - Alguns dados disseminados pelos arquivos deste blogue ao longo do tempo e que servirão de apontamento para a história da aviação cívil em Cabo Delgado:
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...Após elaboração de estudo económico proposto aos serviços respectivos, criação de uma carreira aérea ( OCAPA - Organização de Carreira Aérea de Porto Amélia ) que sobrevoava todo o distrito de Cabo Delgado, a distribuir correio e a transportar passageiros.
Pioneira nas carreiras aéreas em Cabo Delgado por iniciativa do Arquitecto Andrade Paes, operava com dois monomotores e um bimotor "mininor".
Fazia também intercâmbio com os aviões bimotor da empresa de Yves Lebret, fundador nos anos 50, nas Ilhas Comores, da Air Comores, para promoção do turismo entre Cabo Delgado e essas Ilhas.
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Textos sobre a OCAPA: aqui, aqui-2, aqui-3, aqui-4, aqui-5, aqui-6, aqui-7 .
Texto sobre a Air Comores.
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Se possuir informações, documentos, notícias que possam contribuir para informar e registrar o que foi e o que é Pemba - Cabo Delgado em Moçambique, poderá enviar-nos pelo e.mail gotaelbr@yahoo.com.br.
Colocamos o espaço virtual deste blogue à disposição.

5/10/10

Retalhos: De Porto Amélia a Pemba - Apontamentos de Histórias Perdidas 2...

Outras Histórias perdidas...:
Ex-farmacêutico, ex-polícia, José Alves vive (vivia em Portugal...) em condições desumanas!!!!

DR. JOSÉ ALVES - O Diabo (jornal português) retoma a causa dos espoliados das ex-colónias e aborda mais um caso humano dramático: José Alves, de 88 anos, vive agora os últimos dias da sua vida em condições difíceis. Para trás fica uma história côr-de-rosa de um licenciado em Farmácia por terras de Moçambique:
Da polícia para a Universidade - Na recôndita aldeia de Gondelim, concelho de Penacova, todos o identificam como o «doutor José Alves», devido ao seu passado como farmacêutico. Este idoso, de barba e cabelos brancos em desalinho e unhas enegrecidas, move-se com muita dificuldade, apoiando-se num providencial cajado.

A idade não perdoa. Para ele o tempo passa devagar. Muito devagar. Revela uma lucidez e uma preparação intelectual invulgar para um homem de tão provecta idade. Vive ao abandono e somente a generosidade dos sobrinhos lhe disfarça a fome. Sobrevive com uma parca pensão de 30 contos.

Ele é um dos muitos espoliados das ex-colónias, que, da noite para o dia, ficou com uma mão-cheia de nada. Dir-se-ia que como o deste homem, nascido no período em que a I República dava os primeiros passos, há centenas de casos em Portugal. É possível. Mas cada história é uma história, e a de José Alves reveste-se de peculiaridades.

A pacata Gondelim, nas imediações da Barragem da Raiva, foi a terra que o viu nascer. Afecto à classe dos "pés-descalços" como faz questão de realçar, começou logo aos 5 anos a trabalhar no campo. «Não de sol a sol, mas de estrela a estrela», apressa-se a corrigir. O serviço militar foi cumprido em Vendas Novas. Os estudos ficam para trás sem grande êxito, apesar das otencialidades que todos lhes reconhecem. Concluiu o 2º ano do liceu apenas com a instrução primária cumprida. Entretanto, aceita o desafio de dois colegas e concorre à polícia.

Entusiasmou-se, e mais tarde retomou os estudos. A experiência obtida numa farmácia da terra fá-lo ganhar o gosto por estas matérias. Demanda a «cidade dos estudantes», onde tira o bacharelato em Farmácia, para espanto de muitos que indagavam o que fazia um polícia na universidade. Só posteriormente, com 35 anos e uma distinta média de 15 valores, logra a licenciatura na Universidade do Porto. Inicia o périplo por algumas farmácias do País, primeiramente no Padrão, no centro da cidade do Porto.

Mas o apelo das províncias ultramarinas revelar-se-ia mais forte. Em 1948 instala-se em Moçambique, na cidade de Lourenço Marques, na Farmácia Augusto Nazaré, onde era sócio a título simbólico, porque «a lei assim o obrigava». O despedimento leva-o até ao estabelecimento de João Ferreira dos Santos, na ilha de Moçambique, descoberta por Vasco da Gama em 1498 e onde os portugueses se instalaram em 1506. Reconhece que em três anos de permanência em África arrecadou mais do que nos restantes anos em Portugal. «Só para dar uma idéia, passei de dois para seis contos por mês, o que na altura era significativo.»

Em 1956 atinge a emancipação, quando passa a gerir a única farmácia de Porto Amélia. O facto de ter prescindido de ajudante obrigou-o a uma entrega total ao negócio, trabalhando «24 sobre 24 horas». -Ganhei a independência e deixei-me ficar para ver se ganhava mais algum. Só num mês acumulou 50 contos.

O esboroar do sonho africano - Os dias de tempestade levam-no à cadeia, apesar de ser o primeiro a reconhecer que o «preto moçambicano gostava de ser português». Detido, conviveu com nove pessoas como sardinha em lata, sujeitos a torturas e interrogatórios numa cela à temperatura de 40 graus. As acusações de traidor eram as mais frequentes no tempo de cativeiro, período em que perdeu dez quilos. -Só havia pão e água, e o peixe que serviam era podre e nem os cães o queriam comer, relembra.

Entretanto, dá-se a transferência da prisão provisória de Porto Amélia para o estabelecimento prisional de Machava, em Lourenço Marques. «Não me mataram porque não quiseram», relata, e conta as suas experiências nesta prisão política.

Aos 65 anos regressa a Lisboa, com "alguma roupa e um transístor". Dinheiro nem vê-lo. Antes de ser detido depositou cinco mil contos no consulado português em Moçambique, quantia que nunca mais reaveu. Fala com especial ternura do "canudo da formatura, escrito em latim", que o precipitar dos acontecimentos fizeram com que ficasse esquecido nas quentes terras de África.

Já em Lisboa seria acolhido pela Santa Casa da Misericórdia, onde, ironicamente, declara «não ter visto mostras de muita santidade».

À reforma social, no valor de cinco mil escudos, juntava-se o mesmo montante para a reforma da polícia, na sequência de um decreto-lei da responsabilidade de Mota Pinto, que privilegiaria quem tivesse sido funcionário do Estado. Um dia, na Segurança Social, um zeloso funcionário informou-o de que «não podia ter direito a duas reformas». Resultado: ficou reduzido a uma reforma, do tempo em que foi agente da autoridade. Do período em que foi farmacêutico, só perduram as memórias, porque da compensação social, nem tusto.

Por estes dias dorme num leito tosco e pobre sob quatro paredes sem condições, que, gracejando, denomina como «o palácio do doutor». Confessa que sofre muito com os rigores do Inverno, e o que lhe vale é o ar puro proveniente da imensa mancha de pinhal que o circunda - se calhar o segredo da sua longevidade.

Mais um, dos muitos casos, que continuam a escapar à sensibilidade dos políticos da nossa praça.
Nota da redação do "O Diabo": Indaguei, por várias vias, se o Dr. José Alves ainda seria vivo e soube que ele teria morrido em finais de 2001.

AQUELAS FIGURAS DE PEMBA QUANDO ERA PORTO AMÉLIA... ou saudades daquela "má-lingua" - amigável e no bom sentido - que nos fazia sorrir...! - (Trechos extraídos do Bar da Tininha-Yahoo!"):
Sobre o Dr. José Alves - De: Fernando Gil - Data: Dom Mai 11, 2003 10:55 am - E o WalksWagen a apodrecer em frente à porta da farmácia? Lembram-se? Mas não sei se vocês sabem um pouco da história da vida deste Homem. Ele era polícia em Portugal e, ficando sem pais, ajudou um irmão mais novo a formar-se. Como tantas vezes e infelizmente acontece, quando o irmão se apanhou com "canudo" não mais o quiz ver e contactar. Ele, que só tinha a 4ª classe, encheu-se de brio e em 3 anos, a trabalhar, fez o liceu e entrou na Universidade para Farmácia. Foi assim que, quando acabou o curso, foi ter com o irmão com a passagem para Moçambique e o "canudo de farmacêutico" e tanto se quis isolar que escolheu o lugar mais remoto em Moçambique: Porto Amélia, na altura. Era um bom homem que ajudava muita gente cedendo medicamentos de borla a muitos africanos. Um abraço.
- Fernando Gil.

De: Jorge Alberto Eusébio Carneiro, Data: Dom Mai 11, 2003 12:00 pm - Lembro-me sim que era o José Carrilho, magro de estatura média/alta. Dos frequentadores do Bar para além de todos os nomeados muitos outros como o Cristina (Mário?) (Sagal e algodão-compras??), o Nuro Gani muito amigo da minha familia e de nós em especial e de muitos dos condutores de camião ao serviço da Sagal. Pesquei também nas noites na ponte/cais com o dr. Alves e isto numa altura em que em 57/58 o Governo deu a possibilidade de férias pagas a quem cá estivesse na Universidade e tivesse os Pais em Àfrica; as alternativas então eram ir para o cais no fim da tarde/noite, ir para o Desportivo ou para o Pemba jogar ping-pong. Foi por esses anos que a praia do Wimbe começou a ser mais frequentada; até então era a praia em frente à Sagal e de vez em quando a chamada praia do Palmar que julgo eu era nas cercanias do Wimbe. Bom domingo a todos.
- Jorge Carneiro.

Sobre o Carling do Miéze - De: Antonio Fernandes Coelho - Data: Seg Mai 12, 2003 5:34 am - Assunto: Alemão solitário - De seu nome Carling (é assim que se escreve?) era o maior fornecedor dos saborosos carangueijos nados e criados nos matopes e mangais do Mièze...
Por falar em figuras "típicas" daqueles tempos; quem se lembra daquele que, na loja do Ávila ao lado do Marítimo, recusou comprar umas quantas chávenas porque, segundo ele, tinham a asa do lado esquerdo e lá em casa ninguem era canhoto?
Se não é verdade, pelo menos a história corria... e umas tantas outras do género, atribuidas ao mesmo personagem?
Fica o desafio à vossa memória.
E quem se lembra do pequeno-grande homem, alfaiate, de nome Piera?
Vamos lá a puchar pelos neurónios... e a tirar do baú as recordações que pertencem à infância de todos.
RECORDAR É VIVER!
- António Fernandes Coelho.

Sobre o Dr. José Alves - De: João Manuel C Araujo - Data: Seg Mai 12, 2003 5:52 am - Do Dr. Alves lembro-me de 2 curiosidades:
  1. Uma vez tive uma virose, supostamente depois de ter sido objecto de rigorosas manifestações de irritação por parte de uma cria de Leoa capturada pelo Sr Nunes Vicente (lembram-se dele?). O Dr. Alves, que além de bom coração era conhecido pela sua frontalidade teve o seguinte comentário dirigido à minha Mãe: "Ó minha senhora, isso não é nenhuma virose. É daquelas doenças que periodicamente matam uma data de crianças por aí!". Mas sou mesmo eu que vos estou a escrever...
  2. Conta-se (será talvez lenda) que periódicamente ia ao Banco com um tambor de lata de óleo cheio de notas para fazer depósitos (a curiosidade é o tambor).

Já agora, e prometo continuar brevemente, lembro:

  • A madame Dallman(?) que foi a primeira senhora que vi a conduzir camião e a fumar cachimbo. Se bem me lembro vivia ao lado dos Andrade Pais.
  • Um capataz alemão da plantação do sr. Moreira Longo, de nome Siegert, que tendo adormecido em cima de uma árvore enquanto esperava por um leopardo caiu da árvore quando o leopardo lhe "atirou" com um rugido.
Abraços,
- João Manuel Araújo.

Sobre o Dr. José Alves - De: Antonio Fernandes Coelho - Data: Seg Mai 12, 2003 7:20 am - Falando do Dr. Alves, contava-se ainda a história de uma conhecida e querida figura da "nossa Praça" que um dia lhe foi pedir um creme para as rugas.
O nosso amigo, com ar pensativo, pôs-se a olhar as prateleiras dos medicamentos enquanto cantarolava baixinho:

- "Oh tempo, volta p'ra trás"...

Estava aviada a receita...
- António Fernandes Coelho

De: Jaime Luis Gabão - Data: Seg Mai 12, 2003 10:48 am - Assunto: Re: Alemão solitário - O tal das chávenas... Parece que lembrei... Não seria o famoso Pinto da Cunha ?...
- Jaime Luis Gabão

De: Inez Andrade Paes - Data: Seg Mai 12, 2003 11:53 am - Jaime, era sogra do Sr.Frank também consul da Alemanha que trabalhava na Pillipy. Era a Frau Dalman que nós por sermos amigos dos netos dela a tratávamos por Oma (Avó). Eles viviam mesmo ao nosso lado.
Muitos se devem recordar daquela pequena ponte que ficava no meio da grande avenida que ía ter aos fusileiros e que chamavam de Gravata.
Foi essa Senhora que numa das suas idas para "Pequena Macarara" (a machamba mais pequena ali perto da cidade)e já com um "grão" valente na asa, deitou uma das guardas da ponte abaixo, pois além de fumar muito gostava dos seus Whiskies...
Foi a melhor maneira de fazer ali uma avenida decente.
Mais um abraço,
- Inez Andrade Paes.

De: Antonio Fernandes Coelho - Data: Seg Mai 12, 2003 12:27 pm - Assunto: Recordações - Sim, Jaime, a pessoa em questão na história das chávenas é mesmo essa.
Falava-se ainda de uma sua ida à Capitania do Porto para obtenção de licença para ter o Petromax aceso na varanda. É que, no gozo, o "velho" Patacua, ex-faroleiro, o convencera de que a luz podia induzir os navios em erro... (da casa dele nem o mar se via, embora fosse perto).
Havia histórias fabulosas naquela terra! Basta começar a recordar e é como as cerejas; vêm umas atrás das outras.
Lembram-se de alguém que, à noitinha, junto ao Estádio e escondido no banco trazeiro de um carro, levou com uma chapa de matrícula na tola?
NB: Desculpem mas aqui não há nomes.
- António Fernandes Coelho.

De: Zé Norberto - Data: Seg Mai 12, 2003 1:46 pm - Assunto: Re: Recordações - Eu era muito miúdo, mas falavam tanto das originalidades dele que virou "herói" da minha infância. Devia ter tido qualquer coisa a ver com o carvão. Não foi por isso que vocês, os da geração do Tó Coelho e do Jaime, terão dado carinhosamente a alcunha de Charbonnier ao filho, irmão da Adélia, ou já estarei confuso?
Um dia foi à Niassa Comercial devolver uma máquina de escrever novinha que havia comprado só porque alguém lhe disse que ela dava erros ortográficos!
Um abraço.
- Zé Norberto

De: João Manuel C Araujo - Data: Seg Mai 12, 2003 3:03 pm - Assunto: [Bar da Tininha] Re: Pois... - E doeu que se fartou. Ainda tenho cicatrizes visíveis. Mas o pior estava para vir: quem me tratou foi o inesquecível Dr. Carmo, que não se calou nem 1 segundo enquanto me limpava os cortes.
- João.

De: Antonio Fernandes Coelho - Data: Seg Mai 12, 2003 5:07 pm - Assunto: Recordações - Oh Zé Norberto,
Com pena minha mas estas (maldita falta de acento aqui no teclado de casa) enganado.
O Charbonier era o saudoso Luis Faria (o pai negociava carvão e a malta, pimba: Sai alcunha. Sabes como é...).
Essa da maquina de escrever estava engatilhada mas disparaste tu, tudo bem. Vale na mesma.
Rodam-me na mente mais algumas historietas que irão saindo com o tempo. Saborear devagar sabe melhor.
Quanto a nomes, tem paciência Jaime mas tem que ser com muitos "pesinhos de lã" pois casos ha que são um tanto sensiveis.
Vamos com calma. Voltaremos à chapa na tola. Prometo.
- António Fernandes Coelho.

De: Zé Norberto - Data: Ter Mai 13, 2003 6:13 pm - Assunto: Re: Recordações - Obrigado, Tó Coelho. Bem me parecia que eu estava equivocado sobre qual deles tinha tido o privilégio de ser rebaptizado Charbonier. Ainda bem que a tua memória é mais fiável do que a minha!
Um abraço.
- Zé Norberto.
(Transferência de arquivos do sitio "Pemba/Régua" que será desativado em breve)

7/20/11

CONCERTO DE HOMENAGEM A GLÓRIA DE SANT'ANNA - 2

Transcrição:
Homenagem a Glória de Sant' Anna - Reflexos

Já o deveria ter feito, mas ontem foi-me de todo impossível. Ainda tentei escrever, mas estava demasiado cansado e extasiado pelo domingo excepcional que tive e tivemos.

Sempre participei com a minha CAMERAʇtA IBÉRICA, desculpem-me este "puxar a brasa à minha sardinha", na mais que merecida e justa homenagem à poetisa Glória de Sant'Anna. E foi bom, muito bom, mesmo. Deu para perceber que a música orquestral tocada por 5 instrumentistas de grande valor técnico e musical, é bem aceite, assim como as minhas canções(zecas). A nossa soprano convidada, Jacinta Almeida, é sem sombra de dúvida uma cantora de eleição. Que magnífica interpretação de todas as minhas 5 canções! Obrigado, Jacinta! Aos músicos acompanhantes e integrantes deste novel agrupamento musical, Alfonso Pineda, Amadeu d' Oliveira, Antonio Mateu, Cecília García e Ruben Venegas, só lhes posso agradecer do fundo do meu coração. Parabéns a todos!

E já que estou em maré de agradecimentos, quero deixar os meus parabéns à Câmara Municipal de Ovar pela excelente organização de um evento simples, mas cheio de emoção.

Também tenho de agradecer à família Andrade Paes, irmãs Inez e Andrea e demais amigos e amigas, pela sua participação e colaboração, que sem a sua preciosa ajuda esta homenagem não teria tido nem sido tão calorosa, emocionante e comovente.

Tanto eu como os músicos adorámos estrear-nos em Ovar!

Penso que todos gostaram da nossa actuação, apesar de não ter sido brilhante, ainda que com grandes momentos de virtuosismo e musicalidade raras, não esmoreceu nem escureceu tão importante acontecimento.

Vou e vamos, de certeza que sim, ficar ligados a Ovar de coração, pela gentileza e amabilidade e pelo bem-fazer. Eu já o estava antes, pois a beleza e grandeza da poesia de Glória de Sant'Anna leva o meu imaginário para terras longínquas (Moçambique) onde nunca estive e outras onde estive.

Como não é todos os dias, nem meses, que um compositor tem a oportunidade e o privilégio de apresentar em estreia mundial, unicamente um concerto só com trabalhos seus, só tenho que agradecer a todos que trabalharam para que acontecesse. E que obras, meu Deus! Difíceis, difíceis, difíceis! Grandes músicos!

Grato, sinceramente, pelos livros, Inez e Andrea!

Em meu nome, da minha família e da CAMERAʇtA IBÉRICA, um obrigado muito grande, ENORME, à família Andrade Paes!

Até breve.

Fontes de Imagem e texto: Vasco M. N. Pereira-blogue, Jacinta Almeida - Soprano. A homenagem aconteceu na noite de 3 de Julho de 2011 no Centro de Arte de Ovar-Portugal. Clique na imagem acima para ampliar.
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Homenagem à poetisa Glória Sant’ Anna: Uma noite de poesia e música

No passado domingo, à noite, o Centro de Arte de Ovar foi palco do espetáculo de homenagem à poetisa Glória Sant’Anna. A qualidade marcou a iniciativa, que pretendia reconhecer esta grande poetisa, que nasceu em Lisboa, viveu em Moçambique e passou os últimos anos da sua vida, na terra de seu marido, em Válega.

A ideia desta homenagem partiu do compositor e maestro Vasco Pereira, que após a leitura de um dos livros da homenageada, "Amaranto", criou duas canções, "É o vento" e "Pescador", bem como a obra para um coro a quatro vozes. Vasco Pereira, bem tentou obter por escrito a autorização da poetisa Glória Sant`Anna, mas todas as entidades contactadas acabaram por ignorar os seus pedidos. Posteriormente e depois do seu falecimento, este maestro apresentou o projeto à Câmara Municipal de Ovar e esta deu "luz verde" para que o mesmo avançasse.

O espetáculo de homenagem à poetisa Glória Sant‘Anna foi dividido em duas partes. Na primeira atuou o quinteto "Cameratta Ibérica", que executou quatro arranjos de obras orquestrais de compositores famosos, como, Sabastian Bach e Bela Bartók. - Fernando Souteiro
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GLÓRIA DE SANT'ANNA no Google
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'João Semana' - Homenagem à poetisa Glória de Sant’Anna
Glória de Sant’Anna em Ovar – Uma escrita de água e fogo
'João Semana' - Espelho de imagem primeira página
(Clique nas imagens acima para ampliar)

11/16/07

Relembrando a Empresa de Táxis Aéreos OCAPA - Parte 2.

(Clique na imagem para ampliar)
Fotos cedidas por Inez Andrade Paes.

OCAPA II- Alguns dados disseminados pelos arquivos deste blogue ao longo do tempo e que servirão de apontamento para a história da aviação cívil em Cabo Delgado:
"...Os turistas invadiram a cidade e não deixaram de adquirir as mais variadas lembranças no comércio.
Partiram com saudade e prometeram voltar.
Outros virão dentro em breve.
Para tudo isto, temos que felicitar o Sr. Afonso Henrique Andrade Pais, Director da «OCAPA» que, sem qualquer colaboração especial, deu início a uma tarefa em que muitos pessimistas não acreditavam e com ela soube granjear a melhor propaganda para Porto Amélia.
Os visitantes viajaram num avião especial da «Air-Comores», que trabalha em colaboração com a «OCAPA».
"In “DIÁRIO” de Lourenço Marques – 23/09/1966 – Jaime Ferraz Gabão*"
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*Jaime Ferraz Rodrigues Gabão - Natural da cidade de Peso da Régua-Portugal, tesoureiro até 1975 da empresa algodoeira SAGAL sediada na então Porto Amélia, era também correspondente em Cabo Delgado do jornal Diário de Lourenço Marques, onde mantinha uma página semanal com notícias daquela região de Moçambique. Colaborou e foi correspondente de diversos jornais moçambicanos e portugueses. Faleceu em Portugal dia 18 de Junho de 1992 na sua cidade natal – Peso da Régua .

Textos sobre a OCAPA: aqui, aqui-2, aqui-3, aqui-4, aqui-5, aqui-6, aqui-7
Texto sobre a
Air Comores
Voando em Moçambique

Se possuir informações, documentos, notícias que possam contribuir para informar e registrar o que foi e o que é Pemba - Cabo Delgado em Moçambique, poderá enviar-nos pelo e.mail gotaelbr@yahoo.com.br
Colocamos o espaço virtual deste blogue à disposição.

12/15/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...VIII

O que se vai dizendo ou comentando na internet:
  • A velha história de sempre. A justiça só interessa aos injustiçados, mesmo quando só indiretamente afetados como eu... um simples leitor e fã da cultura Moçambicana em todos os aspectos. Se calar é consentir, o ministério da cultura moçambicana parece dessa forma ter escolhido o caminho do "lavar as mãos...". E porque assim o fará? Essa é a pergunta para quem procuro a resposta. Proteção de amizades? Tráfico de influências na Editora Universitária? Lamentável que o famoso "toma lá-dá-cá" continue marcando a política moçambicana. Deixo aqui minha solidariedade para com o Rafael da Conceição e a reafirmação do meu eterno "não-conformismo" para regras calcadas no abuso das mais básicas regras de respeito humano, social e político. Antonio Maria G. Lemos - ForEver PEMBA, quarta-feira, 12 de Dez 2007.
  • Batem com desatino no histórico de comportamento dos colonizadores do passado, mas é só assistir ao presente das antigas "provincias ultramarinas" para que se revejam multiplicados os "defeitos" do tal passado, aperfeiçoados no mau sentido e usados com critério por compadres e padrinhos. UMA VERGONHA ! Mamud - ForEver PEMBA, quarta-feira, 12 de Dez 2007.

  • É de facto uma vergonha que até à data, as pessoas implicadas no plágio ainda não se tenham pronunciado, nem alterado a capa do livro. Será que alguém nos poderá explicar o que se está a passar naquela Imprensa Universitária? Porque será que os senhores do roubo estão a querer ser "grandes" à custa daqueles que realmente o são? Porque a meu ver, só se roubam idéias, quando se é muito pobre de espírito... João Belo da Costa - ForEver PEMBA, quarta-feira, 12 de Dez 2007.

  • E, afinal, o que o Senhor Rafael da Conceição tem feito junto de quem de direito para recuperar os seus direitos de autor intelectual da capa plagiada? João Matias - ForEver PEMBA, quinta-feira, 13 de Dez 2007.

  • Sr. João Matias, - Já falei com o Director da Imprensa Universitária, Eng. Maqueto Langa, que ficou ao corrente da situacão. Compete agora à I.U. e à Black Sheet, mudar a capa do livro de Marilda da Silva. Rafael da Conceicão - ForEver PEMBA, sexta-feira, 14 de Dez 2007.

  • Venho também, (não perder tempo porque nenhum gesto que se faça a favor da Justiça e da Compreensão que para alguns pode ter passado ao lado e por isso ajuda a esclarecer), dizer que estou a ler este livro tão falado pela capa e algum dia será também pelo conteúdo. Pelo menos no meio académico, já que é um misto de materia de estudo e pessoal, que abrange áreas de carácter ético que é a Morte e a Vida. Estou a gostar Rafael da Conceição. Que a tua luta se não for para abrir o carácter dos que erraram ao menos seja para formar os mais novos em Dignidade e Princípios Morais. Em suma, em Respeito. Inez Andrade Paes - ForEver PEMBA, sexta-feira, 14 de Dez 2007.

O que se disse ou comentou anteriormente:

  • Em 12 de Novembro último foi divulgado aqui o plagio !
  • Em 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  • Em 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 20 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 22 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 12 de Dezembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 12 de Dezembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 13 de Dezembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • Em 14 de Dezembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !

E o "espetáculo" do silêncio continua...

11/17/07

Relembrando a Empresa de Táxis Aéreos OCAPA - Parte 3

(Clique na imagem para ampliar)
Fotos cedidas por Inez Andrade Paes.
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OCAPA III - Alguns dados disseminados pelos arquivos deste blogue ao longo do tempo e que servirão de apontamento para a história da aviação cívil em Cabo Delgado:
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...O anúncio chega inesperado.
Há feridos junto do Rovuma, o rio fronteira ao norte.
Das transmissões pede-se incessantemente um avião da OCAPA.
E a torre de controle do aeroporto, que se ergue pintada de muito feio a substituir já de cimento a antiga palhota do Alto Jingone, a torre mantém-se em "stand by".
A organização de carreiras aéreas tem a finalidade de manter rotas diárias de transporte de passageiros, bagagem e correio em todo o Cabo Delgado.
E faz implicitamente a aproximação de populações isoladas no tempo das chuvas quando as estradas se tornam quase ribeiras ou passadeiras de matope. Quando toda a baixa do rio M 'salo se alaga e o batelão preso por cordas é uma jangada inútil.
Há pequenos campos de aviação e o cuidado de os manter operacionais.
Porém a OCAPA não foge a pôr no ar o transporte indicado para casos urgentes...
(Do texto "Uma viagem na OCAPA" de Glória de Sant'Anna).
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11/21/07

Relembrando a Empresa de Táxis Aéreos OCAPA - Parte 4

(Clique na imagem para ampliar)
Fotos cedidas por Inez Andrade Paes.
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Neste último post sobre a OCAPA, relembramos alguns dos pilotos que, nos anos 60, sem olhar ao estado do tempo, ao perigo de sobrevoar áreas em conflito, a horas que deveriam de ser de sono tranquilo junto da Família, partiam, em manhãs nevoentas ou noites obscuras, em suas "máquinas-voadoras" para transportar pessoas, para colmatar carências de abastecimento nos confins de Cabo Delgado, para socorrer e evacuar soldados feridos por armas de guerra traiçoeiras.
Aqui deixo seus nomes, simples, incompletos como histórias por narrar, quem sabe porque a memória está cansada ou a emoção não permite, mas inesquecíveis na lembrança, na saudade e no respeito de muitos dos que vivenciamos a Cabo Delgado de um época marcante que faz parte da História de Moçambique:
Azevedo,
Zé Quental,
João Quental,
Figueiredo,
Vitor Silva,
Mário Ramos
e
Carlos Fernando Machado da Cruz (Pachancho) - Este último voava pela ETAPA. Será sempre um piloto a relembrar também, já que preenchia os céus de Cabo Delgado e o coração dos inúmeros Amigos com sua coragem, alegria e simpatia. Morreu em serviço, quando foi abatido covardemente sobrevoando Mueda, num final de tarde bem triste para todos nós.

1/30/14

PEMBA - O DESAFIO: Projecto Escadarias 2014

VERDADE OU FICÇÃO?
PEMBA rumo a um futuro sustentável e de preservação histórica quanto a sua arquitectura e monumentos ?

26 DE AGOSTO DE 2011 - Às Escadarias de Pemba

esse passo lento com que sobes as escadas 
em cada passo 
no que de curto o olhar é pensamento 
distante e raro mas de beleza constante 
em que a particularidade do sonho 
é desembainhado 
quando o moscardo passa

no calor da subida em que cada degrau é um fardo 
em cada passo uma memória 
e a mulher na descida faz chegar ao rosto suado 
vento breve mas certeiro

de que pedras raras são 
esses degraus largos e compridos 
de que pedras raras são

olha para trás 
vê a buganvília 
ainda te recebe na descida

- Inez Andrade Paes
PEMBA - RECORTES 
PEMBA A CAMINHO DA REALIDADE PROMISSORA ?
Clique nas imagens para ampliar:
Pemba - Entrega do Projecto Escadarias em 29JAN2014 
Engº. Alvarinho, Presidente Tagir e Vereador Naba. Courtesy: John Supeta — com Municipio Pemba-Facebook e Manuel Alvarinho. (Municipio de Pemba no FaceBOOK)

8/21/09

Glória de Sant'Anna - "Trinado para a noite que avança" é seu décimo sexto e último livro...

(Clique na imagem para ampliar)
Já se encontra publicado o décimo sexto e último livro da poetisa do mar azul de Pemba, GLÓRIA DE SANT'ANNA.
Amigos e leitores interessados em adquirir esta derradeira obra (edição particular) da saudosa poetisa, poderão fazer o pedido para Inez Andrade Paes, e-mail inezapaes@yahoo.com.br
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MÁGOA
.
não vêdes
que vou a caminho da saida
.
e que por isso
conto coisas que me são queridas
.
e não contaria
.
se não fosse
esta aura de espanto
e de
espectativa
.
não vêdes
que a solidão trazida
me cobre a face os ombros
e toda a vida
.
que por ser um resto
ainda é consentida
- Glória de Sant'Anna, in "Trinado para a noite que avança", edição autor, 2009, p15.

  • Alguns post's deste blogue que referem Glória de Sant'Anna - Aqui e Aqui!
  • Link's para Glória de Sant'Anna na net - Aqui; Aqui e Aqui!

12/13/06

Família Lemos - Vitor Lemos


Em tempos falamos neste blogue do jornalista Gouvea Lemos, natural de Lamego - Portugal (vejam post no "Blogueios"), que se destacou no jornalismo Moçambicano, vindo mais tarde para o Brasil onde se fixou com a Família.
Descobrimos agora, informados por Inez Andrade Paes que Gouvea Lemos, já falecido, tem um irmão artista radicado também neste imenso Brasil.
Chama-se Vitor Lemos, também natural de Lamego.
Alguns dados que transcrevemos;
- "Nascido em Portugal em 1926, emigrou para o Brasil em 1952.
No Rio de Janeiro, trabalhou em agências de propaganda internacionais, sendo seus anúncios considerados entre os melhores e reproduzidos entre os principais anuários europeus – Graphis e Modern Publicity.
A partir de 1980, começa a sua carreira no mercado das artes plásticas com uma individual na Galeria A. M. Niemeyer (filha de Oscar Niemeyer, que compareceu à vernissage).
Continua expondo em outras galerias de primeiro nível: Concorde e Bonino, também no Rio de Janeiro.
Durante os anos 90 expõe na Alemanha em individuais e coletivas. Entre 1990 e 1991, participa da coletiva itinerante “Portugal – Portugal”, promovida pelo governo português.
A partir de 1993, Vítor deixou o Rio e fixou residência em Itaipava, cidade serrana vizinha.
Na serra, vem expondo com regularidade em vários espaços culturais, com expressivo apoio de público e de crítica."
Aqui fica a nota que nos leva a mais um elo da Família Lemos do nosso Moçambique.

11/21/06

AQUELE ABRAÇO...

Do Bar da Tininha - Yahoo
Sent: Tuesday, November 21, 2006 12:34 PM:

Vejam este filme...
Aqui vai um abraço meu e dele.

Inez Andrade Paes

http://www.videolog.tv/video?163135


....e meu também, ora pois !!!!!!

Jaime